Apesar do padrão que tem, Fernando Green Wood viveu toda sua vida na miséria. Aos sete anos foi abandonado pelos pais e obrigado a morar na rua.
Tudo oque conseguiu conquistou sozinho. Vendia bala no sinal e guardava o seu dinheiro. Aos dezesseis an...
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Quando Louise me contou sobre a luta meu coração ficou dividido entre a mais pura esperança e o mais horrível medo.
As horas passaram muito devagar, mas finalmente chegou o dia. Louise não saiu do meu lado em nenhum momento. Nós ficamos na arquibancada, ao lado dos meus tios.
Assim que a luta acabou, as pessoas começaram a gritar. Fernando saiu vencedor e eu estava me explodindo de felicidade, até que ele desmaiou no ringue e foi levado. Pedi para meus tios me levarem até ele mas eles negaram. Eles disseram que tinham que nos tirar dali, porque os expectadores começaram a brigar devido ao resultado da luta, e eu e Louise poderíamos acabar nos machucando.
Estava desesperada para vê-lo, já que a última imagem que tive, foi dele desmaiando no meio da arena ensanguentada.
Meu tio Jacques me levou a um quarto do hotel, junto a Louise. Disse que ficaríamos bem e que deveríamos esperar ali. Fernando estava sendo atendido pelo médico, e logo viria me ver. Estava com os nervos a flor da pele.
- Se acalma Camille! - exclamou Louise com a voz rouca pelo choro. Ela estava sentada na cama - Está me deixando nervosa.
- Como não ficar nervosa? - indaguei andando de um lado para o outro - Eu nem sei se ele está bem...
- Fernando deve ter desmaiado de exaustão. - supôs procurando me tranquilizar - Logo ele aparece.
- Você não sabe - rebati andando de um lado para o outro - Ninguém sabe! E se...
De repente a porta foi aberta. Me virei e segurei a respiração quando o vi. Fernando entrou no quarto impondo a sua presença. Vi Louise o cumprimentar com um aceno e passar por ele. Não prestei atenção. Só uma coisa importava: Nós.
Nossos olhos se encontraram, e senti minhas pernas fracas. Meu coração começou a bater no peito com mais força. Os meus olhos lagrimejaram, mas me forcei a ficar firme. Ele estava ferido, parecia exausto, mas estava bem. A emoção foi tanta que suspirei. Ele sorriu pra mim, fazendo o meu pobre coração ameaçar parar.
- Não é uma puta de uma coincidência estarmos nesse exato quarto? - disse com um sorriso divertido.
Estava tão nervosa com ele e sua saúde que eu nem notei. Esse é o quarto que nós ficamos na nossa primeira vez.
- Acho que isso merece uma comemoração. - ele disse num tom de malícia. Sorri deixando as lágrimas que eu tão fortemente tentei segurar caírem.
Corri até ele e pulei no seu colo. Os seus gemidos de dor me fizeram parar, me sentia culpada por ter me esquecido que ele estava dolorido. Tentei descer do seu colo mas Fernando não me permitiu. Ele passou a caminhar até a cama comigo no colo. Mordi os lábios envergonhada.
