A grande família - 2° Temporada

Cap 24 - Contendas e portento

N/A: Boa noite, gente! Capítulo extra pra vocês essa semana :) Espero que gostem!!!

**Perdoem os erros de digitação, caso houver algum

**Aceito sugestões :)

Não se esqueçam de votar e comentar o que acharam, viu? Adoro o feedback de vocês! Enfim, boa leitura pessoinhas!

POV Charlote

Observo com atenção todos os movimentos do doutor Lewis, enquanto o mesmo explica calmo e claramente como era feito um transplante de fígado, um dos procedimentos mais complexos da medicina, pois envolvia muitos riscos para os receptores da doação.

- Charlote, é possível alguém doar apenas uma parte do fígado? - Pergunta o homem de cabelos escuros e um olhar profundo. Sinto meu rosto queimar e respiro fundo antes de responder.

- Sim, senhor. O fígado é o único órgão do nosso corpo que pode se regenerar, no entanto, o doador pode viver uma vida saudável e normal depois do procedimento - Respondo rápido e sem pausas, constrangida.

- Muito bem, senhorita. Você está correta - Disse, sorrindo levemente e lançando uma piscadela disfarçada para mim. Sorrio e desvio o olhar.

Lewis foi escalado para ser um dos orientadores do primeiro ano de residência em cirurgia geral e, apesar de ter quase a idade do meu pai, ele aparentava bem menos que isso e enfim... acabamos nos envolvendo mais do que deveríamos, mas obviamente mantínhamos isso em segredo... eu já imaginaria o surto dos meus pais caso soubesse que eu estava "de caso" com um homem bem mais velho que eu... e pior, meu orientador.

- Com licença... - A voz suave e cansada de meu pai invade a sala, fazendo todos os alunos desviarem a atenção para a porta. Papai estava com olheiras bem visíveis e com os olhos avermelhados, demonstrando que ele não dormia há dias. - Lewis, você pode dar um pulo lá na sala cento e vinte? Deixe que eu assumo a turma.

- Claro, Carl - Lewis sorriu gentilmente para o meu pai, e saiu da sala em seguida. Engoli em seco e senti meu rosto queimar... papai só tratava por nome os médicos dos quais ele era bem amigo - dentro do hospital - e quem ele confiava muito fielmente...

Depois de algumas horas de explicações, questionamentos e minis cirurgias, finalmente me vi livre para ir pra casa, sem compromissos extras a fazer. Aproveitei para ir ver como estava meu tio, que tivera uma melhora súbita - e preocupante - de uma hora para outra... geralmente, pacientes que estavam prestes a morrer, melhorava repentinamente e depois se iam, meu medo era de esse ser o caso do meu tio.

Grande foi minha surpresa ao ver meu tio sentado em uma maca que estava no corredor, enquanto conversava tranquilamente com outro paciente, sentado ao seu lado... me aproximei passando a mão nos olhos, para ter a devida certeza do que eu estava vendo... apesar da melhora, ainda hoje de manhã meu tio mal conseguia andar e agora estava aqui, conversando como se nada estivesse acontecendo.

- Tio John! O que faz fora do quarto? - Perguntou preocupada, já que bem sabíamos que seus anticorpos não estavam trabalhando tão bem e qualquer infecção era perigoso.

- Cansei de ficar no quarto, querida... queria conversar um pouco. - Ele falou, mais calmo que nunca e lançando um sorriso tranquilizador pra mim. Sua voz não tinha vestígios nenhum de canseira e seu rosto também não estava tão pálido... - Aliás, estou morrendo de fome, há quantos dias não me alimento direito?

- Ahn... fazem algumas semanas, na verdade... acho melhor o senhor voltar para o quarto, trarei alguma coisa pra você comer. - Falei e tio John assentiu, despedindo-se brevemente de seu amigo e retornando ao seu quarto de internamento.