capítulo 8: um novo aliado

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O clima de terça-feira de manhã é ameno e agradável. Não tão frio nem tão quente, mas um meio termo excepcional que me envolve conforme entro no ônibus.

Retiro os fones de ouvido assim que o veículo estaciona em frente à escola e salto para a calçada, ansiosa para a aula e meu primeiro treinamento como animadora de torcida que acontecerá depois.

Com o pensamento otimista, assisto a cada uma das aulas até o horário de almoço. Dessa vez, eu e Nathaly sentamos com algumas animadoras de torcida. Por mais que minha melhor amiga não seja animadora, ela é agradavelmente recebida, pelo menos pelas garotas legais do grupo. Nem preciso citar que Pamela e Amy odiaram nossa presença ali.

Após o almoço, as meninas seguem para suas respectivas aulas enquanto eu decido dar uma passada no banheiro. Depois de fazer xixi, lavo minhas mãos e meu rosto antes de voltar para o corredor praticamente vazio.

Não percebo Brandon Scott plantado do lado de fora até eu ser puxada em direção a um dos armários.

Um alerta soa na minha cabeça e fico imaginando o que ele pensa em fazer.

— O que é isso, Brandon? Ficou louco?

Ele apenas me encara intensamente após me pressionar em um armário. Ele não está sendo tão bruto como da última vez, mas continua me assustando com sua atitude repentina.

Procuro ajuda no corredor, mas a maioria dos alunos está nas salas de aula, enquanto os que sobraram por ali apenas se afastam como se eu não fosse importante o suficiente para necessitar de ajuda.

— Me solta!

— Fica calma. Eu não quero te machucar. — murmura suavemente, o que é uma surpresa.

Brandon e suavemente na mesma frase não combinam.

— Não é o que parece. — resmungo.

— Estou falando sério. — respira fundo, olhando para baixo, então volta a me olhar nos olhos. Engulo em seco. — Sinto muito por tudo, Hernandez.

O que ele está dizendo?

— Sente muito pelo quê?

— Por tudo o que fiz contra você. Sinto muito. — fico sem palavras.

Ele está brincando comigo? Por que seu olhar soa tão sincero?

Droga... não posso cair nessa. De jeito nenhum!

— Isso não vai apagar o que você fez contra mim.

— Eu sei, mas realmente sinto muito. Fui um monstro com você. — estremeço quando seus dedos tocam minha bochecha. Ele percorre minha pele em uma caricia suave. — Desculpa.

— Brandon, que brincadeira de mau gosto é essa? — disparo, impaciente. Não posso acreditar que ele está falando serio. Mesmo assim...

— Não é brincadeira. — amplio os olhos assim que ele deixa seu rosto perigosamente perto do meu. Nossas respirações se misturam. – Quero muito fazer uma coisa. — sussurra, encarando meus lábios. Eu os umedeço involuntariamente.

— Fazer o quê?

— Te beijar.

Como é?!

— Brandon, não...

Então acontece.

E os lábios de Brandon tomam os meus de forma inesperada.

Ele aproxima nossos corpos enquanto luto para afastá-lo.

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