Festival das Luzes - Fim

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As pessoas dizem que quanto mais fortes forem as luzes das cidades menas estrelas poderão ser vistas pairando no céu. E era inegável a veracidade dessa informação.

Chiang Mai era uma grande cidade iluminada por templos, casarões e festivais. Uma cidade que não dormia e impedia o céu de explorar seu show natural, mas tinha um único dia no ano onde até os deuses poderiam assistir o céu brilhar de onde estivessem. E aquele dia era hoje.

No topo daquela colina perto do maior tempo da cidade, Off e Gun compravam o balão que iriam soltar juntos para marcar um novo começo. Os dois se esbaldaram durante o dia com tudo que o hotel oferecia, desde o espetáculo teatral até a grande piscina e a pequena jacuzzi quente na privacidade do quarto. Mesmo assim não pareciam cansados, apenas animados.

"Ei, já soltaram os balões?" - Tay questionava os meninos em uma chamada de vídeo, junto de Arm.

— Ainda não, estamos há alguns minutos da contagem regressiva. - Off respondeu com um sorriso aberto, então Chansook continuou:

"Cara, esse lugar parece lindo, eu gostaria muito de visitar um dia."

— Papi reservou um hotel tão bom que quase não exploramos a cultura da cidade. Queria ir em um templo amanhã, o que acha? - Perguntou ao mais alto, que acenou em concordância.

"Onde vocês ficaram?"

— Shangri-La, P'Tay.

"Puta merda, 6258 baht a diária!"

Gun arregalou os olhos e encarou Jumpol, que desviou o olhar sorrindo.

"Você tá com cara de quem não sabia."

— Eu não sabia, Papi não quis me contar.

— Não vai fazer falta.

— Você alugou para três dias.

— Eu recupero.

"Não discutam agora, crianças. É um momento feliz."

"Arm tem razão, e definitivamente Jumpol vai recuperar o dinheiro. Chansook está tendo problemas para encaixar os horários, clientes estão aparecendo em massa."

"Se mudar para a capital foi a sua melhor decisão, irmão."

— Eu concordo, mesmo assim me desculpe te dar todo esse trabalho.

"Não tem problema, então vocês voltam amanhã?"

— De noite. - Gun completou e acenou;

— Queria ficar um pouco mais sendo bem sincero, mas agora que terminamos o que tínhamos que fazer a vida tem que voltar aos eixos da rotina.

— A rotina é boa, Papi.

— É boa com você.

Off sorriu e abraçou os ombros do menor, foi quando ouviram o sinal para irem ao espaço aberto.

— É a nossa deixa.

"Tenham uma boa noite!"

"Nos vemos logo."

— Até mais, meninos. - Phunsawat acenou e esperou que Off encerra-se a ligação, depois disso ambos caminharam até o local onde se daria início ao festival das luzes. Era vasto, com vista para a cidade mas afastado de tudo para que não houvesse problemas com fogo.

Estava lotado, desde moradores locais até estrangeiros que vinham de todas as partes do mundo pela linda experiência, casais, solteiros e amigos dispostos em seus lugares.

Apesar de Gun não ter uma crença certa, Off vinha de uma família tradicionalmente budista, e para ele o ato de soltar lanternas no céu estavam ligados a se desfazer dos males, azar e desgraças do ano que se passou, para se abrir a novas experiências, marcando de fato o fim de um ciclo. Mas o ponto era que: Atthaphan não precisava ser budista para que buscasse de fato esse mesmo significado, estando ali para dizer a Jumpol que ele era a única coisa que aconteceu em seu ano a qual ele se recusa a deixar ir.

Quando nos Vênus, te juro a Marte - Offgun Where stories live. Discover now