Apesar do padrão que tem, Fernando Green Wood viveu toda sua vida na miséria. Aos sete anos foi abandonado pelos pais e obrigado a morar na rua.
Tudo oque conseguiu conquistou sozinho. Vendia bala no sinal e guardava o seu dinheiro. Aos dezesseis an...
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Passaram-se dias desde a chegada de Camille ao clube e confesso que está sendo mais difícil do que imaginei resistir a suas investidas. Sempre tive um autocontrole invejável, mas quando a garota se aproxima, por algum motivo eu cedo.
Não é de se admirar.
Camille é uma mulher linda e sexy. Desde o dia em que a conheci fiquei fascinado com a sua beleza. No entanto, nenhuma garota do mundo valia a pena o risco de perder os negócios que o clube custou a conquistar. Existem várias mulheres no clube, não preciso dela.
Só preciso que o meu pau entenda isso.
O traidor se anima todas as vezes que Camille aparece me olhando com aqueles olhos azuis penetrantes. É ridículo. Sou um homem adulto, não deveria me deixar levar por uma boceta.
E oque mais tem perturbado a minha mente é a forma como a garota vem agindo desde o dia do bar. Quando me vejo em uma situação de ameaça, sei exatamente como e quando executar a defesa e o ataque. O problema é que ela não ataca, está quieta, tranquila, não se aproxima mais com malicia e isso está me frustrando. Me sinto um cordeiro com medo do leão atacar durante a noite. Não tinha como prever o próximo passo.
Decidi deixar a ruiva de lado e me concentrar no meu trabalho. Ficar pensando nisso só traria dor de cabeça.
Bebi um pouco de cerveja da garrafa antes de abrir os arquivos do histórico de pagamentos do clube. Rolei os números pra baixo praguejando conforme a lista se recusava a terminar.
Que merda!
Comecei a distribuir o dinheiro em diferentes instituições para burlar a receita federal e limpar a grana. Passei horas naquela lista e não terminava nunca. Na ultima transação me vi sem opção alguma. Não havia para onde mandar o dinheiro.
Me levantei da cadeira agitado e deixei o quarto. Conforme seguia para a sala do presidente, repassei na minha cabeça algumas possibilidades para o problema, mas nenhuma parecia boa o bastante. Bati na porta tendo a minha liberação em seguida.
Alexandre estava fumando um cigarro e a sala estava tomada por fumaça. Assim que colocou os olhos em mim, praguejou algo que não entendi.
- O que foi? - intimou pessimista e em seguida apagou o cigarro em cima da mesa sem me encarar
- Preciso conversar sobre os registros de pagamentos desse trimestre - fechei a porta e me sentei na cadeira em frente a ele
- Era só oque faltava - murmurou parecendo cansado - Não me diga que os porcos se meteram - intimou se referindo aos policiais federais
- Não é isso. - me apressei em explicar. Alexandre franziu o cenho e recostou na cadeira de couro - Os lucros duplicaram nos últimos meses - explico antes de pegar a garrafa de Whisky na sua mesa - Deve ter algo a ver com os universitários que chegaram em Atlanta - suponho. Os jovens curtem drogas
