Apesar do padrão que tem, Fernando Green Wood viveu toda sua vida na miséria. Aos sete anos foi abandonado pelos pais e obrigado a morar na rua.
Tudo oque conseguiu conquistou sozinho. Vendia bala no sinal e guardava o seu dinheiro. Aos dezesseis an...
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Pisquei ao sentir a brisa fresca massagear o meu rosto, olhei para a janela com os meus olhos semicerrados devido a claridade. Sentei na cama ajeitando o cabelo para o lado. Sorri de leve ao vê-lo ali, dormindo. Com cuidado, deixei a cama e comecei a vestir minhas roupas. Sem que eu percebesse, fui jogada de volta na cama.
- Pardieu! - arquejei com o coração aos pulos. Fernando sorriu passando as mãos na minha cintura - Você me assustou seu...
Fui calada por uma boca faminta que consumiu a minha, por um momento esqueci até oque estava falando. Segurei os seus ombros enrolando minhas pernas na sua cintura. Gemi quando mordeu meu lábio inferior tão forte que sangrou.
- Você fica muito mais bonita com o meu pau na sua boca, sabia? - disse com a voz rouca e grossa - Assim você não fala merda.
Arregalei os olhos incrédula e o empurrei com força. Fernando caiu no colchão gargalhando feito um louco.
- Idiota! - digo apesar da vontade de rir também
Me levanto outra vez e pego minha blusa no chão. A coloco ficando totalmente vestida, sento no colchão e calço as minhas sandálias.
- Aonde vai? - intima se sentando na cama
- Você não tem seus afazeres, monsieur? - devolvo terminando de afivelar meu sapato - Pois eu também tenho os meus.
- Quando você fala assim minha carteira treme de medo - resmunga todo ranzinza
- Não se preocupe, mon cher - falo antes de abaixar o rosto e puxar seus lábios com o dente do jeito que fez comigo. Em seguida me afasto - Não vou precisar do seu cartão.
- Não? - indaga rapidamente - Mas por que não? - ele franzi o cenho por uns segundos como se estivesse pensando e então fecha a cara - Com quem você vai sair?
Tive que me segurar para não rir
- Eu vou ao parque levar o meu cachorro pra passear - digo com um sorriso presunçoso - E se quer saber, pedi para o Peter me acompanhar já que não posso nem respirar sozinha fora desse clube
- Não sabia que tinha cachorro - fala parecendo surpreso
- Tenho. - respondo mesmo não sendo uma pergunta - O meu pai mandou um dos soldados trazer ele da França há algumas semanas - conto - Enfim, já vou indo, se demorar muito tempo o Peter vai desistir e você também deve ter coisas pra fazer.
Vou até a porta e jogo um beijo para o motoqueiro antes de sair. A primeira coisa que faço ao chegar ao meu quarto é tomar um bom banho pra me recuperar de ontem a noite. Escolho uma saia jeans clara e uma regata branca com listas pretas, uma escolha perfeita para essa tarde de verão. Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo com alguns fios soltos e faço uma maquiagem bem leve sem nenhum exagero.
