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Caitlin Franklin

Vesti as peças de roupa que as raparigas escolheram e respirei fundo, antes de caminha para o espelho de corpo inteiro. Envergava uma sweatshirt branca sem nenhum desenho, umas calças pretas com rasgões nos joelhos, e nos meus pés tinha os famosos adidas. Estava simples para uma noite fresca, amarrei o meu cabelo num rabo de cavalo e virei-me para as raparigas dando um sorriso leve. 

- E onde é que vamos? - ambas mostraram-me os seus telemóveis, e nas telas só vi o famosinho jogo das pokémons. Numa das minhas folgas no trabalho, fui com o meu irmão mais novo à caça desses bichinhos e odiei, porque quando encontrei um Pikachu e gritei e monte de gente veio para cima de mim. - Nem pensar, arranjem outro plano. 

- Não, nem pensar eu tenho de andar 5.0 km, para abrir os ovos. - Molly resmungou sentando-se em cima da cama novamente. - Dai termos vindo de ténis, e bem confortáveis para tua casa. 

- Pois. - resmunguei, peguei no meu telemóvel e meti-o nos bolsos de trás da calças. - Vamos lá, então. - revirei os olhos e as duas saltaram de felicidade. 

Saímos de casa e nenhum de nós pensou em entrar dentro do carro, elas queriam seguir a pé com toda a força. Liguei a aplicação dos pokémons e esperei que a mesma inicia-se e assim que isso aconteceu corri atrás da rapariga de cabelos rosa e da de cabelos loiros. Durante umas boas horas andamos à procura de bichinhos, estranhamente Compton estava muito calma visto que em metade das noites à confusões, pelo menos foi o que vi nas minhas pesquisas durante a semana em que estive em casa. 

- sentou-se no chão. - Estou cansada. - Freya suspirou, sentei-me também na calçada e Molly acabou por fazer o mesmo. - O que vamos fazer agora? 

- Vamos comer pizza? - sugeri com um sorriso enorme nos meus lábios, brinquei com o telemóvel nas minhas mãos, girando-o entre elas. - Eu vi uma pizzaria, quando estávamos à procura dos pokémons. 

- Se não reparasses em qualquer coisa com comida, seria estranho. - se houvesse uma pedra ao meu alcance, eu atirar-lhe-ia com ela na sua peruca cor de rosa. - Mas sim, vamos que eu estou com fome. 

Ergue-mo-nos do chão, e seguimos as minhas indicações até à tal pizzaria, como era de esperar em Compton qualquer restaurante não é de todo bom em questão ambiental, a música desta pizzaria está nos decibéis mais altos que eu já ouvi, e os meus ouvidos podem até explodir. Ou então eu sou apenas exagerada. Mas de todas as pizzarias onde já fui, esta com certeza é das piores, e não é pela sua decoração mas sim pelas pessoas que me parecem toxicodependentes a fumarem ervas dentro dela, e a comerem pizza e a beberem coca-cola e arrotarem mal e porcamente e a rir como se nada fosse. 

- Se voltarmos para trás calmamente, ainda temos a possibilidade de não sonhar com isto quando formos dormir. - Molly que estava no nosso meio sussurrou.  

Assim que começamos a andar para trás, fomos brutalmente empurradas para dentro do estabelecimento, senti alguém tapar a minha boca com bastante força e quando olhei para o lado Molly e Freya estavam na mesma situação. As pessoas que antes estavam divertidas à sua maneira, agora estavam apavoradas e a correrem pelo o estabelecimento e foi ai que o tiroteio começou vi uns dez corpos caírem no chão ao mesmo tempo. 

- E quem são estas três lindas meninas? - senti nojo ao sentir o hálito quente do rapaz contra o meu ouvido. - Vocês estavam no sítio errado, há hora errada. - ele gargalhou. - Agora vão levar por tabela, por causa do líder desta merda. 

Olhei para todos os lados da pizzaria tentando encontrar algo que me pudesse ajudar a livrar-me deste tipo, se eu mostrar que sei lutar elas vão suspeitar, se eu mostrar que me sei defender elas vão desconfiar. E ai eu vou caminhar para o óbvio, lentamente. Mas vale a pena eu morrer, sem enviar pelo menos uma prova de que realmente os Bloods existem? Tenho de salvar a minha vida e a minha carreira, de momento é o que mais me importa. Tendo as minhas mãos livres, consegui dar uma cotovelada ao rapaz que me agarrava, ele afastou-se e tal como eu também me virei acertando-o com o punho. Consegui fazer com que ele largasse a arma, e quando ia agarrar a mesma fui de forma bruta empurrada. 

- Quieta! - exclamou pegando a arma nas suas mãos, respirei ofegante e encarei-o sem medo. - Senta-te... - apontou com a arma para a cadeira atrás de mim, levantei-me lentamente com os braços no ar e sentei-me. - Como é que te chamas? 

- Caitlin... - respondi de forma rija. - Deixem-nos ir. - pedi olhando diretamente para as raparigas. - Porque raio nos querem como reféns? Não temos nada, não temos família. 

- Um líder não gosta de ver o seu povo cair. - franzi as sobrancelhas. - Uma novata em Compton? - falou ainda com a porcaria da arma apontada para mim. - Nunca te disserem que vir para Compton, é um passo enorme para a morte? - fiquei calada. - Responde-me merda! 

- Não. - falei simples e reta. Arregalei os olhos assim que ele alvejou Molly, Freya gritou e o rapaz que agarrava a rapariga de cabelos rosa simplesmente a deixou cair no chão. Levantei-me e a primeira coisa que fiz foi agarrar o tabuleiro que estava em cima da mesa, dando com o mesmo na cara do rapaz. 

Ao perceber que os outros dois se preparavam para atirar também, usei o moreno como meu escudo. Isso deu tempo, de Freya se soltar e pegar na arma do meu " escudo " e atirar nos dois rapazes. Ela é uma ótima lutadora, não haja dúvida. Reflexos rápidos e óbvios, ajudei-a a agarrar em Molly e peguei também numa arma. 

- Como é que conseguis-te fazer aquilo? - questionou com lágrimas nos olhos. Ignorei a sua questão. - Quem és tu Caitlin? 

- Vamos levar a Molly para o hospital, pode ser? - perguntei com alguma raiva. - Falamos disto mais tarde, devias de ligar a um dos rapazes. - ajoelhei-me no chão, tal como a loira e corri para dentro do estabelecimento e procurei por uma toalha. 

Voltei novamente para o exterior, e levantei a blusa da rapariga de cabelos cor de rosa pressionando a toalha branca, contra o ferimento. Freya apenas me observava, em vez de ligar para uma ambulância. Se a Molly morrer a culpa vai ser minha, porque eu fui incoerente ao responder-lhe daquela forma. Eu devia ter pensado nas consequências, no entanto ele devia ter atirado em mim e não numa delas. Afinal quem respondeu fui eu, não elas. 

Louis Tomlinson  

- Protegeram a minha filha? - o chefe indagou girando na sua cadeira. - Eles não a mataram pois não? 

- A Catherine está a salvo, eles apenas alvejaram uma das suas amigas. - expliquei após ter recebido as informações sobre os atentados ao outro lado da cidade. - Fizemos uma boa quantidade de mortos, se continuarmos assim o lado direito de Compton será apenas Zayn Malik e o seu estúpido gangue. 

- Temos de conseguir trazer a minha filha para cá, tu vais infiltrar-te para o outro lado e tentar trazê-la. - a verdade é que ele não se importa com nada, se não com a vida da sua filha adorada que do nada apareceu. - Tens de ser o mais rápido possível, antes que a guerra comece. - falou com um sorriso doentio. 

Estendi-lhe o telemóvel já com as gravações que me mandaram, das coisas que aconteceram naquela pizzaria. No vídeo pudemos ver que Catherine se sabe defender, e que por de trás daquela defesa toda ela tem algo, que ninguém sabe. Ela não viria para Compton apenas para visitar, certo? Há algo por de trás de tudo isto com certeza. 

- Quero-a do nosso lado, o mais rápido possível. - falou firme. - Ela será a próxima líder dos Crips. - senti-me realmente deitado abaixo com a sua afirmação, eu vou ser substituído por uma gaja? - Ela te garra, para estar à frente de tudo isto. - deu-me o telemóvel e levantou-se. - Reúne todos na sala, vamos ter uma conversa. - assenti. 

SE ESTIVEREM CONFUSAS COM A FIC, ISSO É BOM PORQUE É ISSO QUE EU QUERO OBTER DE VOCÊS CONFUSÃOOOOOOOOOO! EU NÃO SOU MÁ, EU SOU UM AMORZINHO DE PESSOA ^^ 

Disorder « z.m »Onde histórias criam vida. Descubra agora