Floresta da Lua
Freya cavalgara pela floresta quase o dia todo sem parar, só descansara, por alguns minutos, apenas uma vez e aproveitara para curar os cortes que fizera na palma de suas mãos e beber água de um riacho que encontrara no meio do caminho. Ela sabia, mais ou menos, o trajeto que o grupo seguiria rumo ao Tribunal, pois participara das estratégias do ataque. Então estava percorrendo a rota que, provavelmente, a levaria até eles.
Durante o percurso, uma chuva fina começa a cair molhando suas vestes e fazendo-a tremer de frio, mas Freya continua a seguir em frente sem pausa. Até que, algumas horas depois com a chuva fina ainda caindo incessantemente, ela avista adiante o acampamento improvisado que o grupo montara para poder passar a noite.
Freya aumenta a velocidade do galope do cavalo e adentra no acampamento avistando Dimitri andando em direção a uma das tendas montadas. Ela desmonta do animal e segue ao encontro dele.
- Onde está o Adrian? - pergunta a bruxa de supetão ao parar em frente ao cavaleiro.
- Freya! - surpreende-se Dimitri ao olhar para ela e vê-la molhada da cabeça aos pés. - O que houve com você?
- Peguei essa chuva no caminho para cá.
- Disseram que você havia desistido de nos acompanhar até o Tribunal, então o que está fazendo aqui?
- Pois mentiram.
- O que aconteceu?
- Por favor, só me diga onde o Adrian está.
- Naquela tenda - diz Dimitri virando o corpo para trás e apontando para uma tenda branca à sua esquerda.
Sem dizer mais nada, Freya anda, apressadamente, em direção a tenda e entra abruptamente por uma das abas encontrando Adrian de costas com suas cicatrizes amostra, pois estava prestes a vestir sua túnica. Ele vira-se para ela com os olhos arregalados.
- Freya! - exclama ele aturdido.
- Você me dopou - vocifera ela desferindo um tapa na bochecha dele, que com o impacto vira o rosto para o lado. - Por que fez isso?
Adrian, por alguns segundos, fica imóvel, sem reação, apenas sentindo a pele do rosto arder.
- Para protegê-la - responde ele por fim, virando o rosto para fitá-la. - Você sabe que é perigoso ir até o Tribunal, afinal de contas, és uma fugitiva.
- Ir até lá também é perigoso para você, que é um traidor.
- Eu sou o único que conheço aquele lugar por dentro e ofereço vantagem ao grupo de entrar sem ser notado, o que me torna imprescindível nesse ataque, já sua presença não é essencial, você só estará se arriscando.
- Fui eu quem tive a ideia do ataque, então não é justo querer me deixar para trás - brada ela com o dedo indicador em riste no rosto dele.
- Eu só queria...
- ...me proteger? - completa ela irritada abaixando o dedo -, eu sei, mas você fez isso do jeito errado.
Freya vira as costas para o cavaleiro para sair da tenda, mas Adrian a segura pelo cotovelo fazendo-a virar-se novamente para ele, então a abraça enlaçando-a pela cintura.
- Perdoe-me Freya - diz ele baixinho ao pé do ouvido dela -, eu errei com você.
- Não esperava isso de você - confessa ela mantendo os braços imóveis ao lado do corpo.
- Por favor, me prometa, que durante o ataque, não sairá do meu lado.
Freya apenas assente com a cabeça e, finalmente, o abraça em resposta. Adrian a aperta ainda mais em seus braços pousando um beijo suave no topo da cabeça dela.
DU LIEST GERADE
Caça às Bruxas (CONCLUÍDO)
FantasyEm meados do século XV, na época da Inquisição, a Igreja perseguia os bruxos acusando-os de heresia e condenando-os a morte. É nesse cenário que vive Freya, uma bruxa que quando criança viu sua mãe ser executada na fogueira. Anos depois, ela mesma é...