« sessenta e sete »

2.1K 205 65
                                    

Catherine Cooper

- E é por isso que não podemos perder mais tempo. - arregalei os olhos, e Dylan largou-me lentamente, ambos provavelmente chocados.

Correi sem pensar duas vezes, e saltei para cima do moreno que rapidamente envolveu os seus braços à minha volta, afaguei os seus cabelos negros e acabei por esconder o meu rosto na curva do seu pescoço e solucei. Colocou-me no chão e assim que encarei os seus olhos, o mesmo deu um pequeno sorriso, olhei-o chocada devido ao seu estado e assim que ia tocar no seu lábio rebentado o mesmo pegou na minha mão e negou levemente com a cabeça. Ele soltou um suspiro pesado e acariciou a minha bochecha com carinho, olhei cada detalhe do seu rosto relembrando cada traço do mesmo, e penso que ele fazia o mesmo visto que não dizia nada.

- Não chores, por favor. - sussurrou num tom baixo, beijou a minha bochecha demoradamente e eu inspirei o seu perfume. - Eu amo-te. - toda a minha pele se arrepiou.

- Porque é que te foste embora? - perguntei afastando-me, senti o seu polegar passar pelo o meu lábio inferior e estremeci. Eu tinha saudades do seu toque, do seu cheiro e pensar que nunca mais os poderia começava a dar cabo de mim, matava-me lentamente todos os dias.

- Eu tive de ir... - sussurrou e eu neguei freneticamente com a cabeça, solucei e balancei o meu corpo continuando a negar com a cabeça. - Desculpa, desculpa ter-te abandonado.

- Eu senti tanto a tua falta, Zayn eu tive tanto medo... - senti o meu lábio inferior tremer. - Eu pensei que te tinha perdido, e porra eu pensei que tinha sido tarde demais e quando eu disse que te amava, tu simplesmente viras-te as costas e depois disso morreste. - a cada palavra que dizia o meu coração parecia doer. - Doeu tanto, e ainda dói.

- Eu voltei, e prometo nunca mais desaparecer eu prometo. - com cuidado ele beijou a minha testa. - Desculpa, desculpa, desculpa.

Eu realmente não sabia o que dizer, abracei o moreno e por um bom tempo chorei no seu ombro, as suas mãos afagaram os meus cabelos com cuidado como se ele tivesse medo de me partir, suspirei várias. Eu queria poder gritar com ele, queria poder bater-lhe e chamar-lhe todos os nomes possíveis, e dizer-lhe o quão idiota ele foi por ter fingido a própria morte. Mas quando o vi tão quebrado eu não fui capaz de o fazer, eu apenas corri e quis estar nos seus braços novamente, e peço por tudo que ele não volte a fazer algo assim, durante este ano inteiro eu sofri por achar que o tinha perdido. Pois eu não quero perder mais ninguém que amo na minha vida.

- Podemos ir embora? - ele perguntou e eu assenti freneticamente com a cabeça.

- Dylan. - ele murmurou baixo e os dois apertaram as mãos.

- Zayn. - eu podia perceber que Dylan estava chateado, e bem lá no fundo eu também estou mas as saudades falam mais alto. - Vejo-vos em casa. - assenti e enxuguei as minhas lágrimas.

- Podes chamar todos, lá para minha casa? - questionei e ele assentiu. - Incluindo a Molly. - ele assentiu. - Obrigada. - abracei o meu melhor amigo. - Até já.

- Até já. - destrancou o seu carro. - Não lhes vou dizer, que estas de volta.

- Obrigada. - Zayn agradeceu.

Eu segui para o meu carro e Dylan para o seu, assim que Zayn entrou no meu eu acendi a luz e os meus olhos foram diretamente para uma mancha de sangue na sua t-shirt branca. Arregalei os olhos e o mesmo pediu-me calma.

- O que é que te aconteceu? - questionei levantando a sua t-shirt e vendo um grande corte no seu abdómen. E Deus me perdoe por estar a pensar coisas destas, no momento tão emocionante.

- Não fiques tão admirada, ele sempre foi assim. - abanei a cabeça afastando os pensamentos. - Sabes onde eu estive este último ano?

- Provavelmente a curtir a porra da tua vida, enquanto nós estávamos todos prestes a morrer porque não conseguias lidar com as coisas que tu lidavas. - falei sarcástica. - Mas adivinha? Eu consegui tomar conta de tudo, meti o meu pai entre a espada e a parede, acabámos com os Folk Nation e eu levei um belo de um tiro, quando acordei a primeira coisa que fiz foi perguntar por ti, porque a Molly disse-me que tu não tinhas morrido e...

- Tu lideras-te os Bloods? - assenti e neguei ao mesmo tempo. - Estou orgulhosa, é a minha miúda. - falou divertido.

- atirei os meus cabelos para trás num ato convencido e ambos rimos. - Mas onde é que estiveste, todo este tempo?

- Bom, estive em Bradford. - sorri levemente com a cabeça, pois o facto de ele ter estado com a família é realmente bom. - O gangue de Inglaterra manteve-me preso. - abri a boca chocada.

- Zayn... - sussurrei.

- Tu achas-te que eu estive onde? Com a minha família a fugir às minhas obrigações? - perguntou e eu riu sem humor. - Catherine, eu não abandonaria a minha família, eu não abandonaria o meu filho nem mesmo a mulher que amo.

- C-Como é que escapas-te? - perguntei.

- Eles tiveram problemas com um gangue qualquer, e eles armaram uma confusão e em meio a isso tudo eles desativaram a segurança. - encolheu os ombros.

- Sinto-me estúpida, por ter achado que...

- Eu tinha fugido, porque sou cobarde? - questionou e eu assenti. - Pois, mas parece que eu não sou assim tão cobarde. - olhei a sua ferida. - Eles virão atrás de mim Catherine.

- lambi os meus lábios e olhei cada movimento seu. - Então nós seremos os primeiros a atacar.

- Tu falas como uma verdadeira líder! - exclamou com humor. - E queres atacar como? - encolhi os ombros e comecei a conduzir.

- Não sei, mas veremos como iremos fazer. - falei atenta à estrada.

Foram quinze minutos até chegarmos a casa, assim que abri a porta a primeira coisa que ouvimos foi as gargalhadas altas de Lorenzo, ouvi Zayn rir atrás de mim e virei-me para o poder ver com um sorriso fraco nos seus lábios mas mesmo assim sincero. Agarrei a sua mão e caminhámos lentamente para dentro da sala, Enzo foi o primeiro a ver-nos ele correu até mim larguei a minha mão da de Zayn e peguei na sua mão.

- Olá meu amor. - beijei a sua bochecha demoradamente.

- Olá mamã. - os seus olhos grandes foram rapidamente para Zayn, o seu olhar voltou para mim claramente confusos. - Quem é? - abraçou o meu pescoço e encostou a sua cara à minha, voltando a encarar o moreno.

- Zayn? - levei o meu olhar até à sala, vendo toda a gente confusa menos Dylan.

- É o teu papá. - sussurrei para Lorenzo que continuava confuso.

- Tu és o meu papá. - eu sorri e senti algo cair no chão, quando me virei pude ver Zayn no chão.

OLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!! O SUNSHINE VOLTOU E EU FIZ-VOS DE TROUXAS UM MONTE DE VEZES KKKKKKKKKK I'M KIDDING MONAMOUR EU DECIDI ACABAR COM O VOSSO SOFRIMENTO, MAS SEMPRE VOLTANDO COM OUTRO PORQUE NÉ? ASSIM EU NÃO ME CHAMO RITA KKKKKKKKK

Disorder « z.m »Onde histórias criam vida. Descubra agora