35.1 | desmaios e emoção

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NAQUELA MANHÃ, AMELIA Barnes acordou se sentindo estranha. Ela girou na cama várias vezes tentando buscar uma posição confortável, mas não teve sucesso. 

Ela se sentou no colchão, encarando o quarto escuro. Ao seu lado, Alpine e Milo dormiam tranquilamente, e Amy sentiu inveja de seus gatinhos. Bucky não estava no quarto, e conferindo no relógio sob a mesa de cabeceira, ele já estava acordado há muito tempo. 

Relutante, e com a coluna doendo, Amelia levantou da cama, calçando as suas pantufas e vestindo um roupão de seda — o mesmo que usou no dia de seu casamento, atrás estava bordado a palavra "noiva". 

Estava na reta final da gravidez, naquela fase em que só restava esperar o próprio Ethan decidir quando nascer. Ou seja, há qualquer momento poderia acontecer. Ela levou a mão até a barriga durinha e sentiu o bebê chutar várias vezes.

— Bom dia pra você também, rapazinho — murmurou, enquanto caminhava até a cozinha. — Espero que tenha dormido bem, porque a mamãe não dormiu nada bem. 

Ethan chutou mais uma vez, fazendo Amy sorrir ao sentir a compaixão através do toque em sua mão. 

O apartamento ainda estava repleto de caixas de papelão — Bucky não estava deixando Sam fazer a mudança, sempre arranjando desculpas para evitar o momento. Então, sim, Sam ainda estava morando com eles; às vezes, Sam passava o dia todo com eles e só ia para casa dormir, e, às vezes, ia para casa passar o dia com Nat e voltava à noite para jantar com Amy e Bucky. 

Contudo, Amelia e Natasha sabiam que Sam também estava prolongando aquela mudança. Os dois eram melhores amigos, irmãos, como costumavam dizer, mesmo com todas as brigas e discussões — o que já era algo da personalidade deles e, caso não tivessem esse traço, seria estranho até para os dois. 

Aos poucos os dois conseguiriam se desprender um do outro, sair debaixo da asa. Mas, no momento, Amelia e Natasha estavam deixando os dois lidarem com isso do jeitinho deles. Ou seja, com discussões e muitas provocações. 

Ao chegar na cozinha, Amelia sentiu cheiro de panquecas. Não viu nem Sam e nem Bucky, mas podia escutar a risada dos dois vindo da sacada. Na ponta dos pés, a mulher caminhou até lá, vendo através da cortina os dois fazendo Ioga, sem camisa, com óculos escuros e bermudas coloridas que combinavam — Sam usava a do Soldado Invernal e Bucky a do Capitão América. 

Ela sorriu, voltando até a cozinha e sentando-se de frente para o balcão. Amelia serviu-se de suco de laranja e duas panquecas, comendo em silêncio, vez ou outra escutando a risada dos dois. 

— Se eu me jogar daqui, você me salva? — Amy escutou o marido perguntar. 

— Lógico que não. Por qual motivo eu te salvaria? E porque você vai se jogar?

— É um teste de amizade, seu burro, e você acabou de reprovar. 

— Que palhaçada... 

— Você está fazendo errado, tem que esticar mais o tronco. Desse jeito, viu? 

✓ Lover² • Bucky BarnesWhere stories live. Discover now