Máscaras cairão

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— É sério que você vai a essa festa?! — Arthur perguntou enquanto via Micael se arrumar. — Digo, vai ser só estresse pra você e pra Raquel.

— Eu e Raquel não nos estressados com nada. — Calçou o tênis e foi se olhar na frente do espelho. — Além do mais, Sophia está com um barrigão de quase oito meses, não acho que vão a essa festa.

— Claro que vão. — Deu uma risada. — E você vai apresentar a Raquel pra sua mãe?

— Eu não sei porque a minha mãe não voltou a viajar. — Parou e se virou pra Arthur, pensativo. — Digo, ela não sossegava aqui, agora está há meses.

— Está cuidando do filhote dela. — Debochou. — Filhote teimoso! Você não deve ir a festa da irmã do Guto.

— A mãe dele me convidou! E eu e ele temos vividos momentos de paz. — Deu ombros. — Vai ser lindo nós quatro numa mesma mesa.

— Bom, qualquer coisa me avise. — Cansado de repetir as mesmas falas, Arthur se calou e foi pra seu quarto, ler um livro.

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Pouco mais de sete da noite, Micael chegou na antiga casa de seu melhor amigo, vizinho da casa que seus pais venderam quando começaram a série de viagens.

O local não estava lotado, alguns balões de aniversário faziam a simples decoração do local. Mesas e cadeiras estavam espalhadas pelo quintal.

— Pelo visto a Andressa não estava muito a fim de comemorar esse aniversário. — Micael cochichou pra namorada, ainda olhando o ambiente. — Parece simples demais, ela sempre foi tão espalhafatosa.

— As mulheres mudam ao completar vinte e dois. — Apontou pra bolo dourado. — Talvez ela só esteja mais adulta agora.

— Você pode ter razão. — Deu um beijo em sua testa. Conforme caminhavam pra dentro, Micael ia cumprimentando rostos conhecidos que não via há anos. — Céus, parece que eu tenho dez anos de novo. — Rolou os olhos, Raquel não respondeu. — Andressa! — Encontrou a aniversariante perto da porta da casa. — Você está linda! Parabéns.

— Obrigada, Mica! — Tinha um belo sorriso a mostra. — Que bom que veio, sua mãe já está aí, junto com seu pai.

— Meu pai... — Fez uma careta. — Que agradável. — Balançou a cabeça dispersando os pensamentos. — Vou lá cumprimentá-los. A propósito, esta é Raquel.

— Prazer, Raquel! — Sorriu e deu um breve abraço. — Fiquem a vontade, eu vou cumprimentar os outros convidados! — Os dois assentiram e observaram a aniversariante se afastar.

— Simpática. — Raquel comentou olhando para o namorado. — E o seu pai, qual o problema com ele?

— Desde que fui preso, ele não fala comigo. — Suspirou e caminhou pra dentro da espaçosa casa. De mãos dadas com a namorada. — Ele me evita, pra falar a verdade.

— Mas que situação merda. — Balançou a cabeça e a voz da mãe interrompeu os dois. Estavam na cozinha. Solange e Luiz, escorados no balcão conversando com Rosa e Cláudio, pais de Augusto.

— Meu amor! — Solange disse alto. — Que bom que veio, estava ansiosa pra te ver. — Pelo canto do olho, viu o pai fazer uma careta.

— Oi, mãe! — A beijou no rosto. — Eu disse que viria, e que estaria acompanhado de alguém especial. Essa é a Raquel!

— Oi, linda!! — Largou as mãos do filho e as colocou no rosto da morena. — Você é linda demais! Prazer viu?! Tudo o que o Micael pode ter falado de mim, ignora, ele costuma exagerar bastante.

Aquela NoiteOn viuen les histories. Descobreix ara