Cap 30 - Ternura e impaciência

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N/A: Olá, pessoinhas! Espero que estejam todos bem! Boa noite e boa leitura!

**Ignorem os erros de digitação, irei revisar o capítulo assim que possível!

**Aceito sugestões!
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POV John

- Titio John, minha cabeça e minha barriga está doendo muito – Queixou-se Taylor, entrando em meu quarto com carinha de dor e choro. O olhei com carinho, enquanto ajudava minha esposa com o banho de Pietro.

Já faziam dois meses desde a morte de Ellen e Merlin, até então, Taylor estava sob minha responsabilidade, já que Gabe preferiu que a guarda ficasse comigo, pois de acordo com meu mais velho, eu era a pessoa mais indicada para demonstrar o verdadeiro amor paternal ao menino, que por sinal, era um doce de criança... não imagino o quanto o mesmo sofrera na mão dos pais biológicos.

- Sente-se aqui, pequeno – Dei dois tapinhas no banquinho, que estava ao lado da banheira e o pequeno obedeceu, segundos depois. Sequei a mão nas toalhas, em seguida levei uma delas na testa de Taylor, logo notei que sua temperatura corporal estava mais alta que o indicado – Parece que você está com febre...

- Ele se queixou pela manhã, dei xarope e logo a dor passou, mas parece que não funcionou muito – Disse Larissa, com o tom de voz preocupado – Ele vomitou o pouco que comeu no café da manhã.

- Eita... melhor levarmos ele ao hospital, querida... assim aproveitamos e realizamos um check up, o que acha?

- É o mais indicado a se fazer, acredito que ele esteja com alguma virose.

- Não quero hospital... não gosto... – Taylor nos olhos já com os olhos cheios de lágrima, e com um bico nos lábios. Segurei suas mãozinhas carinhosamente.

- Não precisa ter medo, estaremos lá com você, tudo bem? – Taylor assentiu e colocou o dedo na boca. Baguncei seus cachos e voltei a Larissa com o meu caçula.

Alguns minutos depois, nos preparamos para ir até o hospital.

- Gabriel, pode dar uma olhada em Pietro, só até voltarmos do hospital? – Perguntou Larissa, logo que viu Gabriel sentado no sofá com os olhos fixos na tela do celular - Já lhe dei de mamar e, no momento, ele está dormindo...

Assim que ouviu o pedido de minha esposa, fez uma careta e se afundou no móvel.

- Por que tem que ser eu? – Perguntou de má vontade. Arranhei a garganta e o olhei com uma sobrancelha erguida – Há outras dezenove pessoas, capazes de cuidar de um bebê, nessa casa...

- Mas estou pedindo a você, sim? Caso ele acorde, você só...

- Não precisa me instruir, já tive dois filhos e sei o que fazer com um bebê de dois meses. – Gabriel interrompeu Larissa, grosseiramente. Arranhei a garganta e cerrei os olhos pra ele, que apenas suspirou e voltou a olhar o celular, de forma entretida.

Decidi ignorar a pequena falta de respeito, então apenas segui minha esposa até a porta.

Não demoramos para chegar ao hospital, e assim que o fizemos, nos dirigimos para a recepção, a fim de sermos atendidos logo.

Taylor realmente não gostava de ambientes hospitalares, já que assim que pisamos no recinto, começou a chorar de forma contida, e seu desespero ficou mais intenso quando entramos na sala do médico que nos atenderia.

- Preciso que o coloque sentadinho ali naquela maca, assim será mais fácil para eu examiná-lo – Disse o homem, de forma gentil. Assenti e coloquei Tay sentadinho lá, sem soltar sua mão – Não precisa chorar, rapazinho. O tio vai apenas apalpar sua barriguinha e medir a febre, ok? Se você for corajoso, ganha um pirulito e adesivos, pode ser?

- P-posso pegar d-dois pirulitos? – Tay perguntou, passando a mão nos olhos

- Claro! Pode pegar quantos quiser!

- Mas na minha casa moram muitas pessoas, se eu for pegar pra todo mundo, as outras crianças que vierem aqui vão ficar sem... então eu vou pegar só um, tio doutor.

O homem sorriu e começou a fazer seu trabalho. Sorri também, encantado com a ternura e inocência de Taylor, que não correspondia de forma alguma com a maneira da qual fora criado... eu bem sabia que Merlin era estúpido e bruto, mas ainda acredito que Ellen fez seu papel da melhor forma que conseguiu, por sorte, Taylor absorveu apenas as coisas boas que recebeu, já que ele era uma criança incrível e não dava trabalho nenhum.

- Olha só, parece que esse rapazinho está com uma virose, mas irei receitar alguns antibióticos e ele estará novinho em folha, dentro de alguns dias! Também vou encaminhá-lo para alguns exames de sangue, pela cor dos olhos, receio que ele esteja com anemia, mas nada tão grave – Disse o homem, depois de examinar minuciosamente o pequeno. Larissa e eu assentimos enquanto o mesmo explicava tudo e escrevia o receituário.

- Não vou precisar de injeção? – Taylor olhou para o médico com carinha de cachorro que foi deixado pelo caminhão de mudanças.

- Hoje não, anjinho... e olha só! – O doutor abriu a gaveta de sua escrivaninha e retirou de lá uma cartela de adesivos e um pirulito em formato de coração – Seu presente por ter sido corajoso!

- Obrigada, tio doutor! – O menino abraçou o homem gentilmente, em seguida pediu colo à Larissa. Agradei ao doutor pelo atendimento e seguimos para casa. Por sorte, não precisamos ficar mais que duas horas no hospital, tudo foi mais rápido do que esperávamos.

- Viu só, não precisa ter medo de hospitais, Tay... – Disse Larissa, olhando-o pelo retrovisor. Taylor assentiu e esfregou os olhos.

- O papai Merlin sempre ficava bravo quando eu precisava de hospital e ele me batia sempre que eu chorava por estar assustado...

- Isso não vai acontecer mais, enquanto você estiver conosco, tudo bem?

- Tudo bem, tia Larissa.

Estacionei o carro e desci, disposto a ir ver se Pietro ainda estava dormindo ou se acordara para ver encher a paciência de Gabriel, que mesmo depois de dois meses de convívio, ainda sentia ciúmes do irmão.

Assim que entramos em casa, dei de cara com minha mãe balançando Pietro, enquanto conversava com o mesmo usando uma voz extremamente infantil. Sorrio ao ver a cena e me aproximei dos dois.

- Ei, querido... como foi lá? O que é que Taylor tem? – Perguntou, assim que nos viu.

- Só uma virose, mamãe, mas o médico pediu alguns exames de sangue – Expliquei – Onde está Gabe?

- Ele saiu uns cinco minutos depois de vocês, por que? – Assim que mamãe fechou a boca, senti a irritação tomar conta de mim... ah, mas esse moleque me paga!

- Porque ele deveria estar olhando Pietro, como Larissa pediu... tenho certeza que na empresa ele não foi, pois hoje é sua folga, buscar Molly também não, pois ela voltará da casa dos pais apenas semana que vem...

Olívia balançou a cabeça ao me ouvir e eu tratei de subir ao meu quarto para tomar um banho e relaxar um pouco... há dias Gabriel vinha ignorando toda e qualquer ordem direcionada a ele, fora as grosserias com a qual estava nos tratando.

Meu filho retornou para casa apenas quando estávamos jantando, passou pela sala com passos largos e duros, nem se deu ao trabalho de cumprimentar a família. Balancei a cabeça e passei a mão pelo rosto, em seguida terminei de jantar e subi até o quarto de Gabe, que no momento, estava tomando banho.

- Pai! Que susto... o que tá fazendo aqui? – Perguntou ele, logo que saiu do banheiro com uma toalha enrolada na cintura.

- Precisamos conversar – Declarei, cruzando os braços. Gabriel me olhou por alguns segundos e torceu a boca.

- John, sei que deva estar irritado porque saí e ignorei a ordem de Larissa, mas eu tenho meus motivos, tá bem? E mais, já é tarde e eu realmente não estou a fim de ouvir sermão à essa hora.

- Não te preocupe, pois, além de ouvir meu sermão, você vai senti-lo na pele! 

A grande família - 2° TemporadaWhere stories live. Discover now