Cap 16 - Diálogos e equívocos

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N/A: Oi, pessoinhas, espero que estejam todos bem e que vocês curtam o capítulo de hoje :)

Ignore os erros de digitação, eu não tive tempo de revisar o capítulo

Não se esqueçam de votar e comentar muito, hein?

Fiquei feliz de ver vocês participando da Q&A, podem perguntar coisas sobre mim também, não somente aos personagens :) Logo posto todas as perguntas respondidas! Abraços e boa boa leitura.

POV Ethan

Aumento o volume da música no fone de ouvidos, assim que escuto as batidas incessantes na porta do meu quarto. Provavelmente eram meus pais querendo conversar comigo, mas se eu pudesse postergar essa conversa até a eternidade, eu o faria.

Eu sabia que ambos estavam chateados comigo, na realidade, eu não estava nem me importando com esse quesito. Diferente dos meus irmãos e primos, eu não queria ser um robô que apenas segue regras ou vive com medo de punições.

Antes que eu pudesse terminar de curtir minha música, sinto os fones sendo arrancados do meu ouvido. Me preparei para cobrir quem quer que fosse de xingamentos, mas desisti ao ver que eram Hilary e Carl. Os dois me olhavam seriamente.

- Que foi? – Perguntei, como quem não quer nada.

- Vamos conversar, filho – Disse mamãe. Bufei e me sentei na cama, Hilary sentou ao meu lado e papai pegou a cadeira da escrivaninha e se sentou na nossa frente.

- Ah, gente, não estou a fim não – Reclamei, cruzando os braços.

- Não perguntei. Você querendo ou não, vamos conversar, colabore que tudo dará certo, ok? – Continuou Hilary, seriamente. Revirei os olhos e bufei novamente.

- Antes de tudo, levante a abra aquelas cortinas e a janela. – Ordenou Carl, apontando para a parede atrás de mim. – Esse quarto está com um cheiro horrível, precisas deixar o ar circular.

- Você nem fica aqui dentro, por que tá incomodado? – Resmunguei, mas antes que ele começasse a reclamar, levantei e fiz o que ele havia mandado, em seguida, tornei a sentar na cama.

- Bem... quer nos explicar os motivos para tanta rebeldia? Queremos te entender e te ajudar, meu filho. – Carl começou, cruzando os braços. Hilary concordou com a cabeça e segurou minhas mãos carinhosamente. – Quando foi que você começou a usar porcarias e por quê?

Olhei para papai por alguns segundos, abaixei a cabeça e mordi o lábio inferior, pensando nas palavras certas para falar e não soar tão rude.

- Olha, pai... de vez em quando é legal ultrapassar os limites que vocês colocam, sabia? Eu já não sou mais uma criancinha, quero experimentar coisas novas. Não é sempre que eu tô com paciência pra ficar nessa casa lotada de pessoas regradas e autoritárias. Tenho liberdade com meus amigos, posso fazer o que eu quero sem medo de ser punido, diferente daqui de casa... Além do mais, tem problemas que acho que vocês não precisam saber, não sou obrigado a dividir tudo que acontece comigo com meus pais, né? Prefiro escapar da realidade de outras formas...

- E escolheu um ótimo jeito de escapar da realidade, parabéns por ser tão gênio – Papai falou sarcasticamente.

- Carl! – Mamãe olhou feio para Carl e eu segurei a vontade de rir. – Filho, você sempre teve liberdade pra desabafar sobre qualquer coisa conosco, seja comigo, com Carl, com seus tios ou seus avós... mas tudo bem não querer conversar com ninguém da família, porém não havia necessidade de buscar esse tipo de ajuda... Você agindo da maneira que agiu, só faz com que nossa confiança em você fique cada vez mais estreita...

- Tá, eu sei de toda essa ladainha, vocês vivem falando a mesma coisa. Meus amigos disseram que iriam me ajudar, eu aceitei a ajuda e gostei assim, satisfeitos? A droga de uma conversa não faz eu esquecer meus problemas, abraços e beijos também não. Eu precisava de algo que me deixasse alheio a tudo.

- Tuas escolhas quase te mataram, Ethan. – Papai foi quem falou dessa vez, mas mantendo a calma.

- Eu nunca passei do ponto como passei, papai... a ponto de perder o controle sob minhas ações, mas aconteceu. Não vou repetir o mesmo erro.

- Não, você não vai mesmo... vamos procurar uma clínica de reabilitação pra te ajudar. – Hilary falou carinhosamente e eu revirei os olhos.

- E nos tempos livres, você vai ser auxiliar de John na empresa dele. Assim você fica o tempo todo com a mente ocupada, sem tempo pra pensar besteiras. – Emendou papai e eu revirei os olhos novamente, mas entendi que eles queriam realmente me ajudar.

POV Steven

Se havia algo que me deixava em um nível extremo de mau-humor, era ter que trabalhar no domingo. Minha vontade mesmo era de sair correndo pra casa e me afundar na cama por uns três dias seguidos, já que passei praticamente a semana inteira em função do trabalho. Mal tive tempo para ficar com a minha família.

No momento, eu estava em minha sala, esperando o chamado para que eu e Morgan, meu colega, fossemos até a entrada da cidade, esperar os espertinhos que estavam tirando o sossego do pessoal há alguns dias, e pelas nossas pesquisas, era hoje que eles tentariam fugir sem serem pegos, mas seríamos mais espertos e mais rápidos que eles.

- Esse chamado não vai sair logo? – Morgan reclamou, se jogando no sofá de couro que havia na minha sala. Balancei a cabeça e comecei a ler os B.O do dia para se distrair um pouco.

- Tenha paciência, daqui a pouco o alarme toca e teremos que sair correndo – Falei – Como estão as coisas com tua filha? Disse que estava tendo problemas com ela.

- É... minha menina resolveu não me obedecer mais, ela está naquela fase do "ninguém manda e mim, eu faço o que quero". Não sei mais o que fazer para que ela me respeite e cumpra as minhas ordens.

Morgan era pai solteiro, desde que a esposa morreu em um acidente de avião. Sua filha ainda tinha três anos de idade quando tudo aconteceu, até então, meu amigo criava a menina sozinho, fazendo papel de mãe e pai ao mesmo tempo, já que se recusara a entrar em qualquer relacionamento desde que perdeu seu primeiro e único amor.

- Já experimentou dar uns tapas nela? Sempre funciona com os meus. – Falei, como quem não quer nada. Morgan me olhou de forma surpresa e eu balancei os ombros. – O que? Às vezes palavras não são o suficiente, então temos que usar outra linguagem.

- Não tenho coragem. Acredito que, uma hora, Aurora vai cansar de fazer o que quer e voltará ao normal...

- Bem, espere por isso e logo ela estará te controlando... meu amigo, palmadas não arrancam pedaços, só vai evitar que Aurora pense duas vezes antes de fazer qualquer besteira.

Morgan deu os ombros e olhou para o teto, de forma pensativa.

- Morgan, o chefe está te chamando na sala dele – Diz Yara, nossa assistente, que surgiu do nada na porta. Meu colega bufou e se arrastou para fora da sala. Yara esperou até que ele estivesse longe o suficiente para entrar na minha sala, sem pedir licença, caminhar até mim e começar a fazer massagem no meu ombro.

Não esperei aquilo se estender muito, me levantei atônito e olhei para ela com os olhos cerrados.

- Calma, Steven, é só uma massagem – Disse, como se uma massagem fosse algo muito normal pra quem não tinha intimidade alguma.

- Descarto a sua gentileza, pode se retirar da minha sala, por favor – Peço, apontando para a porta. Yara sorri de forma marota e se aproxima de mim vagarosamente.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, a mulher agarrou o meu pescoço e tascou um beijo em mim. Demorei alguns segundos para entender o que aconteceu.

- Papai??!!! – A voz de Derek foi o que me impulsionou para afastar Yara, de forma bruta. Olhei para a porta surpreso de ver meu filho ali, me olhando pasmo.

- Filho, o que faz aqui? – Perguntei

- Eu estava dando umas voltas com uns colegas, resolvi te fazer uma visita surpresa, mas pelo visto o senhor está muito ocupado. – Disse ele, sumindo das minhas vistas rapidamente. Fuzilei Yara com o olhar e fui atrás do meu filho apressadamente.

A grande família - 2° TemporadaUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum