Apesar do padrão que tem, Fernando Green Wood viveu toda sua vida na miséria. Aos sete anos foi abandonado pelos pais e obrigado a morar na rua.
Tudo oque conseguiu conquistou sozinho. Vendia bala no sinal e guardava o seu dinheiro. Aos dezesseis an...
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Horas antes
Pensei que ter sua presença limitada fosse ruim, mas isso não era absolutamente nada perto da sua indiferença.
A garota simplesmente passou a ignorar a minha presença feito uma criança birrenta que não recebe oque quer. Nem dinheiro ela me pedi e já se passaram onze dias. Onze fodidos dias e que os meus irmãos não me ouçam, mas eu sinto a falta daquela diaba como nunca. Minha vontade era de pegar a maluca pelos cabelos e obrigá-la a olhar para mim, mas eu não podia. Tinha que respeitar a sua vontade, por mais que não compreendesse.
- Quer? - perguntou me oferecendo um beck - Acho que está precisando dar uma relaxada, parceiro.
- Não valeu. - respondo
Estávamos no pátio do clube esperando o presidente pra irmos para o festival que era uma maldita desculpa pra reunir os moto clubes. Esse ano o festival seria em Macon aqui na Georgia. O último evento ocorreu no Texas e tivemos que viajar. Apreciei tanto aquela confraternização como um rato comendo veneno mas negar não era uma opção.
A minha vontade de ir estava muito baixa, ainda mais levando em conta oque ocorrerá com a francesa nos últimos dias que afetou bastante meu humor. Ter que aturar todos aqueles filhos da puta seria uma tortura mental, mas faria isso pelo Abismo. Como se a palavra tivesse o poder de invocar, foi só falar no inferno que a diaba apareceu.
Lá estava ela, caminhando pelo pátio alheia ao tormento que me causava, Angeline estava do lado dela mas não prestei atenção na loira. Era praticamente impossível desviar o olhar da figura de Camille toda produzida para o festival.
Linda pra caralho!
A saia xadrez que ela usava era curta oque fazia a minha mente lembrar que já tinha provado oque estava por baixo dela. E o gosto... é incrível
Meu bom humor ao vê-la logo sumiu quando ela parou para conversar com Jason. Procurei manter a calma, mas então a filha da puta subiu na moto dele e me encarou. Senti meu sangue ferver e tive de usar tudo de mim para não ir até ela. O demônio deu partida e agradeci por isso ou poderia fazer uma burrada. Tinha que conter meus instintos. Ela pediu distancia.
Quando Alexandre chegou, subi na minha moto e segui o caminho. Busquei me concentrar no vento gélido, no ronco do motor, no barulho nos pneus na estrada, qualquer coisa que não fosse a bunda gostosa de Camille na moto de Jason.
Deixei minha moto no estacionamento ao lado da de Alexandre e segui meus irmãos até a entrada no evento. Como se a vida quisesse me foder nós esbarramos com Blackjack e Colin, uns gárgulas. Dos dois idiotas Blackjack era o que mais que tirava do sério pois tínhamos um passado de intercorrências quando eu era agiota. Blackjack era o tesoureiro de Jones.