Cap 21 - Situações desesperadoras

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N/A: Boa noite, leitores! Espero que vocês estejam todos bem e que essa nova semana que está iniciando seja boa pra todos nós! Aproveitem o capítulo de hoje :) Segurem o coração hshshshshsh

**Ignorem os erros de digitação, eu não tive tempo de revisar. Meu tempo está bem curto, galerinha

**Estou aberta a sugestões!

Até mais, boa leitura!

POV John

Abro os olhos vagarosamente, escutando alguma coisa apitar ao meu lado, de forma ritmada. Demoro alguns segundos para perceber que eu estava num quarto de hospital e a máquina apitando era um monitor multiparâmetro de sinais vitais.

Puxo o ar com certa dificuldade e aperto os olhos ao sentir uma dor imensa um pouco abaixo do peito, como se minha pele estivesse sendo perfurada diversas vezes.

- Sr. Church, que bom que estás acordado -  Olhei para o lado curioso para saber quem é que estava falando comigo. Dei de cara com um jovem de cabelos escuros e barba bem feita. - Como se sente?

- Estou com muita dor e cansado... O que aconteceu? Por que estou aqui?

- Bom, uma coisa de cada vez, vamos lá... Sua esposa e seu filho o trouxeram pra cá desacordado... alegando que o senhor estava alguns dias sem conseguir se alimentar direito... sem ingerir líquidos e afins... juntando a falta de alimentação com o câncer, suas forças físicas cessaram quase completamente... seus batimentos estavam em trinta e dois por minuto quando chegou aqui... e o senhor dormiu por duas semanas seguidas

Assenti enquanto o jovem lia o prontuário e respondia as perguntas pausadamente... Pela sua aparência jovial e sua insegurança nas palavras, provavelmente ele era um médico recém formado. Seu sotaque também deixava claro que ele não era natural de São Francisco.

- Onde estão meu filho e minha esposa?

- Acho que foram comer alguma coisa na lanchonete do hospital... Vou chamar um enfermeiro para lhe aplicar um pouco de morfina, assim o senhor não sentirá tanto desconforto com a dor.

Assenti novamente e observei o rapaz apertando um botãozinho na parede, não demorou muitos minutos para uma enfermeira aparecer, ouvir as coordenadas do jovem médico e aplicar a morfina em mim.

- Vovô! O senhor tá acordado! - Olhei para a porta de vidro ao ouvir uma voz conhecida e sorri fracamente ao ver meu filho entrar no quarto carregando Gustavo no colo e segurando a mão de Melanie. Larissa estava logo atrás e sua barriga já estava bem mais visível do que eu lembrava.

- Amores da minha vida... como é bom vê-los! - Falei sentindo um alívio ao perceber que, apesar de tudo, eles estavam bem.

- Meu amor... Como eu senti falta da tua voz! - Larissa falou, pousando a mão em meu rosto. Coloquei a minha mão por cima da sua carinhosamente. - Achei que você não acordaria mais, essas duas semanas foram as mais angustiantes da minha vida...

- Eu vou ficar bem, querida...

- Estou feliz que acordou, papai... Você nos deu um grande susto - Disse Gabe com a voz trêmula, provavelmente porque estava segurando o choro.

Respirei fundo mais uma vez e estiquei o braço para acariciar os cachos da minha neta, depois, acariciei o rosto de Gustavo, que me olhava com os olhinhos cheios de preocupação.

- Gus sentiu falta do meu vovô! - Disse meu neto, com a voz magoada.

- Oh, meu bebê... O vovô vai ficar bem e logo voltarei pra casa para brincar com você.

- Gabriel, sra. Larissa... Podem vir aqui fora, por favor? - O médico chamou e meu filho e minha esposa o seguiram até o corredor, deixando apenas eu e meus netos na sala.

Gustavo sentou aos meus pés e deitou na minha perna com o dedo na boca. Mel ficou em pé ao lado da maca, me olhando e acariciando meu rosto com a mãozinha gelada.

- Eu também senti saudades, vovô... Pedi muito ao papai do céu pro senhor acordar de novo! - Disse ela baixinho, com a voz chateada.

- O vovô vai ficar bem, princesa.

Fechei os olhos ao sentir seus dedinhos gelados passear por meu rosto e aos poucos, o toque foi ficando cada vez mais longe, até que fui incapaz de senti-los. Tudo se apagou muito rapidamente.

POV Carl

Assim que sai do quarto onde eu estava fazendo uma consulta, avistei um dos médicos novos do hospital conversando com minha cunhada e meu sobrinho. Como eu tinha um horário livre, aproveitei para dar uma olhada no meu irmão.

Assenti para Larissa, Gabe e doutor Henry, em seguida, entrei no quarto e vi Melanie acariciando o rosto do avô com cuidado. Sorri vendo a cena, mas por dentro eu estava destruído, pois eu sabia que os dias do meu irmão estavam contados.

- Ele acordou, querida? - Perguntei me aproximando dos dois.

- Ele estava acordado titio, mas agora já dormiu de novo, olha... - Mel apontou para o rosto do avô e eu assenti. - Ele vai ficar bem, né titio? E vai viver pra sempre com a gente, né?

Suspirei diante das perguntas da pequena e senti meu coração apertar.

- Vamos torcer pra que ele fique bem. - Falei, bagunçando suas madeixas.

Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, a máquina apitou seguidamente, avisando que o coração de John havia parado.

- Vovô!!!

- Doutor Henry! Parada cardíaca! - Gritei sentindo o desespero tomar conta de mim. Gabriel entrou no quarto e levou os filhos para o corredor e eu me prontifiquei em fazer uma massagem cardíaca no meu irmão, enquanto os médicos não apareciam.

- Vamos, John! Reaja! - Pedi sentindo as lágrimas escorrerem por meu rosto. - Não nos deixei agora, irmão!

Não demorou para os médicos invadiram o quarto e um me puxou para longe da maca, impedindo que eu fizesse parte do processo de reanimação.

- Desfibrilador! Rápido! - Pediu um dos médicos, que rapidamente foi atendido - Afasta... Um, dois, três! De novo! Um, dois, três!

Senti meu corpo todo tremer diante daquela situação e minha única reação foi chorar de forma desesperada.

- Droga! Perdemos ele! - Disse Henry, balançando a cabeça negativamente.

Afastei alguns médicos e me coloquei ao lado da maca do meu irmão, em seguida coloquei a mão sobre seu rosto ainda quente.

- Não me deixe agora, irmão, precisamos de você! - Falei baixinho - Vamos, John! Acorde, acorde! Por favor irmão...

- Doutor Carl, eu sinto muito, mas ele já se foi - Disse um dos médicos, colocando a mão sobre meu ombro. - Henry, fale a hora.

- Hora da morte...

Antes que Henry pudesse terminar, a máquina voltou a apitar de forma ritmada, indicando que o coração do meu irmão havia voltado... Soltei o ar dos pulmões de forma aliviada.

A grande família - 2° TemporadaWhere stories live. Discover now