« setenta e nove »

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Catherine Cooper 

Andei de um lado para o outro, mordi o meu lábio inferior e puxei os meus cabelos num ato de frustração, já passaram quase duas semanas desde que tudo aconteceu. Não há rasto de qualquer um dos membros dos Bloods, nem mesmo da minha mãe, se antes eu estava impotente agora, eu realmente não tenho forças para continuar com isto. Tudo está tão longe de mim, eles estão longe de mim e até mesmo o meu filho, eu não quero que Lorenzo volte para esta casa, eu quero que ele fique em proteção mesmo que isso me afaste dele por alguns tempos. 

Levei a chávena de chá aos meus lábios, e olhei o ecrã luminoso à minha frente, coloquei novamente o número de Harry, no programa que Niall criou para localizarmos alguém de forma eficaz, e nada. Eles simplesmente não apareciam na porcaria do mapa, nem mesmo Zayn aparecia, ninguém aparecia. 

Senti as lágrimas deslizarem pelas minhas bochechas e funguei, enxugando as lágrimas, segurei o meu rosto e fixei o meu olhar no computador à minha frente, tentando perceber o que é que eu estava a fazer de errado. 

- Como é que funciona mesmo este programa? - indaguei oferecendo batatas ao loiro sentado ao meu lado. - É eficaz?  

- Óbvio que funciona, já viste alguma coisa falhar nas minhas mãos Catherine Cooper? - indagou levando um monte de batatas à boca. - Vai ser eficaz, e sempre que acontecer algo teremos forma de nos encontrar rapidamente. 

- levei uma quantidade mínima de batatas à boca, e olhei para o computador. - Interessante... - falei olhando os seus olhos azuis, sorri com orgulho dele. - Ou seja se eu tiver num rio, vocês vão encontrar-me. 

- Bom se o teu telemóvel sobreviver, sim nós iremos encontrar-te. - ambos rimos. - Mas eu podia arranjar um forma de não ser apenas por telemóvel. 

- Porque é que não arranjamos pulseiras com GPS, aprova de água claro. - o loiro arregalou os olhos. 

- É uma boa ideia, podemos pedir ao Dylan para os arranjar, na polícia há disso! - exclamou levantando-se. 

Levantei a cabeça rapidamente, e corri para o quarto do loiro, abri todas as gavetas existentes no seu quarto procurando pelas indicações das pulseiras. Segundo ele, é uma pasta que contém todas as informações de cada pulseira, atirei algumas coisas ao chão não me importando de todo, assim que a pasta azul entrou no meu campo de visão sorri com algum alivio. 

Coloquei o número da pulseira de Dylan, pois ele era o primeiro da lista e um grande alivio maior que o anterior, domou o meu corpo, mas ao mesmo tempo senti-me ficar triste ao perceber que o meu melhor amigo estava no hospital. Fechei a tampa do computador, e peguei nas chaves do carro, sai de casa sem pensar duas vezes. 

« uma hora depois » 

Assim que as portas de correr abriram, eu entrei a correr dentro do hospital e acelerei até a recepção do local. A rapariga que mastigava uma pastilha rosa, olhou-me com um pouco de superioridade e eu respirei fundo antes de falar. 

- Eu gostaria de saber onde é que está o paciente Dylan James! - falei colocando as mãos no balcão. 

- Tem algum tipo de parentesco com o paciente? - indagou continuando com aquele olhar de superioridade, mordi o meu lábio inferior. 

Disorder « z.m »Where stories live. Discover now