13) A Morte

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Corpos abraçados mantinham-se adormecidos até o começo daquela manhã. Por sorte ou azar, o sono que até então estava regulado de Gun Atthaphan devido a faculdade, fez com que ele acordasse ao nascer do Sol.

Seus olhos pequenos ainda embaçados encontraram-se com o rosto adormecido de Off Jumpol. Por alguns instantes ele pensou estar em um sonho, portanto o susto não foi de imediato até que sua mente assimila-se que era real. O que o fez se afastar lentamente e se encolher contra a parede em completa confusão.

Off acordou quando sentiu a movimentação no colchão pequeno, sua reação foi apenas encara-lo com o olhar sonolento, ele parecia agir com normalidade perante a situação que se encontrava, o que genuinamente deixou a mente já conturbada de Atthaphan ainda mais embaçada.

— O que está acontecendo? - Envergonhado com o que estava a vivenciar, o pequeno se retraiu ainda mais.

Jumpol se sentou sob a cama e coçou seus olhos, sua cabeça latejava, muita coisa havia acontecido noite passada, dentre elas ter estressado sua namorada o que era pior do que qualquer outra consequência que pudesse ocorrer durante o momento.

— Você teve uma crise de pânico ontem a noite, gritava, chorava e machucava a si mesmo. Eu tentei te acalmar e você só dormiu novamente quando me abraçou, eu não quis ir embora depois disso, então dormi aqui.

A voz rouca, o olhar caído, o cabelo bagunçado e a roupa amarrotada davam a Adulkittiporn um toque especial no qual roubava toda a atenção de Phunsawat. Um sentimento que ele considerou profano quando sabia exatamente do status de relacionamento atual do mais velho.

— Obrigado, P'Off. - Atthaphan estava comedido perante a atual circunstância, ele não ousou utilizar de seu apelido o que fez Jumpol franzir o cenho, isso parece tê-lo incomodado.

— Que horas são? Meu celular não despertou.

Gun se inclinou para ligar a tela:
— São seis horas.

— Da manhã... você acordou muito cedo. Como está hoje?

— Eu não sei, não tive tempo de pensar.

— Justo. - Off se levantou, coçando a nuca: - Vai lavar o rosto para acordar, eu vou fazer alguma coisa pra você comer.

— Hnm? - Grunhiu - Não precisa.

— Você não comeu ontem a noite, prometo fazer algo leve pra você.

— Papi, eu realmente não quero...

— Me incomodar? - Interrompeu: - Não seja repetitivo, se você me incomodasse eu teria te deixado com Tay.

O homem saiu do quarto no qual Gun fez questão de arrumar mesmo sem ter recebido qualquer pedido relacionado a isso. Em seguida ele foi até o banheiro, e voltou para a cozinha, assistindo Jumpol picotar azeitonas.

— O que Papi está fazendo?

— Ricota.

— Isso é chique. - Gun apoiou sua cabeça em seu punho, e observou Off com um sorriso solto no qual Atthaphan nem sequer notou que dava. - Você gosta de cozinhar?

— Não.

— Então você não faz isso com frequência.

— Só quando é necessário. - Jumpol terminou a receita particularmente rápido, e colocou o prato com torradas e ricota próximo de Atthaphan que se pôs a provar.

O sabor não era de fato o melhor, mas Phunsawat saboreou como se fosse a melhor coisa que já havia provado.

— Da pra perceber.

Quando nos Vênus, te juro a Marte - Offgun Where stories live. Discover now