⁹³Rᴏʏ Hᴀʀᴘᴇʀ - Vɪᴢɪɴʜᴏ

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O bom do Roy é que na compra de um vem o namorado junto.

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Se tiver uma vadia mais azarada que eu nesse mundo, eu não conheço.

É o seguinte: ao lado da minha casa mora um homem lindo que eu gosto de chamar de tentação, o Roy, é o meu vizinho há 10 anos. Eu lembro de estar com 14 anos, iniciando o ensino médio e ele no primeiro ano da faculdade, saindo com seus amigos igualmente gostosos.

Mas a parte ruim nisso tudo é que, durante 10 anos, uma fucking década, eu nunca, nenhuma única vez nessa minha vida miserável, consegui parecer apresentável na frente dele.

Eu juro, sempre foi com aquelas camisolas do Mickey enquanto eu levava o lixo na rua, ou indo pegar a correspondência usando uma droga de toca de seda, e teve muitas vezes em que eu simplesmente parecia ter sido atropelada por um ônibus.

Ele é um cara legal, no meu último aniversário me deu um fone de ouvido bluetooth que eu tanto queria e até ajudou a limpar a festa. Mas adivinha quem estava horrorosa? Sim, eu, um idiota, primo meu, empurrou minha cara no bolo e meu vestido manchou todo.

Estão vendo o padrão?

Como vou conquistar esse ruivo, alto, lindo, de 28 anos, se eu sempre estou no meu pior estado perto dele?

Teve apenas uma ocasião em que eu estava apresentável, eu tinha acabado de fazer 18 anos e Roy estava dando uma festa na casa dele.

Coloquei um vestido preto e curto, algo simples, mas que deu uma baita valorizada.

Segurei minha bolsinha na frente do meu corpo e andei devagar entre as pessoas, fiquei caçando ele na festa, mas um idiota muito bêbado, me pegou no colo e me jogou na piscina. Acho que é Jason alguma coisa, eu odeio esse cara.

Saí de lá chorando muito, Roy pediu desculpas e me pediu para voltar, mas eu já estava na merda, a maquiagem toda borrada e o cabelo estragado, sabem como é. Eu só quis me jogar na cama e não sair de lá pelo resto do mês.

Ainda hoje eu pago alguns micos deixando ele me ver parecendo uma sem teto, e embora eu ainda seja muito louca por ele, acho que superei esse negócio de amor juvenil.

Abro a janela e vejo ele nadando em sua piscina. O bronzeado, o cabelo molhado caindo na testa, as gotas escorrendo pelos gominhos do abdômen. Nossa. Eu não superei nada não.

— Ei, S/n!

Ele me grita, e eu arregalo os olhos com vergonha. Era só uma espiada, ele não tinha que me ver.

— O-oi, Harper.

— Cola aí, vem nadar um pouco.

— É... eu... eu tenho... coisas.

— Para de ser chata. Coloca logo um biquíni e vem pra piscina.

Eu olho para trás, para o meu guarda roupa e lembro que comprei um biquíni novo. É essa, meu Deus, a oportunidade que eu tanto queria para mostrar pra ele não sou uma tapada, mas sim uma mulher muito sensual?

— Ok, tô indo.

Vai com tudo, garota.

Coloco o biquíni e pego uma toalha, vou pelos fundos e chego na casa dele.

Eu paro diante da piscina e então SexyBack começa a tocar na minha cabeça, enquanto ele começa a sair da piscina, jogando o cabelo para trás e sorrindo.

— Fique à vontade, eu vou pegar uma cerveja.

Misericórdia, minhas pernas falharam e eu quase caí de joelhos.

Entro na piscina e espero por ele, quando Roy volta, ele pula na água e me entrega uma latinha.

— Como está a faculdade?

— Está indo bem, e o seu trabalho?

— Uma merda.

Ele deu um sorriso, tomando mais um gole de cerveja.

— Eu nasci pra isso, ficar na piscina o dia todo. — Ele deitou a cabeça para trás, deixando o corpo flutuar.

— Seria a vida perfeita.

— Achei que você não gostasse muito.

— Eu gosto de piscina, eu só... acho que não tenho muito tempo, com faculdade, o estágio e iniciação científica.

— Você é muito inteligente, S/n. Continue assim. Mas de vez em quando vem aqui em casa também, gosto da sua companhia.

— Gosta?

— Claro que sim, e essa piscina é grande demais só pra mim.

Eu dei um sorrisinho animado, qualquer avanço, mínimo que fosse, já agitava o meu coração. Ah Roy Harper, você é tudo.

— Que cara é essa?

— Nada. Eu só estava lembrando daquela vez... a festa que você deu aqui há uns seis anos.

— Nossa, S/n, eu não lembro nem o que comi no café da manhã.

— Eu lembro porque aquele seu amigo idiota me jogou na piscina e estragou o meu vestido.

— Merda, eu lembro disso, eu sinto muito. Se serve de consolo eu já joguei ele pra fora do carro algumas vezes.

Eu dou risada.

— Serve, obrigada.

Ele jogou um pouco de água no meu rosto e riu também.

— Você passou protetor?

— Não, eu acabei esquecendo.

— Então vem cá.

Ele me puxou pelo braço e me colocou de costas. Passou protetor nas minhas costas, braços e nuca. Sentir as mãos dele me alisando estava causando algo que não posso explicar com palavras.

Será que ele está afim de mim? Fala sério, ele não ia inventar esse negócio de protetor solar do nada né? O que é isso? Um sinal? Deus se for um sinal me manda um sinal!

Foda-se, eu vou beijar ele.

Me viro bem rápido, ao mesmo tempo em que levo meu corpo até o dele, já o puxo contra mim, seguro sua nuca e grudo nossas bocas.

E depois de um beijo molhado, a gente se separa.

— Isso, me pegou de surpresa. — Ele sorriu, que sorriso.

— Surpresa? Eu sou afim de você há 10 anos.

— Afim? Tem certeza? S/n, quando você me via você sempre saía correndo, como se tivesse vergonha de mim.

—Sim, porque eu sempre estava usando uma roupa velha "de ficar em casa". Você, Roy Harper, sempre teve o dom de aparecer justo quando eu estava usando camisetas velhas e descosturadas.

Ele riu, as mãos na minha cintura ainda me mantendo com o corpo colado ao dele.

— Eu sempre achei fofo, pensava que era um estilo despojado.

— Mendiga, isso sim.

— Eu sempre achei você fofa assim.

Fofa? Meu Deus, me leva pra sua cama.

— E muito linda.

— Bem, eu sempre achei você lindo também...

Agora sim eu estou corada e constrangida.

— Bom, nesse caso... — Ele aproximou a boca da minha. — Vou te beijar de novo.

Mas antes que ele conseguisse, alguém pula na piscina e nós dois tomamos um susto.

— Só nas bitocas, hein?

— Oi, Jason. — Roy fala com um pouco de desânimo.

Merda, eu odeio esse cara.






IᗰᗩGIᘉᕮS ᗞᑕ ᕮ ᗰᗩᖇᐯᕮᒪ ⁽ˡᶦᵛʳᵒ ³⁾Onde histórias criam vida. Descubra agora