« quarenta e cinco »

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Catherine Cooper 

Levantei-me com a raiva a domar-me por completo, peguei na arma que estava na mão do meu pai e caminhei com todo o ódio possível no meu corpo até ao moreno que me encarava perplexo, apontei a arma na sua direção e quando ia disparar alguém virou o meu braço fazendo-me acertar num dos capangas do meu progenitor. A arma foi retirada das minhas mãos e quando olhei para o autor da cena, pude encontrar Dylan o mesmo olhava-me chocado e logo tomei a ação de o empurrar. 

- Catherine! - ele gritou, os tiros pararam logo assim que o meu pai caiu no chão. - Pensa no que estas a fazer! - Dylan continuo a gritar comigo assim que eu voltei a pegar na arma, e tentar arrancar a mesma da sua mão. 

- Eu vou mata-lo! - grunhi soluçando alto, desisti de pegar a arma e avancei contudo para Zayn que continuo estático no seu lugar, dei um murro no seu peito e ele apenas foi para trás com o impacto. - Eu odeio-te, eu odeio-te com tudo o em mim! - gritei e ele agarrou os meus pulsos. - T-Tu matas-te o meu pai! - gritei empurrando-o com força. 

- D-Desculpa... - foi a única coisa que ele conseguiu dizer, acertei com o meu punho na sua cara e logo senti alguém agarrar.  

- Fodasse! - gritei. - FODASSE AS TUAS DESCULPAS, NENHUMA DESCULPA VAI MUDAR O FACTO DE O TERES MATADO! - gritei puxando os meus cabelos em frustração, esperneie-me nos braços de Dylan mas não vali a pena ele era o dobro de mim e mais forte. - EU ODEIO-TE ZAYN MALIK! - berrei fazendo a minha garganta doer, e o meu coração apertar. Mas eu estou magoada e eu tenho todo o direito, ele deu um passo atrás como se as minhas palavras o tivessem atingindo de uma forma dolorosa. 

-Cath... 

- Cala-te! - gritei deixando-me ficar nos braços de Dylan. - Nunca mais me dirijas uma palavra que seja, eu não te quero ver mais! - gritei. - Desaparece da minha vida! - pedi sufocada nos meus soluços. - E nunca mais voltes. 

- Catherine, eu não fiz por mal eu apenas pensei... - interrompi-o erguendo o meu indicador na sua direção. 

- A culpa é tua, não o tinhas de trazer. - solucei. - Aliás tu nem sequer deverias ter vindo, sabias que eles iriam começar um tiroteio, tu sabias. - falei com alguma dificuldade devido ao choro, as palavras pareciam ficar embrulhadas e os soluços começavam a sufocar-me a sério. - E adivinha agora ele está morto, e não nenhum sósia, eu acabei de perder o meu pai por tua culpa! - gritei. 

- ele olhou para Dylan, e lentamente o mesmo soltou e assim que o fez e voltei a atacar o moreno e ele deixou, e uns minutos depois agarrou o meu pulso. - Desculpa. - tentei soltar-me. 

- Eu odeio-te tanto. - murmurei desistindo de lhe agredir, isso não faria com que ele voltasse. - Eu odeio-te. - encostei a minha cabeça ao seu peito. 

- Desculpa... - envolveu os meus ombros com os seus braços e apertou-me neles, agarrei a sua camisola com força e senti as minhas pernas ficarem fracas, e juntos caímos de joelhos no chão. - Desculpa, eu sei que não me vais perdoar, mas desculpa. - dei pequenos murros no seu peito e solucei. 

Há um mês eu pensei que tinha perdido a minha mãe, e hoje eu realmente perdi uma pessoa que me criou, que sempre esteve lá para mim que substituiu a merda de pai que eu tinha, que me mostrou o que era o amor paternal e nunca deixou que me faltasse algo. Se a minha vida é uma merda? Claramente que é, eu nunca deveria ter ido para Compton, porque se eu soubesse que tudo isto iria acontecer, eu teria ficado e nunca ter metido na cabeça que aquela suposta promoção me levaria para topo da minha carreira. 

Larguei-me finalmente do moreno e levantei-me, olhei para trás e doeu vê-lo ali deitado completamente sem vida, engoli em seco e olhei para Justin que se mantinha quieto no seu lugar e provavelmente chocado, Dylan estava também quieto atrás de mim o seu olhar pousou em mim e eu pude ver aqueles olhos verdes a refletirem pena, olhei para Zayn que já estava em pé a minha frente e percebi que ele se culpava e ao mesmo tempo que queria remediar o que ele fez, mas infelizmente ele não podia. Olhei para trás de si e pude ver o meu progenitor com um sorriso satisfeito esticou a sua mão na minha direção e eu assenti, passando pelo o moreno ele agarrou o meu pulso fazendo-me para. 

- Para onde é que vais? - questionou olhando-me com carinho, são poucas as vezes que ele me olha assim. 

- Para longe de ti. - soltei lentamente. - Eu vou vingar-me. - sussurrei e o mesmo desviou o olhar e baixou a cabeça. - E cada parte de mim odeia-te e não é pouco. 

Caminhei até onde estava o meu progenitor e ignorei a sua mão, entrei dentro da casa e olhei uma ultima vez para Zayn que se encontrava a olhar na nossa direção, Dylan vinha ter comigo mas eu peguei na arma que estava no bolso do meu progenitor apontando na sua direção. Custou mas eu fí-lo, Justin também se tentou aproximar mas também lhe apontei a arma. 

- Eu não quero que ninguém me impeça! - gritei encarando os dois rapazes. - Quero que se vaiam embora! 

- Querida... - ouvi a voz de Trisha e comprimi os meus lábios ao sentir a sua mão no meu ombro. - Tu não és assim. 

- Vocês não me conhece. - sussurrei com os olhos lacrimejados. - Vá se embora com o seu filho, leve as suas filhas. - pedi soluçando. - Eu não a quero magoar. 

- Eu sei, e tu nem sequer és capaz disso, porque tu não és como o teu pai. - abanei a minha perna freneticamente. - Não és Catherine, queres mesmo descer ao nível dele? 

- olhei para o ar, tentando conter as lágrimas, pisquei várias vezes e acabei por largar a arma. - E-Ele matou o meu pai. - olhei diretamente para o corpo deitado sem vida no chão. - Eu quero acabar com ele, por favor vá se embora Trisha. 

- Eu sei que não te irás vingar. - falou olhando-me com um sorriso acolhedor. - Porque no fundo, tu não conseguirias mata-lo mesmo que quisesses. - apontou para o meu coração. - Podes não admitir para ti, ou até mesmo para ele, mas eu sei que tu sentes algo por ele tal como ele por ti. - sussurrou para que eu apenas ouvisse, neguei. 

- Não sinto nada, desapareça! - acabei por gritar, virei costas e subi as escadas rapidamente, entrei no corredor e caminhei até ao meu novo quarto entrei no mesmo e fechei a porta com todo a força, fui até à secretária e atirei tudo o que estava em cima dela para o chão. 

Eu gritei para poder livrar-me da dor que estava em mim, parti tudo o que aparecia à minha frente, desmanchei a cama e atirei as almofadas que estavam em cima dela para o chão. Parei em frente ao espelho e encarei o meu reflexo e num ato impulsivo dei um murro no espelho vendo-o quebrar-se em mil pedaços, é assim que o meu interior está quebrado em mil pedaços. Fechei os olhos com força e vi repetidamente a bala perfurar o peito do meu pai, vi várias vezes o seu corpo cair duro no chão, vi tudo repetidamente e doeu como uma faca a enfiar-se na minha pele. Eu perdi o meu pai, perdi-o mesmo. Deixei-me cair nos meus joelhos e grunhi de dor ao sentir vidro furarem a minha pele, mas não me importei nada doeria mais do que aquilo que aconteceu. 

Eu odeio-o e vou vingar-me, eu serei uma nova Catherine. 

« um ano depois » 

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Disorder « z.m »Where stories live. Discover now