Cap 20 - Intempéries

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N/A: Boa tarde, pessoinhas! Espero que vocês estejam bem, espero que a maioria já estejam vacinados e se protegendo contra esse vírus terrível!

Enfim, ignorem os erros de digitação pois não tive tempo de revisar, minha vida tá em corrida hshshshshs

Espero que gostem do capítulo de hoje! Não se esqueçam de votar e comentar muito, hein? Abraços e boa semana a todos!

POV Steven

Espero que minha esposa e meu filho se acomodem na cama, em seguida puxo um banquinho e sento de frente para os dois, que evitava me olhar diretamente nos olhos. Não era pra menos, na cabeça deles haviam uma história totalmente fora da realidade, mas eu não julgaria Derek nunca, certamente, eu faria a mesma coisa se estivesse em seu lugar.

- Olhem pra mim, por favor – Pedi baixinho e ambos ergueram os olhos para me encarar, Katherine carregada de chateação e Derek carregado de ódio. – Olha, eu preciso que acreditem em mim, minha palavra é a única garantia da verdade.

- Mas e o que eu vi?! Eu não sou cego nem idiota, pude ver claramente o que estava acontecendo... Ainda não acredito que você teve essa coragem! – Disse Derek, segurando a mão da mãe carinhosamente. Respirei fundo e passei a mão pelo rosto antes de continuar.

- Meu filho, eu não fiz absolutamente nada. Se tivesse chegado alguns segundos antes, veria que não estou mentindo...

- Eu duvido muito, não parecia que aquilo era "mentira".

- Como eu disse, minha palavra é a única garantia, no entanto, preciso mesmo que acreditem em mim. Yara veio pra cima de mim e minha única reação foi afastá-la... fiquei surpreso com o gesto, obviamente, demorei alguns segundos para digerir o que estava acontecendo, foi nesse momento que você chegou e nem se quer me deu tempo de explicar.

Katherine balançou a cabeça de forma indignada e se levantou da cama, disposta a sair do quarto, mas a segurei pela mão, impedindo que a mesma fizesse isso. Derek observou em silêncio.

- Não me pareceu muito convincente, Steven – Disse ela, puxando o braço com força para se soltar de mim, depois disso, caminhou rapidamente até a porta. Me levantei e andei mais rápido que a mesma, parando na frente para impedi-la de sair do cômodo.

- Olha, eu sei que não demonstro carinho e afeto o tempo todo, sei o quanto falho como pai, esposo e pessoa, mas vocês são o que tenho de melhor nessa vida! Todos os meus objetivos são direcionados a vocês, todos os esforços que eu faço são pensando no bem-estar de cada um! Eu fui abandonado pelos meus pais biológicos quando era um bebê, me deixaram na mão de dois homens que viviam na rua... eles cuidavam de mim por dó e não porque me amavam. Todos os dias, desde que eu tinha dois anos, eu tinha que andar pelas ruas e pedir comida, era minha obrigação conseguir comida pra todos eles e se eu voltasse pro beco de mãos vazias, eles me batiam... me violavam... quando fiz nove anos, me largaram numa vila e sumiram de vista, nunca mais os encontrei... por sorte, John e Carl me encontraram e James e Olívia nos acolheram como seus filhos... mas eu sempre quis construir a minha própria família, sempre, e eu prometia a mim mesmo que amaria meus filhos e minha esposa e jamais faria algo para ferir seus sentimentos... jamais. Eu não teria coragem de cometer um ato que destruísse o que eu sempre sonhei em construir...– Quando fechei a boca, senti as lágrimas quentes escorrerem por minhas bochechas. Suspirei... não era fácil lembrar do meu passado, e algumas coisas eu confiei em contar apenas para James. – Eu amo vocês com todas as minhas forças...

- Ama? – Derek dessa vez não falou com raiva ou algo do tipo.

- Sim, Derek... – Olhei para o meu filho e depois para a minha esposa – Katherine, você me conhece melhor que ninguém, sabe que você é muito importante pra mim... eu não teria razão pra te magoar...

Minha esposa me olhou por alguns segundos e algumas lágrimas surgiram em seus olhos... Katherine respirou fundo e voltou para se sentar na cama novamente.

- Eu... papai, eu sinto muito... não deveria ter contado as coisas sem antes te ouvir e... – Derek começou, mas o interrompi.

- Não quero que se desculpe por isso... você contou o que viu, se preocupou com a sua mãe e isso foi muito cavalheiro de sua parte.

Meu filho me olhou por alguns segundos e se levantou, veio em minha direção e se atracou em meus braços. Retribui o gesto com intensidade... Katherine veio alguns segundos depois e se juntou a nós.

- Eu te amo, Steven... fiquei com raiva de te imaginar nos braços de outra mulher, mas acho que errei em não ter confiado em você... – Disse Kathy, baixinho. Acariciei seus cabelos sentindo um peso enorme sair das minhas costas... achei que seria mais difícil convencê-los da verdade.

- Eu também te amo, papai! Mesmo que o você acabe com meu traseiro de vez em quando – Disse Derek de forma divertida. Sorri junto com eles, feliz por um dos problemas terem sido resolvido.

Os dias passaram rapidamente e finalmente eu entrei de férias do trabalho, assim poderia ficar mais tempo com a minha família e observar John de perto. Meu irmão ficava pior a cada minuto e suas forças físicas foram embora muito rapidamente... Carl se prontificou em arranjar uma cadeira de rodas para o mesmo, porém, John se recusou a usar aquilo como meio para se movimentar... ninguém conseguiu convencê-lo.

Meus sobrinhos, Gabriel e Ivy, mudaram-se para a mansão temporariamente, a fim de ficar mais próximo do pai e ajudar a cuidar do mesmo também, até que tudo se resolvesse. Carl improvisou uma sala de internação em seu escritório, já que John sentia muita dor e as vezes passava a noite tomando soro, morfina pra ser mais exato.

Não era fácil ver meu irmão tão impotente diante de um problema, já que era ele que encarava todos os desafios da vida com um sorriso no rosto, agora, era difícil vê-lo mostrar os dentes, pelo contrário, "virou algo comum" vê-lo chorando de dor...

Mesmo estando bem fraco e mal conseguindo andar sozinho, John não deixava que ninguém lhe ajudasse com o banho, nem mesmo a sua esposa, pois de acordo com ele, ela estava grávida e não podia fazer tanto esforços assim... pra vocês verem com ele se preocupava com o bem-estar dela mesmo estando sem forças pra nada.

Eu me desabava em chorar todas as noites, algo que também não era comum, mas me imaginar sem meu irmão, era assustador pra mim... e tudo indicava que não o teríamos mais por muito tempo, a não ser que um milagre acontecesse. 

A grande família - 2° TemporadaWhere stories live. Discover now