Capítulo 27

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    Me dirigi até a entrada do Armazém que ficava no subúrbio de Atlanta, onde os traficantes coletam toda a grana arrecadada pela venda das drogas

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    Me dirigi até a entrada do Armazém que ficava no subúrbio de Atlanta, onde os traficantes coletam toda a grana arrecadada pela venda das drogas. O lugar parece abandonado e isso era perfeito para despistar os tiras enxeridos. Mesmo que a maioria deles esteja em nossa folha de pagamento, alguns metidos a heróis insistem em incomodar.

   Em frente a porta de metal, bati quatro vezes e logo uma janelinha foi aberta. O segurança apareceu, retirei o meu cigarro da boca para falar a senha de acesso e ele logo me liberou. Assim que entrei senti um cheiro forte de maconha no ar.

    Desci as escadas que davam para o subsolo, onde os caras se reuniam e os encontrei, todos em volta de uma mesa redonda jogando cartas. A fumaça estava em todo o ambiente de forma que dificultava a minha visão.

        - Eu espero que ainda tenha sobrado algo pra vender. - brado em tom ameaçador chamando a atenção de todos pra mim, que logo se levantaram

  Dei uma última tragada no meu cigarro antes de jogá-lo no chão e apagar com a minha bota. Me virei devagar e fechei a porta da sala. Quando voltei a olhar para eles, estavam com uma expressão de medo.

        - Estou esperando. - insisti impaciente - Eu quero saber, como a maconha que deveria ser vendida acabou parando no ar?

  O chefe dos traficantes ajeitou a jaqueta e veio até mim. As suas pernas estavam tremendo, embora se esforçasse pra disfarçar, no fim ele era apenas um otário que se diverte torturando os subordinados, mas tem que se lembrar de que responde a mim.

        - Eai amigo! - exclamou - Não sabia que viria hoje, espero as suas visitas apenas no fim do mês.

       - Não sou o seu amigo. - corto na mesma hora. O homem engoliu em seco e balançou a cabeça
 
       - Bem, nós só estávamos...

       - Sei muito bem oque estavam fazendo. - interrompo com rispidez. Caminho pela sala até parar na frente de um armário metálico - Vim justamente fazer a contagem. - aviso

       - Contagem? Hoje? - indaga andando rapidamente até onde eu estou - Mas por que? - ele pergunta confuso

  Encaro o seu rosto cansado, ele parecia tão chapado que por um momento me perguntei se valeria a pena perder o meu tempo explicando os meus conceitos. Praguejei e fechei a porta do armário com força. Minha paciência estava nem escassa nos ultimos dias.

        - Decisão do presidente... - soltei num múrmuro cansado. Não iria explicar pra esse merda que tinha que verificar todos os armazéns por conta de um gárgula infeliz que se infiltrou em nosso clube de baixo de nossos narizes. Preservava a nossa dignidade.

  O homem apenas assentiu e ordenou pra que os capangas fossem pegar as sacolas. Quando chegaram, despejaram as notas em cima da mesa, tive que pegar pilha por pilha para colocar na máquina.

Intensidade (MC ABISMO  Livro 2)Where stories live. Discover now