45 | boas vindas

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━━━━━━━━Dois dias depois

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Dois dias depois...

O TRAJETO FOI todo feito em silêncio, apenas o som baixo do rádio ou do trânsito podia ser ouvido naquele momento. 

A mulher tinha um sorriso bobo preso aos lábios conforme dirigia por Nova York, aos poucos aproximando-se do Brooklyn. Bucky Barnes estava sentado no banco do carona, usando uma camisa de botões azul e uma bermuda de pijama preta. 

Ele estava pálido, um pouco magro e sua barba estava cheia. Os fios curtos de seu cabelo cresceram bastante durante o tempo no hospital, formando uma bagunça no topo da cabeça, que Amy acreditava dar para fazer vários pequeninos rabos de cavalo.

Hoje, um sábado ensolarado, Bucky havia recebido alta do Hospital Geral de Manhattan. E, finalmente — não aguentava mais aquele quarto branco e azul, aquele cheiro forte de álcool e desinfetante e a atmosfera triste e angustiante —, estava voltando para a sua casa. 

Ele olhou para o lado, observando a esposa, que tinha a atenção focada totalmente no trânsito caótico de Nova York. Estava radiante. Nem parecia a mesma mulher de dois dias atrás, quando Bucky havia acordado. As olheiras haviam sumido, a pele estava corada novamente, os cabelos recuperaram seu brilho e o sorriso estava ainda maior e bonito. 

— Você vai me contar o que está acontecendo? — indagou ele, de repente. A sua voz ainda soava rouca.

Pelo fato de ter ficado duas semanas parado, na mesma posição e sem falar, a sua voz estava mais rouca, e vez ou outra, tinha crise de tosse. Ele mancava bem de leve, não só pela falta de mobilidade naquelas semanas, mas pelas dores em sua barriga e peito, onde ainda tinha pontos e hematomas. Nada muito sério, segundo o médico. Se Bucky fizesse acompanhamento com um fonoaudiólogo e fisioterapeuta, em poucos dias estaria novo em folha. 

Amelia franziu o cenho, olhando-o pelo canto dos olhos. 

— O que?

— Você está escondendo alguma coisa. Eu te... conheço... — Tossiu.

— Vai com calma aí, bonitão.

— Amelia.

— Bucky.

Ela riu, revirando os olhos.

— Não é nada — disse, engolindo um sorriso. Ainda não tinha contado sobre a gravidez, não queria dar a notícia para ele no hospital. Portanto, aquela notícia se mantinha apenas para si mesma — e Ethan.  

Amy mordeu o lábio, virando na rua em que moravam. Ela pegou a mão de vibranium e sorriu para ele, antes de dirigir para o estacionamento. 

— Não sei, não...

— O que? 

— Você está estranha. Estão t-todos estranhos... 

— Não seja paranoico — falou, estacionando na vaga designada a eles e desligando o carro. 

✓ Lover² • Bucky BarnesWhere stories live. Discover now