Reta final

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A delegacia estava vazia naquela manhã. A perna de Gun tremia sem parar e Off colocou sua mão sobre sua coxa afim de conter o movimento.

— Estão demorando.

— Chegamos a pouco tempo, pequeno.

— Hnm.

— Você precisa de uma água. Vou pegar pra você, tudo bem?

— Obrigado. - Ele sorriu e observou o tatuador se afastar. Ele encarou a porta do departamento em que estava e em seguida a entrada da sala a qual seria chamado. A atmosfera do lugar não era agradável e fazia suas mãos suarem frio.

Ele bebeu a água e cerca de dez minutos após o líquido do copo chegar ao fim seu nome foi chamado. O rapaz se levantou e pediu para que Off o acompanhasse, o fotógrafo perito permitiu que ele ficasse, mas haviam restrições.

— Vou pedir para que o senhor fique atrás da cortina por alguns instantes está bem? - Pediu a Jumpol enquanto Gun esperava próximo a maca.

— Tudo bem.

— Ele não pode ficar ver?

— Sinto muito, ele não pode. Mas está perto de você, não se preocupe.

— Hnm. - Acenou, observando o rapaz colocar as luvas após preparar a câmera. - Onde as marcas estão?

— No corpo inteiro.

— Vou precisar que o senhor tire a blusa e a calça, tudo bem? Será bem rápido, não se preocupe. Depois das fotos vamos coletar uma amostra de saliva, e alguns frasquinhos do seu sangue. Um procedimento padrão para análise.

— Tudo bem. - Gun prendeu o fôlego enquanto seguia as ordens, ficar exposto era uma sensação extremamente desagradável. No entanto o fotógrafo evitou ao máximo toca-lo.

— Na sua ficha você diz não ter tido nenhuma relação sexual após o acontecido, certo?

— Hnm. - Acenou, responder a ficha da foi constrangedor o suficiente para terem que questionar sobre isso mais uma vez.

— Vamos levar isso em conta durante a análise. É importante que você tenha sido sincero com suas respostas.

— Eu fui.

— Tudo bem, fique parado em pé por favor.

O homem não parecia atônito com a quantidade de marcas pincelando o corpo de Gun. O menor acreditava que ele já havia visto de tudo um pouco e isso o deixou mais confortável, por outro lado ele não vai a hora de apenas ir embora.

— Vai demorar um pouco para que as respostas que você procura por aqui cheguem na mão do seu processo. É importante ter paciência.

— Demorar quanto?

— Uma semana, talvez. Não posso te dar certeza, não tenho acesso a todas as informações.

Phunsawat puxou um pouco de ar, não tinha muito o que ele pudesse fazer.

— Tudo bem.

Quando foi liberado seu corpo tremia e o ar que ele prendia saiu como avalanche naquele lugar apertado e frio. Off colocou o braço envolto de seu ombro e caminhou com ele até seu próprio carro, o sol estava se pondo, seria uma linda vista de Phunsawat não estivesse tão preso no inverno.

— Quer ir conversar com a sua irmã?

— Uhum. - Acenou, para Gun o tempo estava correndo. Ele não queria parar para apreciar o pôr do sol ou sentir a brisa da chegada do verão. Pouco importava, o homem apenas desejava profundamente que tudo acabasse.

Quando nos Vênus, te juro a Marte - Offgun Where stories live. Discover now