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Caitlin Franklin 

Finalmente estava a pisar solo Californiano, sentei-me em cima da minha mala e peguei no meu novo telemóvel, peguei no papel que me foi dado na receção do aeroporto e marquei o número da agência de táxis. Disseram-me que em minutos teria um táxi para mim, provavelmente iria pagar uma boa quantia daqui até Compton, mas pouco me importa a agência deu-me dinheiro suficiente para sobreviver. Assim que o veículo amarelo parou mesmo à minha frente, apressei-me a colocar a mala no porta bagagens que foi aberto pelo o homem de meia idade, logo após isso ambos entrámos dentro do carro. Entreguei-lhe o cartão com a minha nova morada e ele olhou para mim através do retrovisor, arqueie apenas as sobrancelhas e fiz um sinal com a mão para que ele seguisse. E foi o que ele fez, ele deu inicio à viagem. 

Os meus olhos percorriam cada rua, cada sítio por onde passávamos, fixando alguns e ignorando outros. Vi também várias pessoas armadas, mesmo que tentassem esconder o facto de o estarem. Para estarmos armados temos de ser cautelosos, por exemplo eu tenho uma arma atrás das calças, aproveitando o facto de estar com uma blusa branca e a mesma tapar o objeto, e um casaco preto. As pessoas que até agora que percebi terem uma arma, andam com elas dentro dos bolsos da frente, ou até mesmo dentro das calças e com a camisola dentro da mesma, mostrando assim o cano da pistola. 

- É sempre assim? As pessoas andam sempre com as armas à mostra? - vi o taxista acenar positivamente com a cabeça. - Porque andam elas com armas? 

- Compton não é propriamente seguro menina. - lambi os meus lábios e assenti. - O que a trás por cá? 

- A família. - respondi rapidamente, pois não queria pensar muito na resposta. Senti o carro parar e percebi que háviamos chegado. 

- Chegámos menina. - assenti, e procurei pela carteira na minha mala. Entreguei a quantia de dinheiro acho que certa, mas logo recebi o troco sorri e sai do carro. - A sua mala. - murmurou entregando-ma. 

- Muito obrigada. - sorri. 

Virei-me de frente para os apartamentos altos à minha frente, e vi no cartão o número do meu 346, andei dois apartamentos até chegar ao meu. A porta foi-me aberta pelo porteiro e agradeci com um sorriso amigável. 

- Menina Caitlin Franklin? - indagou e eu assenti. - Tenho uma correspondência de Londres para si. - falou indo até atrás do seu balcão, veio até mim com um envelope castanho claro e entregou-me. 

- Muito obrigada Sr. Mark. - falei olhando tabuleta pregada na sua camisola branca. 

Mark ajudou-me a levar a minha mala até ao elevador, cliquei no sétimo andar e acenei ao homem de cabelos grisalhos. Ao chegar ao meu andar senti-me um tanto perdida pois o número de apartamentos que haviam no mesmo andar que o meu, não era esperado por mim. Procurei pelo o apartamento B e ao encontrá-lo suspirei aliviada. Abri a porta da minha nova casa e abri a boca em espanto, posso dizer que o meu chefe se esmerou quando quis que eu me sentisse realmente confortável. O apartamento é bastante simples e acolhedor, é a minha cara e tem as cores que eu mais gosto na vida, e não estando a exagerar. Pousei as chaves em cima da cómoda branca à entrada e deixei as malas à porta, caminhando pelo o apartamento e conhecendo o mesmo. Subi as escadas de madeira, dando diretamente no meu quarto observei o mesmo com cuidado tendo em conta que guardava cada canto do meu novo cómodo de dormir. Grande e bonito, tal como eu gosto abri uma porta de madeira branca encontrando uma casa de banho, preta e branca. Fechei a porta com cuidado e despi o meu casaco colocando-o em cima da minha nova cama, sentei-me na mesma e retirei a arma de dentro das minhas calças colocando-a na gaveta que provavelmente iria ser ocupada pelas minhas cuecas e sutiãs. 

Lembrei-me da correspondência que o Sr. Mark me havia dado e desci rapidamente para o andar de baixo, peguei na correspondência e apressei-me a abri-la. 

" Esperemos que tenhas chegado bem Catherine, 

Esperemos também que tenhas gostado da tua nova casa, tentámos de alguma forma metê-la o mais confortável para ti. Se estas a pensar que não tens como te defender ai dentro, então estas muito enganada. Cada vidro dessa casa é duplo e resistente, as portas são automáticas mesmo que de fora não pareçam. Disfarce acima de tudo, certo? Atrás da televisão e debaixo do sofá tens dois cofres, o atrás da televisão tem algum dinheiro e uma arma. O cofre debaixo do sofá armas muitas armas, e lá também poderás esconder as identidades dos teus obstáculos e cada informação que recolheres deles. No quadro da entrada tens um alarme estrategicamente escondido, e também câmaras pelos cantos menos óbvios da casa. Não! Não te estamos a espiar, tu própria poderás ver os movimentos que irão haver na tua casa, a porta ao lado da cozinha é uma despensa, mas não é uma despensa qualquer. Poderás afastar as estantes e encontrarás uma outra porta, e ai será a tua sala de filmagens e também uma pequena sala de treino. 

E esta será a nossa última correspondência para ti Catherine, a partir de agora o teu nome será Caitlin Franklin, desejamos-te toda a sorte do mundo, e uma boa estadia em Compton. " 

Sorri orgulhosamente, e fui investigar mais o apartamento. A primeira coisa que fui ver, foi a despensa afastei a estante que realmente era grande o suficiente para tapar a porta branca, mas leve o suficiente para ser arrastada. Abri a porta encontrando assim a sala de filmagens que dizia na carta, os sítios que eram vigiados eram a sala, principalmente a sala, a entrada do apartamento a cozinha e mais nada. Pelo menos deram-me privacidade para o quarto e casa de banho. Sai da sala, e arrumei tudo como estava. Entrei na sala e arrastei o sofá para poder abrir o cofre que estava debaixo do mesmo, na parte maior. Abri o cofre e fui buscar as pastas e as cartas que me haviam dado com as informações, vi também todas as armas que tinha e sorri sabendo que estava protegida. Após colocar o sofá no seu lugar fui até ao cofre atrás da televisão, e só esse tinha código e ai lembrei que nenhum código estava na carta. 

- Boa... - suspirei. 

Tentei a data de quando entrei na agência, tentei a minha data de nascimento até que algo me ocorreu. Hoje era dia 24/07/2016, ou seja poderia ser esse o código. O dia em que eu começaria uma nova etapa da minha vida, e quando coloquei a data sorri ao ouvir o barulho de código acertado. Acho que tinha dinheiro suficiente para uns bons messes, mas não me vou aproveitar disso, se quero parecer uma cidadã normal eu irei arranjar um trabalho. Fechei o cofre e coloquei as coisas mais uma vez no sitio. Comecei a arrumar as minhas roupas no sítio, e tudo mais e quando acabei, vesti o meu casaco e peguei na minha carteira e na minha arma metendo-a dentro das calças. Certifiquei-me que a mesma estava bem tapada pela blusa branca e pelo o casaco e sorri ao ver que estava, peguei nas chaves e abandonei o apartamento. 

- Senhor Mark, pode dizer-me onde fica o supermercado mais próximo? - indaguei e ele assentiu, levantando-se do seu posto. 

- Claro Menina Caitlin... - interrompi-o. 

- Apenas Caitlin. - gargalhei e abri a porta principal do prédio. 

- Okay, Caitlin. - assenti levemente com a cabeça. - Está a ver aquelas letras ao fundo bastante grandes e gordas em vermelho?- assenti olhando o mesmo letreiro que o homem de cabelos grisalhos. - É ali o supermercado da zona. - Super era o nome do loja. 

- Muito obrigada. - sorri e abandonei o prédio, mas logo o homem me chamou. 

- Caitlin tem cuidado. - assenti sorrindo e caminhei para lá.