Cap 33 - Flagrados

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N/A: Olá pessoinhas, espero que gostem do capítulo de hoje! 

**Não se esqueça de votar e comentar o que acharam, a opinião de vocês é muito importante pra mim :)

**Ignore os erros de digitação, eu não tive tempo de revisar o capítulo

Beijos e boa leitura!

POV Drew

Desço as escadas, usando o corrimão como escorregador, em seguida corro até o escritório de meu pai e entro, sem me dar ao trabalho de bater na porta. Encontro Steven sentado na poltrona que ficava de costas para a porta e de frente para enorme janela de vidro, dando-lhe a visão do jardim ornamental que minha avó tinha planejado. Papai estava conversando com alguém no telefone e demorou alguns segundos para notar que havia alguém no cômodo.

- Ainda não aprendeu a bater na porta, Drew? – Resmungou ele, sem me olhar. Cerrei os olhos, me perguntando mentalmente como ele sabia qual dos gêmeos eram, sem nem olhar para ter certeza.

- Desculpe, papai... estou com um pouco de pressa – Falei baixinho – Hm... irei viajar com meus amigos na semana que vem, então vou passar o natal e o ano novo em outra cidade e...

Parei de falar assim que meu pai se levantou da poltrona e me olhou de forma séria. Steven bufou e caminhou até sua mesa de trabalho e se sentou lá, começando em seguida a escrever algumas coisas numa folha sem pauta.

- Bem... como eu ia dizendo, estou só avisando que ficarei ausente por alguns dias...

- Com autorização de quem você vai a essa viagem, meu filho? – Perguntou, tornando a olhar pra mim. Revirei os olhos e cruzei os braços.

- Eu preciso pedir autorização?

- Claro que não, você pode fazer o que quiser – O sarcasmo na voz de meu pai fez eu revirar os olhos novamente - Vamos viajar com a família daqui dois dias, Drew... isso já estava marcado e você sabia, além do mais, essas datas devem ser comemoradas em família e esse ano não será diferente.

- Está dizendo que não posso ir?

- Para bom entendedor, meia palavra basta...

O olhei por alguns segundos, sem acreditar que ele estava mesmo me proibindo de ir com meus amigos. Empurro a pilha de livros que estava à minha frente, fazendo meu pai arranhar a garganta e cruzar os braços, deixando seus músculos enrijecidos.

- Ravi não é da família e vai conosco! Por que não posso ir com meus amigos?! – Perguntei, já deixando todo meu bom senso de lado. Papai passou a mão pelos cabelos e suspirou.

- Não irei discutir fatos e razões com você, Drew... agora junte esses livros que você derrubou e deixe de birra.

- Eu não vou juntar merda nenhuma! Quer saber? Irei nessa viagem você querendo ou não! Vai se ferrar e me deixe em paz! – Antes que meu pai pudesse fazer ou dizer mais alguma coisa, saí de seu escritório e fiz questão de fechar a porta com um estrondo. Apressei os passos até meu quarto, peguei o primeiro casaco que vi na minha frente, em seguida saí pela porta principal, disposto a ficar algumas horas fora de casa.

Ignorei todas as perguntas que minha família direcionou a mim, ao me ver passar apressado pela sala, apenas saí, peguei um Uber e fui até a casa de Rebeca, minha "namorada". A verdade é que eu estava irritado com muitas coisas, principalmente com a chegada repentina de Ravi. Confesso que estava um pouco com ciúmes e não faria esforço algum para ser gentil com ele, pelo menos não por enquanto.

Bati na porta algumas vezes, até que Rebeca resolveu atender e sorriu de forma singela ao me ver parado ali. Ela era linda, possuía a pele escura e os olhos castanhos, pendendo um pouco para o dourado e seus cabelos eram cacheados e volumosos, como os de Davine.

Puxei-a pela cintura e lhe beijei com intensidade.

- Por que não avisou que viria? – Perguntou, depois de alguns segundos, enquanto me guiava pela mão para dentro de sua casa. Balancei os ombros e olhei com cuidado, percebendo que a mesma estava arrumada.

- Foi um improviso, eu não planejei... – Expliquei – Você estava de saída?

- Ahn... na verdade, eu estava indo até o hospital...

- Você está com algum problema, querida? Está sentindo dor ou alguma coisa do tipo?

- Não... é outra coisa... mais complicada que isso.

Rebeca se sentou no sofá e soltou um suspiro cansado. Sentei ao seu lado e segurei suas mãos com cuidado.

- O que aconteceu?

- Eu... meu padrasto está estranho há alguns meses, comigo e com a minha mãe, sabe? Tenho certeza que é por causa de alguma coisa ou alguém e acho que suas idas ao hospital não são para trabalhar... eu estava indo averiguar o que ele anda fazendo...

- Você vai espionar Lewis?

- É por uma boa causa... você quer ir comigo?

- Tá... tudo bem, eu te acompanho.

Antes de sair, conversamos e namoramos um pouco, comemos pipocas e depois seguimos para o hospital, que estava mais lotado do que eu esperava, provavelmente pela gripe que estava se espalhando no país de forma rápida e preocupante, tanto que meu tio Carl meio que obrigou todos da casa a atualizar as vacinas de gripe e outras doenças virais.

Rebeca e eu entramos pelas portas do fundo do hospital, indo diretamente para o escritório do tal doutor Lewis, mas ele não estava lá e nem em nenhuma ala de cirurgia. Procuramos por quase todo o hospital e, depois de perguntar a diversas enfermeiras sobre ele, descobrimos que o mesmo nem tinha turno naquele dia e o último plantão dele havia sido semana passada.

- Droga... ele nem está no hospital... – Reclamou Rebeca, sentando-se em uma das cadeiras do corredor em que estávamos.

- Ainda tem dois andares... vamos procurar só por mais alguns minutos, depois vamos voltar para a sua casa, tudo bem?

- Tá...

Segurei a mão de Rebeca e subimos para um ala onde a maioria dos quartos era para que os funcionários do hospital descansassem nas horas vagas.

Quando decidimos ir embora, avistamos Lewis acompanhado de uma médica num quarto privativo, onde apenas funcionários tinham a passagem permitida. Seguimo-os de longe e entramos quando ninguém estava olhando, torcendo para que o carinha que cuidava das câmeras não estivesse prestando atenção nelas no momento.

O corredor quase não tinha iluminação e Lewis entrou no último quartinho e fechou a porta com um estrondo, que ecoou pelo local vazio.

- É agora, ou nunca, Drew... – Rebeca respirou fundo e caminhou a passos largos até o quartinho e abriu a porta sem hesitar.

Lewis estava prestes a tirar suas calças, quando virou surpreso para a porta e se afastou pelo susto, revelando a médica que estava lhe acompanhando, que também já estava seminua. Arregalei os olhos ao notar quem era.

- Charlote?! 

A grande família - 2° TemporadaWhere stories live. Discover now