Cap 4

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                     CAMILA   CABELLO

Funguei caminhando até a mesinha da sala de reuniões, processando a informação da mulher. Fingindo que não me atingia, quando na verdade, ao fundo aquilo estava tocando em cheio no meu peito, de uma maneira descontrolada.

Peguei um copo de vidro ali, enchendo com a bebida quente. Respirando fundo quando fechei a garrafa, indo até o sofá e me sentando, cruzando as pernas vendo que o menino havia se sentado e de maneira educada, nos deixou sozinhas falando uma com a outra sem ouvir pela conversa.

-Deixa eu ver se entendi.-Falei cruzando as pernas, apoiando o corpo em minha perna e encarando a mulher juntando as mãos.-Você veio até minha boate para me dizer que esse menino é filho da minha esposa?

Vi a mulher apenas assento, analisando com cautela meus movimentos e gestos. Respeitei fundo.

-O que exatamente você quer ? não consigo compreender por que depois de anos apareceria. Se fosse pensão já teria pedido a bastante tempo.-Falei pressionando os lábios.

-Eu antes não tinha a necessidade. Agora eu tenho.-Ela falou. Engoli sem seco e analisei as vestimentas da mulher de maneira rápida, não que importasse muito. Até por que roupas não significavam classe de ser humano algum.-E ele.. nosso filho precisa conhecer a mãe.. ele sente a necessidade de a conhecer, eu contei a ele que Lauren era policial, ele é admirado.. quer ser como ela.. quer ter um tempo com ela.

Nosso filho.

-Por que não procurou por ela ? Por que veio até mim?-Perguntei verdadeiramente curiosa, a vendo pressionar os lábios, claramente ansiosa.

-Lauren sabia que eu estava grávida quando namorávamos. Mais me deixou sozinha e sumiu.. eu recentemente tive notícias dela através de uma amiga em comum, vi nas redes sociais de Lauren fotos com você, o que não foi difícil te encontrar.-Ela falou, fechei os olhos por alguns segundos.

-Não irei admitir que venha ao meu território para falar mal de minha mulher. Lauren não faria isso, não abandonaria um filho. E ela com certeza teria me falado.-Falei virando o líquido pela garganta abaixo, sentindo queimar. Coloquei o copo ao lado , na cômoda, vendo a mulher dar de ombros.

-Pergunte a ela.-Ela sugeriu como se não houvesse preocupação alguma. Segura de si. Aquilo acabou por acentuar minha insegurança mais ainda.

-Eu te quero fora da minha boate, agora.-Falei seria pondo as mãos para trás, sentindo meu peito queimar em pura ansiedade. Sentimentos ao qual eu não demonstraria jamais.

-Eu sei que falaram sobre isso. E eu sei que ela vira atrás de mim, e do filho dela.-Ela falou segura de suas palavras, tomando a mão de seu filho que permanecia calado. Logo me falando uma última vez antes de sair.-Fale a Lauren que sinto a falta dela. Camila.. ela entenderá.

Quando vi a porta se fechar, por puro impulso da agonia em meu peito e sentindo a fraqueza que eu não era acostumada a sentir, sentindo as lágrimas rolarem minhas bochechas. Eu arremessei o copo pela parede, vendo o vídeo se espalhar em vários pedacinhos pequenos.


DINAH  JANE

4:47

O dia estava prestes a clarear, a boate continuava cheia. Motivo ?

Camila.

A mulher estava bêbada. Usava uma roupa diferente, mais vulgar do que mais cedo, o tecido fino e transparente marcava suas curvas evidentes. A bunda apenas protegida pela fina calcinha que se enterrava em si, o cabelo assanhado e úmido pelo suor enquanto ela roçava ao poledance sem se importar nem um pouco com o barulho das mulheres e homens que piravam com seu corpo, com cada movimento seu.

Cabaré (G!P) Where stories live. Discover now