Capítulo Vinte e Oito // All our crimes

1.2K 104 116
                                    

[N/A]: Gente vocês lembram que a minha ansiedade estava atacada por causa do trabalho? Adivinhem só: após muito vômito, muito choro e muitos pedidos, o meu chefe conseguiu me mudar, só vai demorar um pouco para conseguirem de fato efetuar a toca.

Ou seja, a minha ansiedade vai ficar sob controle porque esse tipo de mudança é muito mais tranquila pra mim.

Segunda coisa. ADIVINHEM QUEM PASSOU NO PROUNI? Isso mesmo. Vou começar a fazer faculdade (estou comemorando por enquanto, daqui a pouco apareço reclamando vocês vão ver).

Dada a essas duas ótimas notícias que eu estava esperando há muito tempo para acontecer, eu não poderia deixar de pensar em vocês que sempre estiveram aqui comigo.

A gente passou por boas e poucas, não foi? Se eu estou contente, vocês também têm que estar.

Então fiquem com esse capítulo de hoje como um presente ❤️.

Segunda-feira.

Aquela garota estava demorando muito para voltar.

Consto no relógio mais uma vez. 12:37. Ela estava mais de vinte minutos atrasada, tanto que até mesmo sua mãe, quem nós esperávamos terminar o trabalho, chegou primeiro que ela.

Notando a ausência da filha, ela indagou:

“Enola ainda está na sala de aula?”, assim como eu, ela constou o relógio e franziu o cenho. “Que estranho. Ela não costuma se atrasar pra ir embora.”

Nem eu. Ir embora era a melhor parte de ir para a escola.

“Vou lá ver.”, digo e me levanto. Sinto uma pequena irritação em meu peito... não, não era irritação. Enola já esteve atrasada outras vezes e eu nunca senti algo desse tipo, é como se...

Espera um segundo.

Freio meus pés no corredor quando ouço um murmúrio de uma pessoa que eu conhecia.

E odiava.

“Eu sei que você nunca foi beijada antes, tudo bem. Eu posso te ensinar.”, ouço a voz de Amanda e minha mandíbula automaticamente fica tensa.

Forço meus pés a andarem até a entrada da sala, onde de costas consigo vê-la agarrando Enola a força e a forçando a... beijá-la?

“Para de ser careta e me beija.”

Não foco no que Amanda diz, não foco no que eu deveria estar fazendo... a única coisa que eu percebo são meus pés avançando para dentro da sala de forma tão agressiva e raivosa que por um segundo me pergunto de onde veio isso. Esse sentimento protetor. Mas não penso nele quando tiro Amanda de perto de Enola. Não penso nele quando a arrasto até a saída dos fundos e a empurro contra o parapeito de ferro.

Eu deveria voltar lá e ver como Enola estava. Deveria chamar Eloise e dizer o que aconteceu. Eloise saberia o que fazer.

Mas a razão e a raiva são duas coisas que nunca andam lado a lado.

“Claro que tinha que ser você.”, Amanda ri revirando os olhos. “Da licença, garota.”

Tenta passar por mim, mas dessa vez eu a empurro com tanta força que ela acaba batendo a cintura no parapeito.

Ela achava mesmo que eu deixaria ela voltar lá e assediar Enola?

“Você não vai sair daqui até que eu permita.”

Precisei me controlar muito para não jogá-la da escada externa do segundo andar. Invés disso, tentei ser racional e pegar o celular para ligar para Eloise, a única pessoa que poderia fazer alguma coisa.

Enmity [Enemies to Lovers]Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora