Capítulo 63

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Tribunal do Santo Oficio



Ao decorrer do caminho, durante a noite, o grupo foi se escondendo em abrigos pela floresta para descansarem de forma segura usando magia para se camuflarem. Assim alguns dias se passaram até que os bruxos chegassem mais perto do Tribunal. Então, ao encontrarem uma caverna mais profunda onde todos poderiam se esconder, decidiram, durante o dia, montar um acampamento improvisado.


Depois de tudo arrumado e a redoma transparente de proteção para deixar os bruxos invisíveis aos olhos de possíveis intrusos ser colocada em volta da caverna usando a fase minguante da lua para canalizar a magia, Freya junto com alguns bruxos e o cavaleiro resolvem seguirem rumo ao Tribunal, enquanto outros mais velhos com algumas mulheres e as crianças ficam para cuidar do acampamento e esperar o restante voltar.


Oliver pede para Beatrice ficar com os outros no acampamento e esperar ele retornar.


- Quero que você fique aqui - pede ele segurando nas mãos dela.


- Eu vou com você, Oliver - retruca ela apertando levemente as mãos dele.


- Vai ser perigoso e não quero que nada aconteça com você.


- Quantas vezes vou ter que te dizer que sou sua esposa e vou aonde você for - diz ela acariciando com o polegar as manchas escuras de queimadura da mão dele.


- Mas você...


- Não adianta tentar me convencer a ficar - interrompe ela dando um passo mais para perto de Oliver e colocando o dedo indicador sobre os lábios dele silenciando-o. - Eu vou com você.


Beatrice fica na ponta do pé e encosta os lábios nos dele, mas quando estava se afastando, o bruxo a enlaça pela cintura puxando-a para perto de si novamente.


- É por isso que te amo, Bea.


Ela sorri envolvendo o pescoço dele com seus braços, enquanto Oliver aproxima o rosto do dela e a beija com mais volúpia.


O grupo reunido saem do acampamento e após alguns passos, avistam o Tribunal. Então se aproximam do muro que o rodeava pela parte de trás para entrarem pela passagem lateral.


Murmúrios de uma multidão e algumas vozes alteradas eram ouvidas vindas pela Praça da Fé, que ficava em frente à porta principal do Tribunal do Santo Oficio.


- Eu vou checar se há movimentação de caçadores no pátio e já volto - diz Adrian se afastando e entrando pela passagem lateral que dava acesso ao pátio.


Ele espia para dentro do pátio, que estava silencioso e, praticamente, vazio, com apenas alguns carrascos fazendo ronda pelo local.


- Há alguns carrascos no pátio - diz o cavaleiro ao voltar perto dos demais.


- Então vou despistá-los para que vocês possam entrar - diz Freya.


- Tome cuidado - adverte Adrian.


Ela assente com a cabeça e segue pela passagem, camuflada por folhagens e trepadeiras agarradas as pedras do muro alto, entrando no pátio e chamando a atenção dos carrascos, que se postam em posição de ataque apontando suas espadas na direção dela. Freya, vagarosamente, encaminha-se para o centro do pátio encarando de forma desafiadora cada um dos homens trajados de capa vermelho-sangue, que eram sete no total.


- Quem é você? - pergunta um deles.


- Você vai descobrir logo - responde a bruxa dando um passo para frente.


Dois carrascos avançam contra ela. Freya, rapidamente, faz um movimento com as mãos paralisando seus corpos, impedindo-os de se mexer.


- Ela é uma bruxa - brande outro dos homens. - Peguem-na.

Caça às Bruxas (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now