Capítulo 9

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     Se passaram quatro dias desde a minha discussão acalorada com Camille

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     Se passaram quatro dias desde a minha discussão acalorada com Camille. A verdade é que eu não entendi direito o motivo do seu descontrole, pensei ser ciúme apenas mas parecia mais que isso. Embora ainda confuso sobre algumas coisas eu consegui perceber pelo tom da sua voz que ela já estava farta da minha rejeição. Não a culpo por se sentir assim, uma hora ou outra, ela iria se cansar e desistir. Torci por dias para que ela me deixasse em paz e quando aconteceu acabei não sentindo o alívio que eu pensei que sentiria.

    Camille não me ignorava, ela somente parou de investir em mim. Sua forma de falar era como um amigo se refere a outro e isso me incomodava. Os únicos momentos em que dirigia a palavra a mim como ela mesma era pra pedir o meu cartão de crédito. É estranho admitir, mas a melhor parte do meu dia é quando a garota vem até mim pra pedir dinheiro. Isso aconteceu só uma vez mas mesmo assim eu apreciei. Aquilo era ridículo eu estava parecendo um adolescente carente desesperado por um pingo de atenção verdadeira.

    Pisquei os olhos sentindo a brisa fria da noite bater no meu rosto e observei ao redor olhando com atenção a casa padrão, com um gramado verde coberto por sereno e a cerca branca. Típica casa de família feliz.

    Estou apoiado na minha Harley, perdi as contas de quanto tempo fiquei ali, do outro lado da rua de baixo da sombra de uma arvore, totalmente imperceptível e esperando o melhor pra agir. Um Chevrolet Equinox cinza estacionou em frente a bela casa. Primeiro o homem saiu, é calvo e parece ter meia idade, depois a sua esposa, a mulher morena com um sorriso carinhoso abriu a porta de trás deixando sair duas crianças, um menino e uma menina que pareciam ter uns dez anos de idade.

    Esperei que todos entrassem e aguardei uns minutos, assim que vi que a área estava segura deixei o meu local camuflado e me dirigi até o ambiente aconchegante. Parei em frente a porta branca de madeira e toquei a campainha. Escutei um grito dizendo para atenderem a porta e em poucos segundos ela foi aberta. Baixei a minha cabeça me deparando com a garotinha loira.

               - Olá boa noite querida - saudei me esforçando para parecer simpático - O seu papai está em casa?

     Ela me analisa por um tempo, com aqueles olhinhos de criança que parecem enxergar todos os seus pecados. Se a menina for demorar tanto tempo verificando cada um dos meus pecados ficaremos a noite toda aqui.

               - Você é amigo amigo do papai? - pergunta após um longo tempo em silencio. De repente ela semicerra os olhinhos - Você é estranho. - solta as palavras com a sinceridade cortante - Você não é malvado é? - dispara

      Balancei a cabeça achando graça da pergunta. Cruzei meus braços e olhei pra a janela branca a procura do homem.

           - Depende do ponto de vista - devolvo sem desviar os olhos do vidro. Naquele momento o velho aparece na janela e arregala os olhos ao me ver parado com a sua filha na minha frente. Quase ri da expressão de desespero

Intensidade (MC ABISMO  Livro 2)Место, где живут истории. Откройте их для себя