07. Sinto muito!

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Pov Hannah

Sarah e Wendell estão sendo bem legais comigo. Eu não tinha comido nada o dia todo, então eles me deram uma barrinha de cereal e me deram água também. Conversamos sobre como foi passar pelo tornado até que a minha febre piorou e eu só sei que eu apaguei.

Quando eu acordei eles estavam estranhos. Não de um jeito ruim ou agressivo, eles apenas pareciam mais interessados em mim. A madrugada chegou e eu voltei a dormir. Acordo com o sol irritando os meus olhos através da janela do caminhão e um barulho chama a minha atenção.

Olho ao redor e vejo que o estávamos estacionados em um lugar com mais nada além de um deserto a nossa volta. Vejo que a porta do motorista estava aberta e eu desço por ela para não fazer barulho. Dou a volta pelo caminhão em passos cuidadosos e observo escondida atrás dele o que está acontecendo.

Sarah está apontando uma arma para um cara que está com as mãos amarradas nas costas. Por que ela está fazendo isso? O que ele fez? Sinto algo de metal me cutucar e rapidamente eu puxo a minha faca e me viro para ver o que é. É o Wendell e ele está apontando a sua espingarda para mim. Me mantenho na minha posição de ataque enquanto nós dois ficamos nos encarando.

-Você deveria ter continuado dormindo, garota- o homem fala.

-Que merda é aquela?- pergunto me referindo a Sarah e ao homem amarrado.

-Solta a faca, Hannah- a voz da mulher soa ao meu lado me fazendo dar dois passos de susto para trás.

-Ou o que?- pergunto alternando o olhar entre ela e o homem amarrado que ela segurava pela blusa.

-Ou teremos problemas- ela levanta a arma na minha direção.

É isso, eu perdi. Quais as chances das armas deles estarem sem balas? Eu poderia correr e testar isso, mas e se elas estiverem carregadas? E por quanto tempo eu aguentaria correr doente do jeito que estou? Fico em silêncio tentando achar uma saída dentro da minha própria mente, mas não encontro.

-Tudo bem- abaixo a faca lentamente no chão e levanto as minhas mãos.

-Boa escolha- a mulher vem até mim e me amarra com um enforca gato branco de plástico.

-Quem é ele? O que vocês querem comigo?- pergunto enquanto eles nos levam para a parte de trás do caminhão.

-Que ótimo que você perguntou- a mulher arruma o boné em sua cabeça- esse é o Jim, diga oi para a Hannah, Jim.

-O-oi- o moreno de olhos claros me olha com certo medo.

-O Jim é um ótimo cervejeiro, sabia, Hannah?- a loira pergunta- mas ele não quer nos passar a receita.

-Tudo isso por causa da merda de uma receita de cerveja?- pergunto com indignação.

-Cerveja é bom, mas sabe o que é ainda melhor?- a mulher pergunta com entusiasmo- um lugar seguro para morar.

-Esse lugar na Virgínia... É perto de Washington?- o homem na cadeira de rodas pergunta me fazendo franzir as sobrancelhas. Como eles sabiam de lá?

-Q-que lugar?- tento me fazer de desentendida.

-Não precisa fingir, colega, quando você estava apagada você começou a falar sobre uma comunidade na Virgínia e falou também sobre um cara chamado Daryl, mas isso não nos interessa- a loira gesticula com as mãos.

-Eu não sei do que vocês estão falando, eu devia estar alucinando por causa da febre- desvio o olhar.

-A gente até poderia acreditar, mas você estava vindo exatamente daquela direção, então isso tornou as coisas meio óbvias- a mulher cruza os braços.

HANNAH | Livro Dois | Daryl DixonWhere stories live. Discover now