Capítulo Vinte e Cinco // Fuck you, dad!

1.5K 125 131
                                    

[N/A]: Esse é um dos meus capítulos favoritos, porque se vocês prestarem bastante atenção vão entender um pouco sobre um personagem que tem um papel importante, porém terá mais lá para a frente. Prestem atenção no "ele".

Ah, e para aquelas que tem mommy issues: cuidado.

Sábado.

— Se você não entrar nessa merda e ver esse resultado logo, eu mesma vou aí e vejo. — Taylor ameaçou pela terceira vez.

Desde que ela havia saído do hospital alguns dias atrás, eu havia adquirido sua casa como um refugiu do meu pai. As coisas estavam meio tensas entre meus tios e ele desde que meu pai gritou comigo sem querer em um momento de estresse.

Por alguma razão, Miles e Lennon começaram a não me deixar sozinha com ele desde então. E mesmo que eu perguntasse o porquê disso, eles não me disseram. Com o passar dos dias eu acabei deixando isso pra lá, já que eles não queriam falar sobre isso, eu não insistiria.

— Chega. — por causa de um descuido meu, o celular foi tirado das minhas mãos tão rapidamente por Taylor que eu só me dei conta quando já estava subindo na cama para reavê-lo. — Enola! Meus machucados.

Como um gato, dou um pulo para trás, preocupada demais em tê-la machucado para ao menos me preocupar com a linha de pouso.

— Meu Deus! Você tá bem? — perguntamos ao mesmo tempo.

— Seus machucados, Taylor. Onde tá doendo? Me fala.

Ela encolhe os ombros e dá aquele sorrisinho que demonstra culpa.

— Eu não te machuquei, não foi? — mesmo sabendo a resposta, pergunto.

— Não, eu estava fingindo mesmo. Mas não fica brava comigo, futura professora Enola Lockhart. — ela balança o celular em frente ao meu rosto. Pego-o da sua mão e empalideço ao ver o meu nome ali. — Nem faz essa cara de CDF surpresa ao ter passado. Você nunca perdeu uma prova.

— Perdi sim, em artes na primeira série.

— Do fundamental?

— Não, do ensino médio.

A ponta do lábio superior de Taylor se ergue.

— E você fala isso sem ter o mínimo de vergonha na cara, não é?

Abaixo o celular para a olhar com seriedade.

— Taylor, você fica em recuperação todos os anos em pelo ao menos três matérias!

— Menos em artes! Ninguém fica de recuperação em artes! — rebate. E tá... beleza, ela tinha razão, eu era uma vergonha nesse quesito. — Quê que você fazia na aula? Cheirava tinta guache?

Mostro o dedo do meio pra ela. Mas o que importa? Eu havia concluído o ensino médio! Em algumas semanas vou estar do outro lado do país cursando artes. Com a minha namorada!

Espera um pouco...

— Taylor, como a lista é classificada?

— Hum — espreme os olhos para o celular como uma velha. —, por nota. Por quê?

Sem pensar duas vezes, me sento na cama ao seu lado.

— Vê a Amy pra mim, por favor.

— “Vê a Amy pra mim, por favor.”. — distorce a minha voz para me fazer parecer ridícula. — Não dá pra ver.

— Por quê?

— Porque o nome dela não tá aqui, Enola.

Não... ah, não, não, não, não, não.

Enmity [Enemies to Lovers]Where stories live. Discover now