Cap 35 - Doces e maus momentos

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N/A: Oiii, gente! Espero que vocês estejam bem e que gostem do capítulo de hoje :) 

**Capítulo não revisado, pode ter erros de digitação, apenas ignore-os!

**Não se esqueça de votar e comentar o que achou, o feedback é muito importante pra mim! Bjos de luz e boa leitura!

POV Lucas

Observo, durante alguns minutos, meu filho distraído com seus brinquedos, numa tentativa falha de construir uma casa, ou um castelo talvez, com seus legos. Lorenzo parecia muito concentrado, convicto em alcançar seus objetivos, e observá-lo mexer as pecinhas com presteza era algo admirável... meu filho era uma das coisas mais importantes que a vida me deu e eu seria capaz de fazer de tudo para lhe manter bem.

Lorenzo era muito parecido comigo em alguns aspectos de personalidade, já na aparência, 99% havia vindo de Ivy... as maças de rosto um pouco profundas, os cabelos loiros... apenas os olhos eram parecidos com os meus, grandes e pretos.

Foi pouco tempo para que a paciência do meu pequeno escorresse pelo ralo, já que cruzou os braços de forma emburrada e chutou o que conseguiu construir. Arqueei uma de minhas sobrancelhas observando a cena.

- Brinquedo chato! – Reclamou ele, já com os olhinhos cheios de lágrimas. Balancei a cabeça, me levantei do sofá e caminhei até ele, em seguida me agachei ao seu lado e baguncei seus cachinhos loiros, carinhosamente.

- Não faça assim com os brinquedos, Lolo... a mamãe comprou com tanto carinho e você vai estragá-los se chutá-los dessa forma – Expliquei, calmamente. Lorenzo olhou pra mim durante alguns segundos e bufou baixo, sem desfazer o bico fofo que se formava em seus lábios. Segurei minha vontade de sorrir e apertar suas bochechas.

- Mas eles ficam caindo e eu não consigo fazer meu castelo!

- Claro que você consegue, só precisa ter um pouco de paciência... quer que o papai te ajude?

- Não quero mais brincar com isso... vamos fazer uma coisa mais divertida, papi...

- Tudo bem... vamos guardar tudo, se não a mamãe coloca nós dois de castigo, depois podemos ir até a sorveteria, o que acha? – Foram segundos para que um sorriso surgisse no rosto do pequeno. Balancei a cabeça e ajudei-o a guardar as pecinhas em seus devidos lugares, em seguida fomos nos aprontar para ir até a sorveteria

- Onde é que vocês vão? – Ivy entrou vagarosamente no quarto de Lorenzo, segundos depois de eu sair do banheiro com nosso filho enrolado numa toalha. Coloquei Lolo sentado na cama e sorri a ela.

- Vamos na sorveteria, quer ir conosco?

- Na verdade, eu tenho que resolver umas coisas com meu pai, então deixarei vocês ir sozinhos – Ivy sorriu carinhosamente, se aproximou e depositou um rápido beijo em meus lábios – O que acha de levar Taylor junto? Ele parece meio tristinho, perdido... acho que vai ser bom pra distraí-lo um pouco.

- Bem... acho que posso levar todos os pequenos comigo, vamos caminhando, então não há problema e assim os adultos têm alguns minutos de folga – Sugeri divertido e Ivy assentiu, em seguida saiu do quarto disposta a preparar Davine, Melanie, Gustavo e Taylor para sairmos juntos.

Não demorou muito para que todos os pequenos estivessem na sala, já preparados para ir comigo. Desci as escadas com Lorenzo no colo e avistei as quatro criaturinhas no sofá, com os olhos fixos no desenho que passava na TV no momento. Sorri ao ver a cena, já que era raro ver todos os pequenos juntos, sem brigar por coisas inúteis, e quietos, sem produzir um som se quer.

- Vamos, pimpolhos? – Chamei, fazendo todos se levantarem do sofá e me seguirem até a porta de entrada.

Coloquei Lorenzo sobre meus ombros, em seguida segurei a mão de Davine e de Gustavo, que eram os mais propícios a saírem correndo para o meio da rua, enquanto Melanie e Taylor iam, também de mãos dadas, à minha frente, cantarolando alguma música do Rei Leão. Não demoramos muito para chegarmos ao pequeno quiosque de sorvete, que ficava há, exatamente, três quadras da mansão. Logo nos sentamos às mesas de plásticos e eu ajudei as crianças a escolherem os sabores que queriam... eu amava os pequenos, e passar algumas horinhas me divertindo com eles era um dos meus passatempos favoritos.

POV Carl

- Eu não gosto de fazer fofoca, tio... mas achei importante lhe contar – Disse Drew, alguns segundos depois de eu retornar para a minha sala. Sentei à mesa e passei a mão pelos cabelos, de forma exasperada, tentando controlar o meu estresse, tanto pelo o que soube sobre Lewis e Charlote, quanto pelo cansaço de estar no terceiro plantão seguido – Acredite, eu fiquei tão surpreso quanto você, nunca imaginei que Charlote seria capaz de manter um relacionamento assim, escondida de todo mundo e...

- Drew, já chega... a partir daqui eu resolvo, tudo bem? – Falei, levantando a mão para que meu sobrinho parasse de falar... eu simplesmente não estava com paciência para ouvir ninguém, pelo menos, não naquele momento – Leve a menina para casa e depois vá pra casa também, Steven está te procurando e ele parece estar bem irritado com sua saída.

- Steven está irritado sempre, com tudo e todos ao seu redor – Reclamou meu sobrinho, antes de segurar a mão da garota, sua namorada provavelmente e sair calmamente da minha sala. Revirei os olhos e joguei a cabeça para trás, sentindo meu corpo todo começar a doer.

Assim que terminei de atender meus pacientes e realizar algumas cirurgias, chamei Charlote e Lewis para a minha sala e esperei alguns minutos até que ambos aparecessem.

Lewis entrou na sala vagarosamente, evitando olhar diretamente nos meus olhos. Meu colega de trabalho esfregava as mãos uma na outra, demonstrando que estava nervoso. Charlote chegou alguns segundos depois dele e fingiu nem notar sua presença ali, mas o medo era nítido em seus olhos.

- Precisa de alguma coisa, papai? – Perguntou ela, olhando de soslaio para Lewis. Bati a caneca algumas vezes no tampo da mesa, antes de me levantar e cruzar os braços, encarando minha filha nos olhos.

- Quando pretendia me contar? – Perguntei sem esperar muito e Charlote me olhou confusa. Respirei fundo e apontei com o queixo para Lewis, fazendo minha filha se remexer nervosa na cadeira e engolir em seco – Até quando você pretendia esconder isso de mim, Charlote? Responda!

- E-eu... – Antes que minha filha pudesse se explicar, Lewis deu alguns passos à frente, corajosamente e interrompeu-a.

- Não foi culpa dela, Carl! Eu insisti para que mantivéssemos isso em segredo – Começou, então desviei minha atenção para ele – Além do mais, acho que Charlote já tem idade o suficiente para ter liberdade em suas escolhas e não deve prestar explicações, ao pai, sobre o que faz ou deixa de fazer.

Sorrio sem humor e aperto os olhos, a fim de controlar minha irritação para que eu não cometesse nenhuma besteira.

- Enquanto Charlote for minha filha, ela deve explicações sobre o que faz sim, principalmente se isso for contra o que ensinei a ela! – Falei entredentes.

- E o que você ensinou a ela? A não se relacionar com caras mais velhos?

- Então você acha que idade aqui é o problema?! Vamos ser francos, doutor Lewis... você é casado! Tem uma esposa e uma filha que precisam de você, enquanto você fica por aí se amassando com minha filha! Se Charlote tinha consciência de sua vida fora do hospital e ainda quis seguir com esse relacionamento, se é que posso chamar assim, ela errou e errou feio, mas você também está sendo um verdadeiro idiota, se vem para o hospital apenas pensando em trair sua mulher! – Dei um forte tapa na mesa e apontei para o médico a minha frente.

- Pai, a gente sabe que errou, tá bem?! Não adianta ficar nervoso agora, o que está feito, está feito... deixe que nós dois assuma as consequências disso e fique fora! – Charlote se levantou e me olhou de forma desafiadora. Balancei a cabeça com indignação e passei a mão pelo rosto.

- Você vai para casa comigo – Declarei e Charlote bufou baixo, prestes a argumentar contra, mas nem lhe dei tempo – E você vai ficar longe da minha filha! Agradeça por eu não levar essa história para o lado profissional, ou você estaria perdido, Doutor Lewis.

A grande família - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora