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|Capítulo 41|

2013

Muito honestamente, ela estava um pouco farta de ouvir tanta gente a falar de sexo. A sério, era tão irritante. A cada sítio que ia, ouvia pelo menos uma pessoa a falar do prazer que sentira na noite passada. Ou então, quando estava com as amigas, estava sempre a ouvi-las a dizerem-lhe o jeitinho que o namorado tinha para o sexo e como ela tinha de experimentar, dando-lhe sempre dicas.

"Não te esqueças de estar bem molhada, senão dói-te." Dizia uma.

"Aconselho-te a fazeres com um gajo com experiência e que se preocupe em dar-te também prazer a ti." Aconselhava outra.

"É normal nem teres um orgasmo." Começava outra, parecendo preocupada. "Se assim for, podes masturbar-te, ou então pedes-lhe que acabe o serviço doutra maneira."

E depois ainda vinha uma quarta. "Não te podes mesmo esquecer do preservativo! Uma amiga minha uma vez apanhou herpes e aquilo ficou horrível."

A verdade era que a única hipótese que a loira tinha era acreditar em tudo o que lhe diziam. Ela absorvia tudo, prestando sempre muita atenção para que, quando chegasse a vez dela, ela não cometesse erros nenhuns.

Scarlet não sabia se o que diziam era certo, mas não podia perguntar à avó. Deus a livrasse de um dia ter de se virar para a avó e perguntar seja o que for acerca de sexualidade. Ela nem queria imaginar a cara da senhora de idade mal ela prenunciasse a palavra 'sexo'. E, bem, ela já tinha dezoito anos, já deveria saber de isso tudo, quer por experiência quer por ouvir falar.

Estando farta de ouvir falarem disso mas tendo curiosidade, a moça andava bastante excitada ultimamente. Quase sempre, invés de se tentar aguentar, a rapariga masturbava-se. Visto ainda não ter grande confiança em estar pronta para perder a virgindade, ela tratava de si mesma, sabendo que assim não se aleijaria. Ela sabia o que fazia.

No entanto, uma das amigas tinha-a apresentado a um rapaz de cabelo negro há uns dias atrás. Logo de início, que Marco, o tal rapaz, e Scarlet se davam bastante bem, sendo ambos da mesma idade e tendo mais ou menos os mesmos gostos. Entre as conversas divertidas, conseguia-se, por vezes, sentir uma ligeira tensão sexual, a qual nenhum dos dois tentava esconder ou ignorar. Era óbvio para ambos que se sentia interessados um pelo outro, mesmo depois de apenas quatro encontros amigáveis e sem marcação.

Mas esses encontros se marcação estavam para acabar, pois Marco tinha sido mais rápido que Scarlet e tinha tido a iniciativa. Pediu-lhe o número de telemóvel e, no mesmo dias, depois de uma longa conversa por mensagens, perguntou se ela não se queria encontrar na casa dele.

A loira não era ingénua e sabia bem quais eram as intenções dele. Assim, aceitou, tendo o mesmo objetivo que o moço. 

No dia seguinte, quando a moça chegou a casa de Marco, tentou agir o mais natural possível. Ao contrário dela, Marco não tentava esconder o que realmente queria que acontecesse. Apresentou-se à frente de Scarlet sem camisa, a exibir os seus músculos abdominais e peitorais, tal como os seus bíceps e deltóides. Ao vê-lo assim, a moça pode sentir a sua respiração a parar durante segundos, mas tentou continuar com um comportamento indiferente.

Isso tornou-se bastante difícil, pois os dois foram para a sala ver um filme e Marco continuava a largar pistas. Os dois viam o filme, de luzes apagadas. O filme era aborrecido e Scarlet conseguia sentir o braço forte do moço à volta dos seus ombros. Começava a tornar-se difícil controlar-se.

Farta de tudo aquilo, Scarlet lembrou-se das suas amigas a contarem as suas histórias e chegou a um limite. Levantou-se, sobressaltando Marco, e sentou-se no colo dele com o seu peito virado para o dele. O moço logo exibiu um sorriso ao sentir os dedos finos e frios da loira a passarem pela sua barriga, arrepiando-o. O rapaz colocou as suas mãos no rabo da moça, dando-lhe um leve aperto e surpreendendo-a. Como resposta, a loira colocou os seus braços à volta do pescoço de Marco e chegou-se para mais perto dele, para puder senti-lo melhor enquanto o beijava.

Scar | a.i.Where stories live. Discover now