Tirthy seven

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Pov Narrador. 


    Harry dirigiu por um caminho longo, o lugar era bem escondido. Robert apenas o guiava pelas ruas, apontando para os lugares certo e trocando apenas algumas palavras. O carro andava rapidamente, os levando para uma pequena cidadezinha ao lado de Londres. 

     Chegaram então em uma pequena ria com várias fazendinhas, o médico apontou para a fazenda da esquerda, que mantinha o portão aberto, com uma linda plaquinha pendurada dizendo "Lar para todos". Harry então estacionou seu carro em uma das vagas livres ali, finalmente respirando fundo pronto para o que estava por vir. 

   Ainda estava desconfiado e extremamente preocupado com Louis. Tinha deixado seu ômega sozinho no hospital, mesmo que Zayn e Liam estivessem lá, ainda não eram o suficiente para o alfa. Louis precisava de Harry e Harry precisava de Louis. 

    Abriu a porta com lentidão, só para retardar um pouco o que estava para presenciar. Sentiu um cheiro gostoso, lhe lembrava a alguma memória que não parecia realmente sua. Era um cheiro de conforto. 

     A porta da casinha foi aberta por uma senhora, ela era baixa, sua pele escura como o breu, seus cabelos presos para trás com uma faixa florida e com olhos extremamente verdes. Provavelmente tinha uns setenta anos de vida. A pequena ômega levantou seu olhar de seus pés para os dois alfas sorrindo pequeno para Robert. Mas seu sorriso se tornou caloroso quando encarou Harry.

    - Olá queridos, entrem por favor, eu acabei de fazer o almoço. Fiz uma linda macarronada. Estou só eu, Jaden e Noah.- A senhora falou delicadamente já dando as costas para os dois homens, entrando novamente na casa sem nem se importar de ter um estranho na sua porta.- Vamos, entrem, vocês devem estar com fome. 

      Robert levantou uma de suas mãos acenando para que Harry entrasse primeiro. O alfa fez o que lhe foi pedido ainda desconfiado. Mas toda sua insegurança se foi ao sentir um cheiro doce e cítrico, era o cheiro de ômegas machos. Haviam dois odores um pouco diferentes, mas sempre nessa mesma pegada. Mesmo que fossem bons, o cheiro de Louis era melhor. 

     - Noah, Jaden, Robert etá aqui, ele veio com um provável amigo.- A senhora falou mais alto para que os dois garotos que estavam na sala de estar escutassem. A casa era pequena, mas não muito organizada. Tinha cara de casa de avós. 

     Em uns segundos duas crianças apareceram na sala. Um deles do mesmo tom de pele que a senhora, o outro se parecia muito com Robert. Os dois pularam no colo do médico sem nem esperar, estavam tão felizes.

      - Papai! Papai! Hoje eu e o Noah aprendemos muito com a vovó Nana. Ela nos ensinou tudo sobre a guerra das raças. Foi muito violento papai, eu não gostei. Noah também não gostou não é?- O pequeno se virou para o amigo que apenas concordou com a cabeça.

     - Sim tio. Eu não gosto de violência. A vovó disse que quem gosta de guerra é burro, e eu não sou burro, nem o Jaden.- O menino comentou enquanto sorria para o amigo. Os dois eram grudados, não se largavam nem por um segundo, eram definitivamente melhores amigos. 

     - Papai, quem é esse?- Jaden perguntou com um sussurro alto, chamando a atenção da senhora novamente, que voltou para onde os quatro estavam. Ela deixou dois pratos em cima de uma mesinha de centro para que pudesse se sentar em sua poltrona.

    - Crianças, vão brincar com os outros, nós vamos falar de coisas de adultos.- Nana falou dura vendo os dois pequenos saírem de cabeças baixas, estavam tão animados e queriam ficar e escutar tudo, eles eram bem arteiros e inteligentes. Quando estavam sozinhos na sala a senhora continuou.- Posso finalmente me apresentar. Meu nome é Amanda mas todo mundo me chama de vovó Nana. Sua vez.

    - Eu?- Harry apontou seu dedo para seu próprio peito, recebendo apenas um aceno com a cabeça. O alfa se sentou no sofá de frente para a poltrona em que a senhora estava sentada.- Meu nome é Harry. Robert me disse que aqui é um lugar seguro para ômegas machos. Consegui perceber que esses dois são ômegas o que me deixa mais tranquilo. Robert disse que meu ômega seria aceito aqui. Ele precisa de ajuda com os supressores.- Resolveu dizer tudo.

    - Ah! Entendi, você tem um ômega.- Amanda apenas afirmou.- Bom, primeiro eu terei que ter certeza de que o menino é um ômega, e tenho que ter certeza que você é confiável. Não era para Robert ter falado assim, nós temos toda uma organização. Não sei o que deu nele para não seguir as regras.- Suspirou pesadamente.

    - Ele estava me ameaçando.- Robert sussurrou um pouco envergonhado, era difícil admitir que tinha ficado com medo de uma ameaça, ele ainda era um alfa, e tinha seu orgulho ferido.- Harry é um lúpus Nana. E eu acho que você entende.- O médico falou agora em um tom mais alto, mas mesmo assim apreensivo. 

    - Oh, um lúpus. Isso quer dizer algo então. O seu ômega é especial.- A senhora agora tinha uma expressão assustada.- Me diga querido, o cheiro dele é bem forte? Mais forte do que qualquer ômega que já tenha conhecido?- Harry afirmou com a cabeça, mas aquilo era normal não? Alguns ômegas tinham cheiros mais fortes e outros mais fracos.- Vocês tem alguma conexão?

    - Sim, somos destinados. Já sabemos sobre essas coisas. O que você quis dizer com ele ser especial?- Ele não foi respondido, a senhora apenas sorriu carinhosa e se levantou o chamando com um balançar de cabeça. Harry não entendeu direito mas se levantou. Robert ia se levantar também mas foi parado por Amanda que pediu um tempo sozinha com o alfa. 

     Ela foi o guiando pela casa, Harry percebeu o quão comprida o lugar era. Chegaram finalmente numa porta dos fundos. Nana tirou uma chave do seu bolso e finalmente abriu a porta. O que se mostrou foi algo incrível. Várias casinhas espalhadas pelo grande e extenso terreno. Tinham algumas crianças brincando em um canto, Harry pode ver que os dois garotinhos que tinha visto estavam ali. 

    O cheiro lhe dizia o que era. Ali era o refugio. Ali os ômegas viviam livres. 


   Louis acordou um pouco confuso. Sua cabeça doía mais do que nunca, tentou abrir seu olhos mas fechou logo quando a luz o atingiu. O ômega não se lembrava de muita coisa, ele apenas se lembrava da festa. O que tinha acontecido? Onde estava? 

    - Lou?- Ouviu uma voz familiar lhe chamar.- Lou você acordou?- Zayn se levantou da cadeira ao lado da cama. Estava ali há horas, só esperando seu amigo dar algum sinal de que estava bem.- Graças a Deus Louis! Eu estava quase morrendo aqui.- Suspirou aliviado. Tinha escutado de uma das enfermeiras que seu amigo poderia ficar em coma pela quantidade de remédios que tinha tomado. 

   - Z?- Sua voz saiu rouca e baixa por não ter falado nada em muito tempo.- Z onde eu estou?- Perguntou ainda confuso, até tentou reconhecer o lugar mas nada lhe lembrava a algo. Viu os aparelhos que estavam conectados ao seu corpo e então entendeu.- Por que estou no hospital?

    - Você desmaiou Louis, mas agora tá tudo bem.- O alfa falou enquanto ajudava o ômega a se sentar.- Calma, vá com calma. Parece que você tomou remédios demais.- Zayn então andou até a porta do quarto.- Vou chamar um médico.

    - Cadê o Harry?- O mais novo perguntou vendo que seu alfa não estava ali, mas não obteve nenhuma resposta, seu amigo já tinha saído do quarto. Logo uma médica entrou e começou a falar coisas que Louis nem prestava atenção. Queria seu alfa, queria Harry ali para lhe abraçar. 



oiiii, e aí? gente vou tentar postar toda semana, o dia seria na quarta mas pode ser que eu atrase em alguns dias. 

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    Amo vcs

   Beijinhos de Larry

Same Love ABO (Larry Stylinson)Where stories live. Discover now