Cap 31 - Conversas e revelações

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**Capítulo repostado com modificações!!!

N/A: Olá, pessoinhas! Como vocês estão?? Aqui está mais um capítulo dessa história pra vocês, espero que gostem :) Obrigado por continuar acompanhando cada capítulo, isso é muito gratificante pra mim!

**Capítulo não revisado, como de praxe, pode ter erros de digitação que serão corrigidos logo

**Não se esqueça de votar e comentar o que acharam, sua opinião é muito importante pra mim :)

**Aceito sugestões!

Beijoooos e aproveitem :)

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POV Gabriel

Observo meu pai, em silêncio, por alguns segundos, sem acreditar no que ele havia me dito. Ele estava mesmo me ameaçando como se eu fosse um moleque de quinze anos de idade?

- Pai, não fale comigo como se eu fosse uma criança – Falei, usando o mesmo tom que ele usou comigo, segundos atrás. John cerra os olhos e se aproxima de mim, sabiamente, eu recuo alguns passos e apresso minha ida até o closet.

- Pois pare de se comportar como uma, então pensarei no teu caso – Disse ele, cruzando os braços de forma a deixar seus músculos bem visíveis. Reviro os olhos e puxo uma blusa branca da gaveta e uma bermuda da mesma cor – Venha cá, Gabe... vamos conversar e acabar logo isso.

Assim que papai fala, respiro fundo para tentar controlar o meu estresse e bufo baixo. No momento, eu realmente não estava com cabeça para conversar com o meu pai, mas bem sabia que não teria muita escapatória.

Me arrasto vagarosamente até a cadeira da escrivaninha, John, por sua vez, se acomoda em minha cama, de modo que ficasse de frente pra mim. Cruzo os braços e olho com desdém, balançando a perna para deixar claro a minha ansiedade e a minha pressa.

- Por que está agindo como um adolescente revoltado, nos últimos dias? – Perguntou, dessa vez com um tom mais calmo – O que há de errado?

- Não há nada de errado comigo, John.

- Então devo chegar à conclusão de que você está agindo assim por livre e espontânea vontade? Pois bem, eu tenho um ótimo remédio pra acabar com isso! – Em um rápido movimento, John se levantou e arrancou o cinto que segurava suas calças.

Levantei tão rápido quanto ele e me apressei em segurar seu pulso, impedindo-o de continuar a ação. Eu não costumava temer muitas coisas em minha vida, mas não seria louco de encarar meu pai com um cinto nas mãos.

- Espera, pai! – Pedi, assim que ele me fuzilou com o olhar – Eu irei conversar com o senhor, tá bem? Eu te conto tudo que quiser saber!

John cerrou os olhos, novamente pra mim e, depois de alguns segundos, desistiu de desabotoar o cinto e tornou a se sentar na cama. Engoli em seco e me recostei sobre a escrivaninha.

- Vamos, Gabriel... me conte o que está acontecendo.

Passo a mão no rosto e mordo o lábio inferior, pensando na melhor maneira de contar a ele que eu estava com ciúmes de um bebê, de forma que não soasse tão infantil e ridículo, além disso, eu ainda nem havia me desculpado com Ivy, pela grosseria com a qual lhe tratei alguns dias atrás. Minha irmã estava me evitando a todo custo, pois ficara realmente muito chateada, e estar brigado com a minha melhor a minha já era demais pra mim. Juntando todos os outros problemas com esses citados, meu mau humor só piorava.

- Eu... desde que Larissa anunciou estar grávida, comecei a alimentar um sentimento de rejeição em mim e acabei me apegando demais às minhas paranoias, isso só piorou quando soubemos que o bebê era um menino... pode parecer besteira, mas eu me sinto como um intruso no meio disso tudo, papai. Pietro é teu filho biológico, literalmente, teu único filho menino e eu sou apenas um bastardo, fruto de uma mentira que destruiu a nossa família... eu sei que você está completo agora, com uma mulher que realmente te ama e te respeita e com um filho que você sempre desejou ter, então, talvez, eu nem seja mais tão necessário.

Papai se atentou a cada uma de minhas palavras e, assim que fechei a boca, ele me olhou com carinho e segurou minhas mãos. Eu sabia que ele estava chateado pelas minhas atitudes, mas apesar de tudo, ele sempre me ouvia... sua paciência e compreensão era uma das coisas que eu mais admirava nele.

- Escute, meu filho... eu entendo o seu ciúme e suas inseguranças, imagino como deve estar seu coração e sua cabeça com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo, mas... você não é e nunca foi um intruso, Gabriel, pelo contrário, você é tão necessário quanto qualquer outra pessoa dessa família. Foi você quem me permitiu a primeira experiência como pai, você faz parte de mim, é meu companheiro, meu braço direito e acima de tudo isso, você é meu filho! Nada, nem ninguém será capaz de mudar isso... e sim, eu estou completo porque tenho cinco filhos maravilhosos ao meu lado e sem um de vocês, minha vida não fará sentido algum.

Antes que eu pudesse desabar com um choro contido, papai me abraçou e eu afundei a cabeça em seu peito, deixando todas as minhas angústias irem embora juntamente com as minhas lágrimas. John acariciou minhas costas e ficou assim até que eu me acalmasse por completo, em seguida me empurrou pelos ombros para que eu lhe olhasse nos olhos.

- Me desculpe por isso, papai... – Falei, com a voz embargada.

- Não se desculpe por ter sentimentos, Gabriel. Não se esqueça que você é humano, suscetível a emoções, sim?

Para a minha sorte, aquilo não passou realmente de apenas um recado

Papai me envolveu em seus braços e eu me limitei apenas a retribuir o gesto.

- Eu te amo, rapaz! Nunca pense o contrário disso.

- Eu também te amo, papai... ah, preciso te contar outra coisa.

- O que é?

- Prometo que vou contar a história toda em outro momento, mas eu descobri que tenho um irmão gêmeo e acho que nossa família está prestes a ficar maior.

A grande família - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora