Cap 12 - Ações e reações

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N/A: Oiii, pessoinhas! Espero que estejam todos bens e que vocês gostem do capítulo de hoje!

Ignorem os erros de digitação, eu revisei, mas enfim... Aquela mesma ladainha de sempre, alguns erros passam batidos hshshsh

Ah, boa semana pra vocês e boa leitura :)
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POV Autora

- PARADA CARDÍACA - Gritou um dos enfermeiros, enquanto um residente empurrava Carl para trás, na tentativa de tirá-lo da cena. - Tragam o desfibrilador!

- Me solta, eu preciso ver meu filho! - Esbravejou o loiro, sentindo um arrepio por todo o corpo.

- Senhor, nós vamos cuidar dele, certo? Fica calmo, tudo vai dar certo - Disse o jovem de cabelos curtos.

- Eu sou médico também, sei o que tem que ser feito!

- Mas ele não é seu paciente, é seu filho.

O loiro balançou a cabeça e respirou fundo, em seguida desviou a atenção toda para onde estava o filho. Outro médio já havia surgido no local e tentava reanimar o garoto, que em poucos minutos, já perdera toda a cor.

Carl sentiu o coração arder, sentindo-se culpado pelo filho estar naquela situação e sem ter a certeza de que ele ficaria bem... Ethan não é e nunca foi fácil de lidar, o garoto gostava mesmo de testar todo e qualquer limite descrito pelos pais ou por qualquer outro adulto que tinha autoridade sobre ele. Apesar do gênio complicado, ninguém jamais imaginaria que o garoto estava imerso no mundo das drogas, já que quando queria, escondia as coisas muito bem e mentir era um de seus passatempo favorito.

Pela situação do mesmo, Ethan não estava naquilo há dias ou semanas, e sim há meses, sem dar um sinal sequer. Carl se xingou internamente, com raiva de não ter prestado mais atenção... ele era médico e não conseguiu ver nada ou nem se quer desconfiar... O homem passou a mão pela cabeça, tomado pelo medo e preocupação.

- Hora da morte... - As palavras atingiram Carl como uma facada em seu peito, e dessa vez, foi ele quem quase teve um ataque cardíaco, mas antes que o médico encerrasse a frase, as máquinas que outrora foram ligadas a Ethan, voltaram a apitar, indicando que o coração do garoto havia voltou a bater.

O loiro soltou o ar dos pulmões e correu até onde estava o filho, enquanto um enfermeiro aplicava algum remédio na veia de Ethan.

- Saturação e pressão instáveis. Leve-o para a sala de observação, preciso liberar espaço, pois tem mais traumas chegando - Disse o médico de cabelos grisalhos, que lançou um olhar curioso a Carl. - Eu não sabia que seu filho tinha problemas com drogas, Carl.

Carl engoliu em seco e sentiu o rosto queimar ao ouvir as palavras do velho amigo. No hospital e em qualquer outro lugar, Carl era conhecido por sua seriedade e postura quase sempre politicamente correta, acreditavam que ele como pai era restrito e severo e de repente, um de seus filhos aparece com entorpecentes em demasia no sangue.

- Bom, eu também não fazia ideia.

- Foi um susto e tanto, mas o garoto vai ficar bem. O modafinil irá retirar os resquícios da droga e ele acordará em breve.

Carl assentiu e deu uma rápida olhada no relógio, viu que tinha dez minutos até sua próxima cirurgia, então correu no quarto onde seu filho ficaria em observação. Em todo o tempo, ficou apenas olhando Ethan, com todos aqueles adereços no rosto e o corte em sua boca, agora coberto por um curativo.

O homem tomou um leve susto quando o seu aparelho de avisos apitou, então deve que se levantar e ir para a sala de cirurgia, onde uma garotinha com câncer lhe esperava. Carl entrou na sala, se preparou rapidamente e iniciou a cirurgia, porém, sua mente estava toda voltada para o filho e desconcentração era a última coisa que ele precisava agora.

- Doutor Mcgarreth, suas mãos estão trêmulas... - Disse um dos médicos presentes ali. Carl respirou fundo e tentou controlar sua ansiedade, algo que não deu muito certo.

- Me passa a pinça, por favor - Pediu ele, respirando fundo mais uma vez.

- Carl, se afaste e deixe que a Samantha lhe substitua. Você precisa tomar um ar.

- Eu estou bem.

- Se afaste agora mesmo, é uma ordem!

Carl apertou os olhos, notando suas mãos cada vez mais fora de seu controle, sem querer discutir fatos e razões, se afastou vagarosamente, em seguida retirou as luvas, jogou-as fora e saiu da sala com certa irritação.

POV Ethan

Abro os olhos vagarosamente, sentindo meu corpo doer por inteiro. Demoro alguns segundos para notar que estava num hospital e que alguns aparelhos estavam ligados a mim, provavelmente indicando meus batimentos cardíacos, pressão arterial e saturação.

Eu não lembro claramente como vim parar aqui, a única cena que se repetia em minha mente, era eu me divertindo com alguns amigos em um galpão velho, enquanto bebíamos e nos enchíamos de entorpecentes e bem... parece que eu exagerei na dose, como nunca havia feito.

Já fazia bastante tempo que eu me divertia dessa maneira. Alguns velhos amigos me apresentaram esse mundo e eu resolvi experimentar algo diferente, mas eu procurava sempre me controlar e nunca passar dos limites, pois eu sabia que se alguém lá em casa sonhasse com isso, eu estaria mais que ferrado.

- Ethan? Como se sente? - Ouço a voz de Carl e olho para o lado. Papai estava sentado numa poltrona branca, com os olhos fixos em mim com cara de poucos amigos.

- Meu corpo todo dói e parece que levei vários socos no peito. - Falei com a voz um pouco falha. Carl suspirou e se levantou, se aproximando mais de mim.

- A dor no corpo é efeito do remédio que aplicaram em você e no peito é porque você teve uma parada cardíaca e tiveram que usar o desfibrilador para reanima-lo - Explica papai. Pelo tom de voz, eu sabia que ele não estava nenhum pouco contente, mas não era só pela minha situação... algo mais havia lhe deixado irritado ou chateado.

- Eu... tive uma parada cardíaca? O senhor viu isso?

- Eu estava do teu lado, Ethan... você não tem ideia do desespero que senti quando te vi inerte naquela maca, perdendo a vida aos poucos, por causa dessas porcarias de entorpecentes que você resolveu usar sei lá porquê!!! Aliás... eu quero ouvir suas explicações, mas conversaremos quando você estiver melhor.

- Eu não preciso te explicar nada, não tenho mais doze anos, Carl! Eu tinha plena consciência do que poderia acontecer, não preciso ouvir sermões... sou adulto e posso muito bem arcar com as consequências dos meus atos! Quero mais é que você se ferre e me deixa em paz!

- Ah, então quer dizer que... - Carl falava furioso, mas respirou fundo e desistiu de continuar. Papai apenas balançou a cabeça e passou a mão pelo rosto. - Bem, você já é mesmo um adulto, então está na hora de você encarar a realidade como tal, eu realmente não preciso perder meu tempo tentando entender tuas atitudes tão impensadas, muito menos me preocupando com as merdas que você faz. Vamos resolver as coisas de maneira mais adulta, então.

- O que quer dizer com isso?

- Assim que você estiver melhor e voltar pra casa, você vai procurar um emprego, ou algum curso superior pra fazer. Vai começar a se sustentar sozinho e por conta própria, certo? E também vai procurar algum tratamento para se livrar desses entorpecentes.

Olhei para o meu pai sem acreditar no que o mesmo estava me dizendo. Respirei fundo e decidi não discutir mais, ou acabaríamos em uma briga feia.

Papai balançou a cabeça e saiu do quarto, me deixando sozinho.

A grande família - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora