Apesar do padrão que tem, Fernando Green Wood viveu toda sua vida na miséria. Aos sete anos foi abandonado pelos pais e obrigado a morar na rua.
Tudo oque conseguiu conquistou sozinho. Vendia bala no sinal e guardava o seu dinheiro. Aos dezesseis an...
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Me remexi na cama e olhei para o lado para ver o relógio na cabeceira. Ainda era bem cedo. Me sentei no colchão tomando o cuidado pra não acordar a francesa que dormia serena ao meu lado de costas para mim.
Observando-a melhor percebi os cabelos ruivos colados a testa, não sabia se o suor se devia ao clima acalorado de verão ou as nossas atividades da noite anterior. Mesmo sem entender o motivo, desviei a atenção do seu rosto querendo gravar os detalhes, a nuca suada, suas costas esguias e a bunda empinada debaixo do lençol fino. Sentia minha ereção vir só de olhar pra sua figura. Essa mulher...
Foda.
Realmente pensei que poderia me manter afastado e esquecer da sua presença, ignora-la durante o tempo que ficasse no Abismo. Agora vejo o quão inocente tinha sido, não era possível. Nunca seria. Ainda por cima, acabei implorando por ela. Implorando!
Nunca pensei que passaria por uma situação dessas, que coisa mais humilhante. Se meus amigos descobrissem isso com certeza me zoariam por toda a vida. Sempre fui do tipo prático e impaciente, mas quando se trata de Camille, eu me perco em questão de segundos. Eu tinha até me esquecido do quão bom é transar com ela, e agora que a tive outra vez, não pretendo me desfazer disso. Poderia manter em sigilo.
Desviei a atenção do corpo nu e peguei a minha carteira na mesa de cabeceira. Adiantaria o meu trabalho logo cedo. Me vesti rapidamente e dei uma breve conferida para ter certeza que a garota estava dormindo antes de sair do quarto. Fechei a porta com todo o cuidado.
Esfreguei os cabelos nervoso. Era só oque me faltava. Ficar nervoso por ter uma mulher em minha cama. Que palhaçada.
- Aconteceu alguma coisa? - me viro para ver quem diz apesar de já ter reconhecido o dono da voz
- Eai irmão! - saúdo, deixando de lado a sua pergunta. O cumprimento com um tapa na mão - Precisava mesmo falar com você
Ele franziu o cenho
- Não me diz que já deu alguma merda? - resmungou jogando a cabeça pra trás - Eu não posso nem aproveitar essa paz que já vem putaria atrás de nós.
- Relaxa que não tem nada de errado - garanto - ainda. - corrijo pois nunca se sabe - Só preciso resolver uma parada e acho que você pode me ajudar.
- É só falar.
- Vamos conversar então... mas não aqui. - gesticulo com a cabeça - Vamos para sala de jogos.
Atravesso o caminho até chegar ao local com Ramiro ao meu encalço. Deixei-me cair no sofá e não demorei a puxar um beck que tinha no bolso.
- Deixa de suspense e desembucha de uma vez - diz se sentando na poltrona de couro na minha frente
