Pelo Levi

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— Tá ótimo. — Micael disse após tomar um gole do champanhe. — Agora eu vou até lá quebrar a cara do Augusto.

— Ou, ou, ou! — Arthur entrou na frente rápido, derramando até um pouco da bebida. — Ficou doido? Você disse que ia comemorar antes e depois se preocupar com ele.

— Comemorei, abrimos um champanhe. — Apontou pra garrafa. — Agora eu preciso muito ir lá e jogar na cara dele.

— Você tem que pensar no que fazer.

— Eu sei o que vou fazer, ir até lá e acertar uns socos. — Rebateu saindo da cozinha. — Ele merece.

— Ele merece, mas já pensou que ele pode denunciar você por agressão? Acabar com a sua condicional e te colocar de volta na cadeia? Destruir você de uma vez por todas? Ele não vai ter nada a perder, assim que souber que a máscara caiu.

— Eu preciso disso! — Pegou o celular e colocou no bolso. — Não é justo eu deixar isso passar.

— Você precisa ser inteligente, mais que ele.

— Mas eu não serei, não vou deixar a Sophia morando com um psicopata, pior ainda, o meu filho! — Já estava na porta. — Eu vou tirar o Levi de lá.

— Está esquecendo que seu filho está registrado no nome dele. Levi não é um Borges.

— Levi é um Borges desde antes de nascer. — Saiu do Apartamento e Arthur o seguiu, sem nem ao menos trancar a porta do apartamento. — Não precisa vir atrás de mim.

— É lógico que eu vou atrás de você, tenho que colocar juízo na sua cabeça. — Micael rolou os olhos e desceu as escadas. — Será que você pode esperar um minuto enquanto eu tranco o apartamento?!

— Tudo bem, você ganhou. — Micael ergueu as mãos e observou Arthur subir de volta. Correu e entrou num táxi, deixando o amigo pra trás.

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— Soph, o que você acha da gente ficar junto hoje? — Se sentou ao lado da esposa e deu um beijinho em seu ombro.

— Lógico que não. — Colocou o bebê no carrinho que estava diante de si. — Não vamos mais ficar juntos nunca na minha vida.

— Para de drama, só tivemos uma briguinha. — Rolou os olhos. — Estamos há meses sem transar, você é a minha esposa, precisa cumprir as suas obrigações!

— Não fode, você não quis transar comigo, te procurei várias vezes e só ouvia você dizer que com o bebê era estranho. — Viu o marido virar os olhos. — Não chega perto de mim. — Saiu do sofá.

— Você é minha, Sophia! — Puxou seu braço. — Para de ser besta!

— Eu pedi o divórcio, você me chantageou, não pode simplesmente achar que vamos levar uma vida de marido e mulher. — Olhou pra mão em seu braço. — Me larga.

— É claro que eu fiz chantagem, eu já aturei muita coisa pra agora você ir e ficar com o Micael!

— Eu estou de resguardo, Augusto. — Deu a desculpa final. — Você não vai me forçar a fazer sexo com você, vai?

— Eu nunca te forcei a nada, deixa de ser maluca.

— Está me forçando a permanecer nessa casa! — Ele bufou. — Eu não quero mais ficar aqui.

— Ah, não? — Pegou o bebê do carrinho. — Então vai embora.

— Você não vai ficar com o meu filho. — Foi tentar pegar o pequeno dos braços do marido, mas ele não deixou. — Me dá ele, Guto.

Aquela NoiteWo Geschichten leben. Entdecke jetzt