29. Eu prometo que vou te encontrar

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Pov Hannah

-Hannah...?- minha cabeça dói e o meu nome ecoa dentro dela- Hannah!?

Acordo com Daryl me chacoalhando pelos ombros. Seus olhos assustados correm pelo meu rosto. Rolo meus olhos para o lado e vejo o homem que antes me estrangulava, morto com uma flecha em sua cabeça. Idiota.

-Você está bem?- Dixon pergunta preocupado- precisamos sair daqui.

-Estou- faço uma careta quando o meu pescoço começa a doer.

Daryl me ajuda a levantar e nós passamos pelos corpos mortos dos homens. Saímos pela janela que dá para os fundos da casa e tomamos cuidado para ninguém nos ver.

-Eles pegaram as crianças e provavelmente pegaram o cachorro também- sussurro ainda atordoada- será que a Lydia e o Carl também foram pegos?- minha cabeça dói pensando neles.

-Eles já devem ter pegado todo mundo- Daryl constata ofegante.

-Você acha que eles eram soldados?- pergunto confusa.

-Acho que estavam trabalhando para a Pamela- ele diz me puxando por entre as vielas desertas do lugar.

-E o que vamos fazer agora?- ele parece pensar com a minha pergunta.

-Temos que achar o Mercer- ele responde e eu demoro um tempo para lembrar que Mercer é o soldado chefe de armadura vermelha.

-Não acho que seja uma boa idéia- Daryl me olha- no interrogatório parecia que ele só queria salvar a própria irmã, sem se importar com o que tivesse que fazer ou com quem.

-Não temos outra escolha- Daryl diz quando paramos para observar o ambiente ao nosso redor.

-Bem... Nós temos- ele volta a me olhar curioso- Hornsby...- agora ele me olha como se eu estivesse maluca- ele conhece toda a merda que acontece aqui e imagino que ele aceitaria qualquer acordo nosso depois do que a Pamela fez com ele- o homem começa a cogitar as minhas palavras- mas tem um problema... Não sabemos onde ele está.

-Acho que eu sei para onde levaram ele- Daryl diz com esperança- mas não vai ser fácil chegar lá.

-E quando alguma coisa é...- penso em voz alta enquanto sigo atrás do homem.

Chegamos em um prédio cinza isolado de todo o resto da comunidade. Dois guardas protegiam a porta do lugar. Nós não podemos vacilar, se não vamos alertar todos os outros soldados que podem estar dentro do prédio.

-Não podemos matar eles- afirmo- eles são só peões nesse jogo da Pamela- Daryl concorda.

-Vamos apagar eles- ele responde- eles tem umas abraçadeiras de plástico no meio dos equipamentos- presto atenção nas palavras do homem- vamos usar uma delas para amarrar eles e levar o resto para usar nos soldados lá dentro- concordo olhando para os soldados parados na porta- eu fico com o da direita e você com o da esquerda.

Daryl pega duas pedras no chão e me dá uma delas. Ele joga a pedra longe na direção direita e um dos soldados segue o som para averiguar o que é. Vejo o caçador ir abaixado até o homem de armadura branca. Faço o mesmo e jogo a minha pedra na direção oposta. O segundo soldado sai para ver o que é e eu vou atrás.

Não foi difícil acertar um soco surpresa que apagasse o homem. Diferente daqueles que tentaram sequestrar a gente na casa do Daryl, esses soldados nessas armaduras parecem todos não fazerem a mínima idéia de defesa pessoal.

Pego as abraçadeiras que Daryl falou e pego o rifle do homem também. Encontro Daryl com o rifle do outro soldado na mão esparando próximo a porta. Com atenção, nós entramos no lugar. É escuro e abafado. Não tem janelas, só algumas lâmpadas amareladas que refletem nas paredes mofadas.

HANNAH | Livro Dois | Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora