Foolish to Think

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Dois dias longos se passam em que eu chego a um nível absurdo de stress. Primeiro por que os ensaios de Wicked começaram a ficar mais intensos e eu, no papel principal junto com Amanda, estava em praticamente todos os números musicais que Mantello fazia questão de repassar milhões de vezes. Segundo, alguma coisa aconteceu com Jeffrey que o deixou muito mais obcecado que o normal ao ponto de fiscalizar cada coisa a cada dez minutos deixando impossível que eu e Polly conversássemos durante o último evento. Terceiro, e talvez o mais importante de tudo, eu fiquei aquelas 48 horas sem ver Liam.  Por que ele tinha uma banda pra cuidar, um single para divulgar e eu tive que me contentar em no máximo ouvir a voz dele por telefone até aquele momento.

Então eu nem reclamo quando Liam me obriga a passar o endereço de onde estou - já que eu estou literalmente no meio da rua - e pede para que eu espere cinco minutos. E é isso que eu faço. Fico parada contra um poste na esquina da rua onde fica o metrô que eu costumo pegar, observando o vai e vem de pessoas apressadas até uma Land Rover parar exatamente na minha frente.

O vidro do motorista desce e eu dou de cara com John.

— Hey, Bond! Dirigindo hoje?

— É um caso especial. — John me lança uma piscadela e eu sorrio antes de entrar no carro.

Fazia mais um dia um pouco mais frio do que o normal para época em Londres, então agradeço silenciosamente quando o calor do veículo me envolve.

— Oi. Você não tinha uma sessã... — Minha voz é engolida pelos lábios de Liam. O calor da boca dele e das mãos que seguram o meu rosto é bem melhor do que o aquecedor do carro e meu corpo amolece em resposta. — Uma sessão de fotos hoje? — Termino de falar quando o beijo acaba, mas Liam continua perto o suficiente para que a ponta do meu nariz encoste-se ao dele.

— Zayn está doente.

— Ele vai ficar bem?

Liam coloca o braço sobre os meus ombros e eu apoio a cabeça no seu peito.

— Vai, é só uma infecção alimentar.

— Como assim é só uma infecção alimentar? — Sinto um peso no topo da minha cabeça e eu sei que Liam tinha encostado o queixo ali. — Isso é grave. Ele foi ao médico?

— Lua, calma. Já estão cuidando dele.

Mexo em um botão do casaco dele que está bem na altura dos meus olhos.

— Eu gosto do Zayn.

Liam faz um barulho indecifrável antes de falar.

— E ele gosta de você.

Endireito o corpo para que eu possa olhar o rosto dele.

— Gosta? O que ele disse de mim?

Passo os dentes pelos lábios porque eu quero rir de Liam que está apertando os olhos com os dedos.

— Nada em especifico.

— Ah. — Ele me olha com uma sobrancelha erguida. — Ele era meu integrante favorito.

Liam perde toda a compostura e a pele do seu rosto muda de tom em uns três níveis.

— Quê?

— Eu era uma Zayn girl, sabe. Na minha época de fã.

— Você está falando sério?

Começo a rir. Não consigo mais me controlar principalmente por que era tudo verdade. Se fosse pra escolher alguma coisa com a cara ou o nome de um só deles eu sempre escolhia o que tinha o Zayn.

De Lua, com amorKde žijí příběhy. Začni objevovat