Roda da fortuna

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Pense no que aconteceria se duas galáxias colidirem uma na outra; - O fim? O apocalipse? A distorção do tempo que conhecemos e a colisão de planetas e estrelas causando uma grave catástrofe cósmica?

Ou apenas uma mudança lenta e imperceptível? - Correto.

Nesse momento, estava acontecendo na mente de Atthaphan Phunsawat uma colisão de duas galáxias, a sua razão e a sua emoção fundindo uma a outra. Mesmo que na sua cabeça o universo estivesse se expandindo, sua expressão não demonstrava qualquer tipo de pavor.

— Vamos para Songkhla?

— Não vai ser necessário, faremos uma chamada de vídeo para discutir o caso e ele vai arcar com a documentação para advogar em Bangkok.

Phunsawat acenou em uma concordância nebulosa, seu olhar perdido.

— No que está pensando?

— Eu vou conhecer o seu pai. - Sua resposta veio em um tom de preocupação que fez Jumpol rir baixinho.

— Não acha Justo? Você me levou para conhecer a sua irmã. Isso é muito diferente?

— É sim, nós fomos o motivo do divórcio dos seus pais. Como poderia não ser diferente?

— Nong, eles foram o motivo do próprio divórcio. Não foi você, nem eu, aquele relacionamento estava caindo aos pedaços a anos.

— Você disse que seu pai é ranzinza. E se ele não gostar de mim? Quer dizer... olha a situação em que ele vai me conhecer, não tem como eu causar uma boa impressão.

Off estava achando absurdamente fofo a forma com a qual Gun reagia mediante a informação de que conheceria seu pai. Pimwalee estava certa ao dizer que ambos não tinham um título para o relacionamento deles mas agiam como namorados. Phunsawat estava vendo a situação na posição de um um genro e não apenas um cliente que conheceria seu advogado.

— Para o meu pai o que importa é a minha felicidade, por mais que ele negue. Além disso, como é possível não gostar de você? Independente dos seus problemas você é pura luz, Gun.

— Talvez você só seja um louco por me ver como luz.

— Talvez eu seja, e eu gosto dessa loucura tanto quanto gosto de você.

Gun sorriu e se inclinou para beijar a bochecha e então os lábios de Off. Não importa quantas vezes sua boca tocasse a dele, as borboletas sempre estariam ali, esperando para bater suas asas e sugar a doçura de cada beijo. Aqueles olhos eram pura calmaria, e aquele corpo quente era um berço para uma alma que teve pressa de crescer.

— Vamos entrar em contato com ele amanhã?

— O que for melhor pra você.

— Faremos isso a tarde então.

— Tudo bem.

— Vai abrir o estúdio de novo?

Off negou com um aceno.

— Vou esperar o mês acabar, não quero colocar compromissos na minha agenda. Se precisar de mim prefiro estar disponível.

— Isso não vai te prejudicar?

— Essa era a ideia inicial de qualquer forma.

— Você tem outro estúdio em Songkhla, certo?

— Certo.

— E como vão os negócios por lá?

— Oh, bom. Irin estava me traindo com o meu sócio, mas no geral os negócios estão bem.

Quando nos Vênus, te juro a Marte - Offgun Where stories live. Discover now