40. Irmão...?

248 27 6
                                    

Pov Hannah

...Vinte minutos depois

A porta se abre fazendo o meu coração pular no meu peito mais uma vez hoje. Daryl corre ofegante até mim me estendendo a mochila que está em suas mãos, mas eu não a pego. Ele me olha sem entender e seus olhos escorrem lentamente até o outro lado da sala, onde o corpo de Leah está coberto deitado na cama da mesma maneira que eu a deixei a vinte minutos atrás.

-Sinto muito, Daryl- falo e vejo seu maxilar contrair. Os olhos do caçador vão até o chão antes de voltarem para mim.

-E o bebê?- ele pergunta com a voz baixa e rouca.

-Está bem- viro um pouco de lado para que ele possa olhar a criança que está dentro da bolsa que fiz com o lençol- ele está dormindo.

-Vem, vamos embora- ele chama, claramente tentando não fazer contato visual com o corpo morto da Leah.

Pego a bolsa do Tony e acompanho Daryl em seus passos pesados até a porta. Dixon gira a maçaneta e damos de cara com uma horda de zumbis vindo na nossa direção.

-Merda, esses caras de novo?- aponto para a flecha do Daryl cravada no pescoço de um dos mortos e o caçador parece se lembrar também do nosso incidente mês passado onde tivemos que dormir no porta malas de um carro abandonado.

-Eu devo ter chamado a atenção deles quando eu estava correndo para chegar aqui- Dixon fala fechando a porta- vem, vamos sair pelos fundos.

Corremos até uma das janelas da parte de trás da cabana. Ela está suja e a poeira não nos deixa ter uma visão perfeita de como está lá fora. Com dificuldade o caçador abre a janela emperrada. Ele coloca a cabeça para fora para ver como estão as coisas por lá, mas no mesmo segundo ele volta para dentro quando as mãos podres de um zumbi quase o agarram.

Mais mortos aparecem na parte de trás, a horda está cercando a cabana inteira. O caçador chuta o peito do zumbi que tenta se jogar para dentro do cômodo pela janela e empurra ele longe no chão da floresta. Sem perder tempo, Daryl rapidamente fecha a janela antes que outro daqueles monstros tente entrar.

Em poucos segundos os mortos nos alcançam e começam a arranhar o vidro da janela na nossa frente. O barulho dos grunhidos acorda o Tony e ele começa a chorar.

-Tenta acalmar ele para não chamar a atenção de mais deles lá fora- Daryl pede e eu concordo com um balançar de cabeça.

Começo a ninar o garotinho, mas parece que até que aquelas coisas lá fora façam silêncio, ele não vai parar de chorar. Tento de tudo, canto, nino, tento dar a mamadeira, mas ele não para de chorar.

-Daryl... Isso não está funcionando- falo entrando em leve desespero.

-É e tem mais deles vindo- o caçador fala olhando pela brecha da cortina.

-O que vamos fazer?- pergunto sem parar de ninar o Tony.

-Eu não sei, mas precisamos fazer rápido...- ele fala olhando para todos os cantos da cabana.

-E o rádio...?- ele me olha sem entender- o rádio que eu trouxe para o Carl me chamar quando o bebê deles estivesse vindo- a expressão de Daryl muda quando ele se lembra do que estou falando- a gente pode pedir para eles virem nos ajudar- Daryl mal espera eu terminar de falar e começa a revirar a nossa mochila em busca do rádio.

-Carl, precisamos de ajuda. Câmbio.

Dixon aperta o botão e fala.

-Tem alguém aí? Câmbio.

HANNAH | Livro Dois | Daryl DixonHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin