Cap 33

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LAUREN JAUREGUI

1 ano depois..

Sim, um ano se passou desde que a Luar pegou fogo. Hoje em dia o lugar era cheio de homenagens, de panfletos, cartazes aonde as pessoas colocaram para expressar os pêsames as pessoas que ali morreram.

A situação comoveu muitos das cidades. E com isso, o lugar virou como um cemitério, já que infelizmente as pessoas que morreram não tiveram um enterro digno e nem mesmo tinham família.

Se vocês acham que eu deixei Camila quando ela me pediu para terminarmos, estão enganados. Eu e Camila continuamos juntas, a diferença é que eu sinto como se apenas o corpo dela estivesse comigo.

Camila apesar de insistência depois de meses vindo de mim e de suas amigas para reerguer seu negócio, ela chegava a sentir ódio apenas por falarmos sobre isso.

Camila se tornou uma pessoa fria, cheia de raiva e todas as vezes que ela notava que estava sendo grosseira comigo. Ela lembrava que se eu estava com ela, era por que eu queria e escolhi dessa forma mesmo quando ela me pediu que eu fosse embora.

A questão é que eu ainda sinto que posso a deixar bem, sinto que posso mudar a situação. Que ainda posso a fazer viver bem e ser feliz.

As pernas de tantas coisas, a fechou para tudo.

Única briga que eu tinha conseguido ganhar com ajuda de Dinah. Foi fazer Camila morar comigo. Pois ela sozinha, não se cuidava e passava dias na cama sem querer se alimentar, a insistência a fez aceitar simplesmente por não querer ninguém no seu ouvido.

Mais ela sorriu algumas vezes, vi seu sorriso sincero durante algumas vezes. Mais nenhum deles comigo, sempre com Isabella.

Minha filha havia se tornado sua melhor amiga, elas conversavam durante bastante tempo. Levava ela na escola quando queria respirar e fazia questão de a buscar, sempre a pé, pois era perto e ela se sentia ansiosa para pegar o carro.

Camila não usava mais seus saltos altos, suas roupas sofisticadas e grande parte de seus figurinos , ela perdeu por estar na boate. A sua vida realmente havia parado.

Quando dormia, eu acordava de madrugada vendo ela parada a beira da varanda olhando o céu escuro durante bastante tempo, via ela chorar sozinha e tentando fazer silêncio para não me acordar, sem perceber que eu já via tudo.

E eu tentei, várias vezes ajudar, abraçar ela e conversar. Mais ela realmente se estressava com minha presença, talvez eu a sufocasse com tantas tentativas e nem percebia isso.

Eu agora estava sentada em um bar, era 21:00 da noite, minha cabeça estava doendo devido a um dia longo de trabalho. E eu estava tentando aliviar minha agonia em bebida ao menos uma vez durante tanto tempo.

Mark sumiu. O homem evaporou completamente. Na minha concepção, ele realmente não tinha intenção de matar o filho e por mais doente que fosse, talvez ele realmente sentisse algo pelo menino ou talvez só o quisesse vivo para o torturar. Ele não havia mais traficado, roubado, matado ninguém. O homem sumiu e eu por mais que tivesse tentado por meses o encontrar novamente, foram somente mais uma de minhas falhas e frustrantes tentativas.

-Lauren?-Ouvi uma voz feminina me chamar, olhei para trás vendo Selena. Esbocei um sorriso amigável para ela, lhe dando um rápido abraço em cumprimento.-Que bom te ver, cheguei de viagem recentemente.

Selena foi a grande investigadora na época que a boate de Camila pegou fogo, ela fez de tudo pra que descobrisse a causa, e foi evidente algo proposital. Viramos amigas de trabalho durante esses meses e compartilhamos ideias várias vezes, inclusive tive sua ajuda em algumas de minhas procuras, mais realmente não encontramos nada.

Cabaré (G!P) Where stories live. Discover now