Capítulo trinta e um

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ZANE BRANDO

Quero muito xingar o juíz da partida, porque o meu filho não cometeu falta nenhuma naquele moleque. Reprimo meus lábios e aperto forte meu punho, tentando manter o meu controle. A partida volta normalmente, e em segundos Hunter já está dominando não apenas a bola, mas toda a quadra. Tem uma luz nele próprio enquanto corre local, ele nasceu para isso, é óbvio para qualquer um que esteja assistindo. E provando tudo isso, o loiro arremessa a bola na linha de três pontos, distanciando mais ainda a pontuação.

– Vamos Hunter – grito em uma forma de incentivar o garoto a jogar melhor ainda.

O loiro vira seu rosto para mim e sorri largamente. Meu filho. O garoto correndo pela quadra é meu filho de consideração. Sinto a mão de Arizona repousa em meu ombro, inclino meu rosto para o lado e deixo um beijo rápido em seus lábios. Eu estou vivendo a melhor fase da minha vida e esse momento define tudo que desejo ter pelo resto dos anos. Se um dia pensei que poderia viver sem Arizona e Hunter, fui muito tolo.

– Você fica muito bonitinho torcendo para o Hunter – Ari murmura no meu ouvido.

Para Hunter não, para nosso filho.

– Não pareço uma pessoa neurótica e explosiva? – indago levantando uma sobrancelha.

– Sim, e é por isso que você fica bonitinho – dou uma pequena risada – imagina só quando você assistir o final de campeonato.

– Como que você aguenta? – indago muito curioso, porque estou quase pirando de nervoso.

– É senhor tenista, está sentindo na pele o que passamos com você na quadra – é, não é nada bom – vamos filho, você consegue arremessar daí.

O menino não olha em nossa direção, porém faz o que a mãe instruiu, acertando o aro de metal. Seu treinador vibra na lateral da quadra, ele sabe que logo o pequeno será recrutado por um time maior e mais forte, aproveitando o tempo em que pode o ter em seu time. Ser um atleta envolver sair da zona de conforto muito cedo, e possuindo a base e apoio que Hunter ter, ele irá logo para um time mais desenvolvido e que faça com que ele sempre esteja no foco dos olheiros.

– Você está pronta para vê-lo ir embora atrás dos sonhos? – pergunto, pensando como que a minha mãe lidou quando sai de casa aos 14 anos.

– Nem um pouco – sua voz saí um pouco trancada – mas na hora vou estar, minha mãe e minha sogra não deixaram York e Ethan irem para um time semi-profissional na adolescência, não vou cometer o mesmo erro que elas.

E eu também não irei deixá-la fazer isso com o nosso filho. Ainda é estranho falar ou pensar em Hunter como sendo algo nosso, mas ele é, e será para sempre. Acho que receber o convite através dele para ser seu pai foi o gesto de amor mais puro e verdadeiro que tive em toda minha vida. Porque Hunter me escolheu como seu pai, isso não foi algo imposto em sua vida, ele me escolheu, e isso torna tudo mais lindo.

– Isso se ele ainda querer jogar basquete – ela murmura baixinho, franzo uma sobrancelha e minha namorada percebe isso – Hunter quer começar a jogar mais tênis com você, momento dos homens, sabe?

– Sei, e ele deve estar sendo influenciado por partes para jogar tênis, mas ele ama o basquete de uma forma inconsciente até – digo o que tenho total certeza, esse menino nasceu para estar em uma quadra de basquete profissional.

Lucky loserWhere stories live. Discover now