30 - Matheuzinho ⊗

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S/N

Hoje o rolê seria ficar de base lá no Nael, comemorando que aquele filho da puta havia passado em 1° lugar no concurso de delegado da Polícia Federal.

O moleque é palhaço toda vida, mas na hora do vamo' ver, só dá orgulho!

Nael era meu amigaço desde a época da escola e, por um milagre, conseguimos reunir geral do nosso grupinho — eu, ele, Gabi, Gustavo e Bruna — na casa dele.

— Porra, mas só assim pros cinco se verem, né meus caros?! — Nael comentou ao cumprimentar Bruna por último e deu a passagem para que pudéssemos entrar.

— É que o teu chifre tava tão pesado que você furou todos os rolês possíveis pra ficar em casa, seu corno! — Gabi brincou e nós gargalhamos conforme atravessávamos o gramado da casa imensa que ele tinha.

Enquanto ele se preparava pra esse concurso, o cara mal saía do escritório. Um foco do caralho que, sinceramente? Eu não aguentaria 1/3!

Fomos os primeiros a chegar na casa, mas logo apareceram outros amigos do advogado — incluindo algumas meninas que vieram com eles e que eu tinha certeza que mais tarde iriam pro abate.

Esse rolê era uma coisa bem light, só pros mais chegados. Ainda eram cerca de 20h da noite e se tinham umas 25 pessoas nesse churrasco era muito. Nos reunimos na varanda mesmo, onde havia mais espaço — que inclusive contava com uma área gourmet.

Na casa tocava aquele pagodinho gostoso, mas alternava de vez em quando com um rap nacional ou um funkzinho. Uma delicinha, do jeitinho que eu gosto.

O próprio Nael havia assumido a churrasqueira e estava rodeado pelos garotos jogando conversa fora. Entretanto, eu, Bru e Gabi não ficamos atrás: logo nos enturmamos com as outras meninas e ficamos batendo papo sobre diversas coisas enquanto tomávamos aquela gelada de lei.

....

Passado algum tempinho, nós todos já estávamos super entrosados e parecia até que éramos amigos de infância — apesar de metade ali eu sequer ter trocado um "Oi" antes.

Sentada com as garotas, de repente eu vi um homem passando pelo portão e atravessando o gramado da residência:

Matheus.

Era impossível vê-lo e não reconhecer mesmo de longe.

Aquele ali eu reconhecia até pelo jeito de andar.

Eu sabia que Nael conhecia várias pessoas influentes, mas não imaginava que ele pudesse ser tão íntimo logo de um dos ídolos do meu mengão — que nas horas vagas também era meu ficante.

Cheguei a ficar fraca vendo-o atravessar a varanda e cumprimentar as pessoas de longe. Matheus era um dos caras mais gostosos que eu conhecia e era difícil não me atrair por um monumento de homem como ele.

Como sempre, o cara andava tão posturado que exalava uma presença no mínimo intimidadora. Ele estava todo trajado de preto — blusa, calça e boné —, porém calçava um tênis branco da Nike que gerava aquele contraste mega estiloso.

E claro, a correntinha de ouro no pescoço não poderia faltar.

— Eita, Jesus! Agora sim essa noite tá ficando boa! — Júlia sussurrou animada, mas de uma maneira discreta só para nós (mulheres) ouvirmos.

Hm.

— Porra, seu cuzão! Finalmente! — Vi Nael se aproximando de Matheus para cumprimentá-lo com um aperto de mão seguido de um abraço animado com direito à tapinhas nas costas, e também as parabenizações do lateral para o agora delegado.

Imagines || Atletas ¹Where stories live. Discover now