Capítulo 55

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Floresta da Lua



Freya cavalgara pela floresta quase o dia todo sem parar, só descansara, por alguns minutos, apenas uma vez e aproveitara para curar os cortes que fizera na palma de suas mãos e beber água de um riacho que encontrara no meio do caminho. Ela sabia, mais ou menos, o trajeto que o grupo seguiria rumo ao Tribunal, pois participara das estratégias do ataque. Então estava percorrendo a rota que, provavelmente, a levaria até eles.


Durante o percurso, uma chuva fina começa a cair molhando suas vestes e fazendo-a tremer de frio, mas Freya continua a seguir em frente sem pausa. Até que, algumas horas depois com a chuva fina ainda caindo incessantemente, ela avista adiante o acampamento improvisado que o grupo montara para poder passar a noite.


Freya aumenta a velocidade do galope do cavalo e adentra no acampamento avistando Dimitri andando em direção a uma das tendas montadas. Ela desmonta do animal e segue ao encontro dele.


- Onde está o Adrian? - pergunta a bruxa de supetão ao parar em frente ao cavaleiro.


- Freya! - surpreende-se Dimitri ao olhar para ela e vê-la molhada da cabeça aos pés. - O que houve com você?


- Peguei essa chuva no caminho para cá.


- Disseram que você havia desistido de nos acompanhar até o Tribunal, então o que está fazendo aqui?


- Pois mentiram.


- O que aconteceu?


- Por favor, só me diga onde o Adrian está.


- Naquela tenda - diz Dimitri virando o corpo para trás e apontando para uma tenda branca à sua esquerda.


Sem dizer mais nada, Freya anda, apressadamente, em direção a tenda e entra abruptamente por uma das abas encontrando Adrian de costas com suas cicatrizes amostra, pois estava prestes a vestir sua túnica. Ele vira-se para ela com os olhos arregalados.


- Freya! - exclama ele aturdido.


- Você me dopou - vocifera ela desferindo um tapa na bochecha dele, que com o impacto vira o rosto para o lado. - Por que fez isso?


Adrian, por alguns segundos, fica imóvel, sem reação, apenas sentindo a pele do rosto arder.


- Para protegê-la - responde ele por fim, virando o rosto para fitá-la. - Você sabe que é perigoso ir até o Tribunal, afinal de contas, és uma fugitiva.


- Ir até lá também é perigoso para você, que é um traidor.


- Eu sou o único que conheço aquele lugar por dentro e ofereço vantagem ao grupo de entrar sem ser notado, o que me torna imprescindível nesse ataque, já sua presença não é essencial, você só estará se arriscando.


- Fui eu quem tive a ideia do ataque, então não é justo querer me deixar para trás - brada ela com o dedo indicador em riste no rosto dele.


- Eu só queria...


- ...me proteger? - completa ela irritada abaixando o dedo -, eu sei, mas você fez isso do jeito errado.


Freya vira as costas para o cavaleiro para sair da tenda, mas Adrian a segura pelo cotovelo fazendo-a virar-se novamente para ele, então a abraça enlaçando-a pela cintura.


- Perdoe-me Freya - diz ele baixinho ao pé do ouvido dela -, eu errei com você.


- Não esperava isso de você - confessa ela mantendo os braços imóveis ao lado do corpo.


- Por favor, me prometa, que durante o ataque, não sairá do meu lado.


Freya apenas assente com a cabeça e, finalmente, o abraça em resposta. Adrian a aperta ainda mais em seus braços pousando um beijo suave no topo da cabeça dela.

Caça às Bruxas (CONCLUÍDO)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt