Cap 34 - Objeções

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N/A: Boa noite, espero que vocês estejam bem! Peço desculpas pela demora na atualização dessa fanfic, eu ando um pouco desanimada com ela, então fica mais difícil desenvolver capítulos assim... mas ainda não desisti hshshshs, espero que gostem :) 

**Capítulo não revisado, então haverá erros de digitação, por favor, ignore-os! Eles serão corrigidos em breve!

Aproveitem o capítulo :)

POV Lewis (especial)

Fico alguns minutos de forma estática, tentando processar o que havia acontecido. Charlote estava tão surpresa quanto eu, tanto que mal se movia. Apertei os olhos e respirei fundo, antes de me aproximar e ajudá-la a recolocar suas roupas. Rebeca, minha enteada, revezava o olhar entre mim e Charlote, diferente do jovem de olhos azuis, que nos observava com um ar divertido.

- É isso que os grandes doutores fazem em seus tempos livres? – Rebeca avançou alguns passos para dentro do quartinho, mas o rapaz a segurou, suavemente pelo braço, impedindo-a de se aproximar mais – Ficam matando o tempo com agarrações e beijos?!

- Acho que isso não é da tua conta, mocinha – Disse Charlote, por fim, enquanto fazia um coque em seu cabelo e arrumava a gola de sua camisa. Minha enteada puxou o braço com força, desvencilhando-se do agarre do jovem rapaz.

- Não é da minha conta?! – Rebeca encarou Charlote de forma irritada e caminhou rapidamente em sua direção, fazendo questão de apontar o dedo em sua cara. Segurei-a firme pelo braço, quando ela passou por mim, impedindo-a de avançar em Charlote – Como pode dizer que isso não é da minha conta?! ELE É CASADO COM A MINHA MÃE, SUA IDIOTA! CASADO HÁ CINCO ANOS!

- Já chega, Rebeca! Vamos conversar depois, é melhor você ir pra casa – Falei, puxando-a para mais perto de mim. Minha enteada me encarou por alguns segundos e eu a soltei.

- Você é um verdadeiro filho da mãe! – Falou, antes de sair apressada do pequeno cômodo. Passei a mão pelos cabelos e sentei no beliche que havia ali.

Charlote respirou fundo e encarou o menino que estava ainda parado na porta.

- Agora eu entendi seu amor por medicina... ele era a razão? – A voz do rapaz não parecia ameaçadora, muito pelo contrário, ele parecia estar num filme de comédia. Cerrei os olhos para o mesmo – Eu não tenho nada a ver com tuas escolhas, prima... mas pegar um cara que tem idade para ser teu pai, é demais...

- Dylan, você não... – Char começou, mas o menino balançou a cabeça e a interrompeu.

- Pra começar, Charlote, eu sou o Drew! Tantos anos de convivência e você ainda não nos diferencia?! – Antes eu pudesse dizer qualquer coisa, ou até mesmo Charlote, o jovem virou os calcanhares e sumiu de nossas vistas. Balancei a cabeça num "não" contínuo, já imaginando os problemas que eu enfrentaria num futuro próximo.

- Ele disse que é seu primo... acha que ele pode contar ao Carl sobre nós? – Perguntei, algum tempo depois. Charlote balançou os ombros e sentou ao meu lado, em seguida passou a mão pelo rosto e se preparou para dizer alguma coisa, mas o aparelho em sua cintura começou a apitar, anunciando que a mesma tinha algum trabalho a fazer e deveria ir rápido.

- Não acho que Drew vá falar alguma coisa, mas... enfim, eu preciso ir, conversamos mais tarde! – Charlote pegou sua bolsa bege e saiu apressada da sala.

Demorei alguns minutos para finalmente sair do cômodo apertado e ir para a minha sala, me preparar para ministrar mais uma aula com os residentes... Charlote, provavelmente, não iria aparecer nessa aula em específico, até porque, depois do ocorrido, era mais sábio ficarmos um pouco distante um do outro.

No início, quando começamos a nos aproximar mais do que deveria, relutamos um pouco, pois Charlote era, antes de tudo, uma de minhas alunas de residência e também filha de um dos meus superiores, mas tudo aconteceu tão intenso e rapidamente... decidimos juntos não revelar a ninguém sobre o nosso caso, até porque todos os meus colegas do hospital acreditavam que eu era muito bem casado, inclusive Carl.

Sentei em minha cadeira e afastei a papelada, em seguida coloquei os cotovelos sobre a mesa e apoiei a cabeça entre as mãos, com os pensamentos ansiosos e bagunçados. De minuto a minuto, eu checava o celular, em busca de mensagens da minha esposa, ou ligações, qualquer coisa do tipo, mas até então, eu não havia encontrado nada... era indicativo de que Rebeca ainda não falara com sua mãe e isso era um bom sinal, pois me dava mais tempo para pensar.

- Espero que eu não esteja vindo numa hora ruim – A voz do doutor Carl me assustou e eu pulei da cadeira. Carl segurava alguns formulários em mãos e carregava uma expressão tranquila – Céus, sei que estou velho e feio, só não imaginava que estava ao ponto de assustar as pessoas.

Balancei a cabeça e lancei um sorriso nervoso a ele.

- Eu estava distraído, pensando nos problemas... o que é toda essa papelada? – Perguntei, vendo-o se aproximar e colocar, vagarosamente, os formulários em minha mesa.

- Alguns hospitais da cidade estão lotados, então estão transferindo alguns pacientes pra cá... estou tentando distribuir os trabalhos da melhor maneira possível, mas são muitos – Explicou, sentando-se na cadeira, que ficava de frente para a minha mesa – Esses aqui são seus, então aproveite!

Suspirei e dei uma rápida olhada nos formulários, a maioria indicando gripe, virose e outros tipos de doenças virais. Enquanto eu observava meus próximos trabalhos, minha secretária entrou na sala e deixou uma bandeja de café ao lado do meu computador. Acenei com a cabeça em forma de agradecimento, depois peguei a xícara de café e comecei a tomar.

- Irei lhe auxiliar com os residentes nas próximas semanas – Disse Carl, depois de alguns segundos. Assenti com a cabeça e me esforcei para sorrir.

- Será bom ter a ajuda de um dos melhores doutores que esse hospital já conheceu – Falei e Carl sorriu agradecido.

- Modéstia a sua...

- Bem – Segurei os formulários e os chacoalhei no ar – Parece que temos muito trabalho pela frente, não é?

- Sim, teremos... assim não sobra tempo para que você fique beijando minha filha pelos cantos do hospital - Me afoguei com o café quando Carl disse isso, então o encarei de forma surpresa e meu amigo estava sorrindo tranquilamente.

- Do que você está falando? – Perguntei, como quem não quer nada. Carl se levantou e enfiou a mão nos bolsos de sua calça – Carl, eu não...

- Bem, olhe com cuidado os relatórios... precisamos separar os casos mais graves e levá-los para a ala de emergência, são tantos que fica fácil se perder ou se confundir... se você focar tua atenção no trabalho, apenas no trabalho, teu desempenho será 100% melhor – Carl apoiou as mãos na mesa e me olhou seriamente, engoli em seco – Há algumas coisas que devem ser esclarecidas, então... quando tiver um tempo livre, vá até minha sala para batermos um papinho.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Carl deu dois tapinhas na mesa e saiu da minha sala, fechando a porta com um estrondo... apertei os olhos e suspirei.

A grande família - 2° TemporadaМесто, где живут истории. Откройте их для себя