capítulo 36: revelações

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Tenho vontade de rir da expressão entediada de Brandon durante a apresentação do grupo de teatro. Ele provavelmente está odiando tudo isso.

— Está gostando?

— Não mesmo.

Sorrio da sua resposta e volto a observar a peça que está se desenrolando nesse momento. Nathaly está incrível assim como o restante do grupo e tenho certeza que ensaiaram muito para isso. Muita gente os está assistindo, o que inclui a coordenação e os professores.

Como faltam poucos minutos para acabar, sussurro para Brandon:

— Relaxa. Falta pouco e poderemos sair daqui.

— Que ótima notícia. — beija minha bochecha, fazendo-me sorrir.

Ao olhar para o lado, flagro Pamela de olho em nós e paro de sorrir. Seus olhos enviam adagas em nossa direção e desvio o olhar, respirando fundo.

— O que foi? — é Brandon.

— Pamela está de olho em nós. Parece que ela quer matar alguém.

Ele olha na direção dela com uma carranca e Pamela finalmente desvia o olhar.

Sem querer me importar com a loira irritada, volto os olhos para a peça e assim os minutos passam.

Um pouco depois estou caminhando pelo corredor ao lado de Brandon, até que ele decide ir ao banheiro. Espero do lado de fora, que está meio deserto, para que possamos ir para casa, e levo um pequeno susto quando Pamela e Amy se aproximam repentinamente, uma de cada lado.

— Onde está seu namorado? — Pamela pergunta.

— Vocês não precisam saber. Deixem-me em paz. — não aumento o tom de voz, apenas falo de forma que elas se toquem e saiam daqui.

Não estou a fim de entrar em confusão.

— Ei, Dylan. Vem aqui. — Pamela chama e meus olhos se ampliam quando reconheço o babaca que me intimidou um tempo atrás. Ele se aproxima.

O que está acontecendo?

— Precisamos da sua ajudinha. Você sabe, né? — Pamela aponta um dedo em minha direção e Dylan Martin ri um pouco antes de se acercar de mim.

Estou pronta para gritar, mas ele vem por trás e tapa minha boca, arrastando-me para longe dali.

Meus olhos estão inegavelmente assustados e amplos conforme tento lutar contra esse brutamonte. Onde está Brandon? Recebo alguns olhares curiosos ao longo do caminho, mas todos são desconhecidos e não parecem inclinados a prestarem ajuda. Droga!

Nosso percurso não é extenso, porque Pamela abre uma porta que reconheço como sendo da sala de música e o Martin me lança dentro, trancando a porta atrás de si e guardando a chave no bolso.

Meu coração está muito acelerado e fico imaginado o que eles pensam em fazer comigo. Mesmo assim, aperto os punhos, pronta para me defender caso queiram me machucar.

— Por que me trouxeram para cá? Digam! — grito e sei que não vão me ouvir lá fora, afinal a sala tem isolamento acústico.

Pamela ri um pouco e balança a cabeça.

— A curiosidade matou o gatinho, Jessie.

— Fale logo de uma vez. — resmungo. — Vão me agredir, é isso?

— Você até que está merecendo, mas não faremos isso. — Amy diz, seguindo até a TV enorme no centro da sala. Ela pega um controle próximo e liga o aparelho logo depois. — Apenas assista!

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