"Counting Stars"

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O pequeno esperou por horas a fio, ele nem sequer fez questão de conversar com Arm enquanto esperava. Muito pelo contrário, Gun ficou em silêncio apenas observando o trabalho de Off, querendo elogia-lo de segundo a segundo, mas se esforçando para não incomodá-lo.

Quando o último cliente saiu pela porta de vidro, Atthaphan se levantou imediatamente e começou a saltitar até Jumpol.

— Tudo pronto para irmos?

— Como conseguiu ficar em silêncio por mais de 4 horas?

— Eu não queria incomodar você. Parecia tão concentrado, só respondia o cliente quando ele começava a falar sem parar, mas não vi você olhando nos olhos deles nenhuma vez.

Off sorriu e negou com a cabeça enquanto guardava os utensílios que usou, e jogava os descartáveis no lixo.

— Você foi tão paciente e educado que seria uma enorme babaquice negar o convite.

— Ótimo! - Ele bateu palminhas' enquanto pulava. - P'Arm vai com a gente?

— Arm vai com a gente? - Repetiu se virando para o balconista, que negou rapidamente.

— Não posso, tenho que trabalhar daqui a duas horas, preciso me aprontar.

— Oh! Eu pensei que trabalhasse só aqui.

— O salário é alto, não vou negar, mas eu não quis abandonar meu outro emprego quando fui contratado por Off.

— Ele é professor universitário, promove alguns cursos as vezes para incentivar os artistas de baixa renda.

— Sério? Que interessante. Aquele homem que me acompanhou no dia que eu vim fazer a minha tatuagem iria gostar de saber disso.

— Bom, podemos ir? Antes que eu dê meia volta. - Perguntou entregando a chave do estabelecimento nas mãos de Chansook.

— Certo, vamos lá. - Gun iria sair, mas ele parou no meio do caminho. - Você veio de carro?

— Sim, por quê?

O menor suspirou em alívio.

— Porque eu não vim com o meu.

— Certo, me diz a localização e eu levo a gente lá.

Os dois caminharam até o estacionamento e entraram no carro. Tal qual era aparentemente caro e muito chamativo.

— Você realmente faz muito sucesso, não é?

Jumpol concordou, engatando a chave na ignição.

— Sou um bom empresário, assim como o meu pai.

Gun abaixou a cabeça quando escutou a última frase. Parte de seu coração espremeu-se como uma rodela de limão naquele momento, era uma pena que ele sempre foi alguém muito expressivo.

— Está tudo bem? - Percebendo o olhar amargurado, Off perguntou com calma.

— Está, eu só lembrei de uma coisa.

— Pode me contar?

— Você quer que eu conte?

Jumpol desviou o olhar, entrando na estrada.

— Não preciso saber se for muito evasivo.

— Você pode saber se realmente tiver interesse. Mas não quero contar se estiver sendo apenas educado.

— Estou verdadeiramente curioso sobre você.

Gun sorriu enquanto olhava a paisagem de prédios e árvores passar tão rápido quanto o vento.

Quando nos Vênus, te juro a Marte - Offgun Where stories live. Discover now