-Capa feita pela @-ST4RSHPING
-Irei traduzir histórias feitas por outras pessoas, dando o reconhecimento merecido por elas, claro.
-Se vocês por acaso verem um erro de português podem escrever um comentário me avisando para os erros não se repetirem...
Faziam algumas semanas que você e Timothée terminaram e isso estava te fazendo ir a loucura. Não que fosse muito diferente com ele, mas você... nossa! Ele foi seu primeiro amor e vocês ficaram juntos por quase 2 anos, então foi muito mais triste para você.
Mas ele estava parecendo mais feliz agora. Até estava namorando uma nova atriz. Lily-Rose Depp.
Suas amigas diziam que ela não era tudo isso e só demoraria um pouco para você se recuperar, mas elas estavam erradas sobre as duas coisas. Isso de que Lily não era melhor do que você era só um conforto que todas as amigas dizem umas para as outras quando o ex começa outro relacionamento e a coisa do se "recuperar" parecia longe de acontecer.
Principalmente porque nesse exato momento você está em um evento onde o dito cujo está.
Era algum evento beneficente para arrecadar dinheiro para uma instituição de pessoas LGBTQIA+ que foram expulsas de casa. Você deveria saber que ele viria, até porque isso é a cara dele.
E lá estava ele. Segurando e cintura de Lily com uma das mãos, como ele fizera com você várias vezes antes dela.
Estar lá, nesta situação fez você pensar como você conseguiu entrar nela. Por que vocês tinham terminado, afinal? Segundo o próprio Timothée, ele ainda te amava incondicionalmente. Por que vocês não suportaram a agenda lotada um do outro? Por que você não lutou por ele? Eram todas as perguntas que corriam por sua cabeça.
"S/N! S/N!" Você ouviu um entrevistador te chamar para dar uma exclusiva a ele.
"Olá." Você disse serenamente, enquanto se aproximava.
"Primeiramente devo dizer que você está deslumbrante essa noite." Ele te elogiou, fazendo um sorriso falso nascer em seu rosto.
"Mas só hoje? Poxa. Eu me esforço para ser deslumbrante todos os dias." Você zombou da cara do entrevistador que ficou tentando se auto-corrigir. "Estou só brincando. Sei que sou linda. Pelo menos é o que meu na..." Você parou no meio da frase.
"O seu o que?" O entrevistador te tirou de seus devaneios.
"Meu pai." Você mentiu. "Ele sempre fala que eu sou a princesa dele."
"Por que não rainha?"
"Esse cargo é da minha mãe. Ela é a rainha, meu pai é o rei, meu irmão o príncipe e eu a princesa do reino que nossa família inventou."
"Nesse caso... vida longa a essa maravilhosa família real." Você falou um pequeno 'viva!' em resposta ao homem. "Mas mudando de assunto. Agora que você está solteira, você está procurando alguém ou quer viver a vida de solteira?"
"Ah... eu acho que preciso reaprender a ME amar." Você enfatizou o 'me'. "Passei muito tempo amando ele." Você se recusava a dizer o nome de Timothée em voz alta e você sabia que todos entenderiam que era ele. "Acho que está na hora de ser um pouco egoísta. Eu posso até ficar com alguém em uma festa ou algo do tipo, mas namorar não me parece algo plausível no momento."
"O que você acha que causou seu termino?"
"Foi o típico: 'agenda lotada'. Eu sei que parece bem artificial e até eu cheguei a achar que ninguém REALMENTE se separava por isso, mas agora estando do outro lado da moeda posso confirmar que é real." Você deu uma coçada no nariz para disfarçar as lágrimas que ameaçavam cair. "Mas acho que foi bom, sabe? Acho que não superaria um 'eu te trai' ou 'não te amo mais', é melhor ter um 'acho que não está dando, porque não nos vemos muito'. É menos doloroso."
"Você ainda o ama?"
"Depende do que você considera amor. Se amor for admirar o trabalho, torcer pela carreira dele e o apoia-lo. Sim, eu o amo com todo o meu coração." Você fez uma pausa para respirar um pouco antes de continuar. "Para mim o amor não se trata só de ficar deitada no peito da pessoa em uma tarde de domingo preguiçosa ou beijar e passar o dia todo conversando sobre as mais diversas coisas. O amor se trata de saber quando libertar a outra pessoa. Eu estava o prendendo demais, ele precisava respirar. Eu nunca vou parar de amá-lo, afinal ele foi o primeiro amor da minha vida, mas eu vou deixá-lo amar quem ele quiser amar. Mesmo que eu não seja a escolhida."
Seu discurso foi tão comovente que ao final dele, você viu o homem enxugar uma ou duas lágrimas que rolavam pelo rosto com a manga do paletó.
"Uau! Isso foi muito triste e responsável da sua parte. Todos deveriam ouvir seus conselhos." Você resolveu quebrar um pouco o clima pesado.
"Que bom saber que eu já posso ser coach." Você ouviu uma pequena risadinha do homem e viu que Timothée estava começando a se aproximar de onde você estava, então você decidiu sair de cena. "Foi muito bom falar com você."
"Igualmente." Ele estendeu a mão que você agarrou com prazer e saiu rapidamente.
Enquanto você ia embora, Timothée se aproximava do mesmo entrevistador com quem você conversara. Ele observou você, até você começar a falar com outra entrevistadora, desta vez mulher.
O entrevistador viu o jeito que ele te olhava. Era como se você fosse a única pessoa naquele lugar lotado.
"Não é dá minha conta, mas ela ainda te ama. Se é que você quer saber." O entrevistador falou chamando a atenção de Timothée para si.
"Eu também ainda a amo." Ele respondeu, baixando o olhar aos sapatos.
"Tente de novo. Ela é boa demais para se desperdiçar desse jeito." O homem tentava convence-lo a ir até você.
"Não." Timothée negou, balançando a cabeça. "Não posso partir o coração dela mais de uma vez. E eu sei que se eu voltar para a vida dela é isso que vai acontecer."
Ele olhou para você uma última vez e você o olhou também. Você deu um pequeno sorriso e acenou e ele fez o mesmo. Doía saber que você estava fora do alcance dele neste momento e provavelmente para sempre.
(N/a: para você rirem um pouco, aí vai um fato gay-mer sobre mim. O nome do meu cachorro é Paul por causa do Paul McCartney e se pronuncia 'Pou'. Aí, todo mundo acha que o nome dele é 'Pou', porque eu gosto do joguinho 'Pou'. Triste, porém verdade.)
