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Caitlin Franklin

Abri os olhos lentamente, tentando logo habituar-me à luz solar que penetrava dentro do quarto. Okay, espera no meu quarto não entra assim tanta luz. Elevei o meu tronco e ao perceber que estava nua, tapei-me com o lençol. Okay eu estou nua, num quarto desconhecido, sozinha e não me lembro de nada. O que é que eu fiz? Provavelmente eu só tirei as minhas roupas e adormeci, foi isso mesmo. O biquíni devia de estar bastante molhado.

Levantei-me caminhando para perto da poltrona, deixei o lençol cair aos meus pés, apressei-me a vestir a t-shirt que encontrei na poltrona. E procurei pelas cuecas do meu biquíni e ao encontrá-las suspirei de alívio vestindo-as. Preciso de encontrar as minhas coisas o mais rápido possível e sair daqui.

- abri a porta com alguma força, gritei ao ver Zayn quase cair em cima de mim. - Desculpa... - sussurrei, levando a mão ao peito. - Assustaste-me.

- Hum... ficas-te cá a dormir? - indagou e eu assenti, coçando a minha nuca. - Bela t-shirt. - apontou.

- Uh? Ah... não sei de quem é. - ri nervosamente. - Estava na poltrona, por isso apanhei. - justifiquei, olhei a camisola preta envergada no meu corpo e encolhi os ombros.

- A vestir camisolas de desconhecidos. - revirei os olhos, e inesperadamente senti a sua mão agarrar o meu rosto com alguma força. - Eu odeio que me revirem os olhos. - rosnou perto do meu rosto, bati na sua mão pois o que eu não tenho dele é medo. 

- Eu não quero saber, eu ainda sou livre de fazer o que faço e não um gajo sem escrúpulos que me irá impedir. - ele sorriu de lado apenas, empurrou-me sem pensar duas vezes. Fechou a porta com alguma força, tal como eu havia aberto há uns minutos atrás. O meu corpo foi encostado a uma parede, e logo coberto pelo o seu corpo mais alto que o meu. - Podes largar-me? 

- Vamos esclarecer uma coisa Caitlin. - ele falou num tom ameaçador, mas eu não senti medo. Mas tive de encarnar o meu papel, de rapariga medrosa, com medo do rapaz mauzão. - És livre até ao dia em quem eu te espetar uma bala no crânio, ou até mesmo eu mesmo fazer-te implorares para viveres. - ele sussurrou num tom neutro mesmo perto do meu rosto, mais uns milímetros e os nossos lábios estavam colocados um no outro. - Não te armes tanto, porque um dia podes acabar dentro de um caixão a sete palmos da terra. 

Nada disse, e por alguns segundos apenas me centrei nos seus olhos castanhos esverdeados, tal como ele se centrou nos meus azuis. Alguns flashback's da noite passada invadiram a minha cabeça, fazendo-me perceber que realmente eu trai o Justin, e trai-o com o meu inimigo. Inesperadamente empurrei Zayn, e sai a correr do quarto eu tenho de sair desta casa o mais rápido possível. Eu não podia ter feito o que fiz, eu não podia ter ido para a cama com ele, que raio de agente vai para a cama com o seu inimigo? Nenhuma, simplesmente nenhuma e eu não posso culpar o álcool o álcool não é desculpa para nada, pois mesmo eu estando bêbeda eu poderia ter impedindo certo? Certo. 

Entrei no quarto de Molly, pois lembro-me que era a segunda porta depois das escadas. A única luz que entrava no quarto, era os raios de sol que tentavam penetrar as cortinas roxas. Olhei para a poltrona onde estavam os meus calções e a minha mala, peguei nos calções e vestiu-os tentando fazer pouco barulho para não acordar a rapariga de cabelos loiros. Peguei nas minhas sapatilhas e na minha mala, e silenciosamente abandonei o quarto, desci as escadas a correr e respirei fundo assim que vi Zayn ao fundo das escadas, e quando tentei passar por ele, ele simplesmente se meteu à minha frente. 

- Deixa-me ir embora, por favor. - pedi desviando-me do seu corpo, mas ele é ágil e rapidamente se meteu à minha frente impedindo a minha passagem. - Deixa-me ir embora! - exclamei já irritada. 

- Parece que te começas-te a lembrar de alguma coisa. - ele sorriu de lado, e eu respirei umas dez vezes. - Sabes, sempre pensei que demoraria a ter-te na minha cama. - semicerrei os olhos e franzi as sobrancelhas. 

- O quê? - indaguei fingindo não ter ouvido o que ele disse. Ele só pode estar a brincar comigo, a intenção dele era levar-me para a cama? - Desculpa, mas eu não sou as tuas amiguinhas com quem dás umas voltas e depois ages como se fosses o maior. 

- No entanto, tal como elas eu consegui levar-te para a cama. - Catherine Anne Cooper, respira não tragas o teu verdadeiro eu à tona. Sê apenas a inocente Caitlin Franklin, é a tua missão e agora tens de levar com o teu erro. - És mais uma. 

- Poupa-me. - pedi, finalmente conseguindo ser mais rápida que ele. - Ao contrário delas, eu não choro por mais? Foste também um caso de um só noite. - pisquei o olho. - Há quem saiba fazer o serviço melhor. - fechei a porta devagar pois os restantes moradores não tinham de levar com o meu mau humor. 

Caminhei apressadamente para o meu carro, retirei as chaves da mala e destranquei as portas. Coloquei a mala com sempre no lugar de pendura, e encarei o meu reflexo do retrovisor, eu estou simplesmente horrível. Mas nada me tira o sentimento de culpa, eu trai o Justin e agora tenho uma grande vontade de lhe ligar, mas nós provavelmente acabámos e tecnicamente eu não o trai, certo? Não, não está certo porque eu gosto dele e o sentimento de traição não deixa de pesar na minha consciência idiota. Odeio ser a Caitlin, ela é a uma pessoa que não sabe raciocinar. 

Pousei a mala em cima da bancada da cozinha e sentei-me num dos bancos altos, coloquei os cotovelos na bancada e segurei a minha cabeça nas minhas mãos, grunhi irritada e puxei os meus cabelos em frustração. Como é que eu cheguei ao ponto de ir para a cama, com ele? Como é que eu cheguei ao ponto de beber tanto? Eu simplesmente não podia ter feito o que fiz, e se ele desconfiasse de mim e tentasse retirar alguma informação? 

- Só fazes merda atrás de merda Catherine, só fazes merda! - resmunguei comigo mesma. 

Levantei-me, peguei num copo enchendo o mesmo de água, peguei na minha caixa de pílulas e tomei a de hoje. E após acabar de beber o copo de água o meu telemóvel começou a tocar, mas não o telemóvel da Caitlin, mas sim o da Catherine. Subi as escadas a correr e peguei no telemóvel em cima da mesinha de cabeceira, vi o nome de Justin no ecrã e engoli em seco. Senti o meu coração saltar dentro do meu peito, e por algum motivo comecei a tremer. 

- Catherine! - ele exclamou alegremente no outro lado da linha. Porquê tão feliz? - Meu amor? - ele indagou e eu apenas engoli em seco. - Eu sei que fui um idiota contigo, eu sei que fui um perfeito estúpido... mas o problema é que eu tenho medo, de te perder. As tuas missões são tão perigosas e todos nós ficamos com o coração na mão, sempre que vais nelas. E agora estas tão longe... 

- senti uma pequena lágrima deslizar pela minha bochecha e rapidamente me apressei a limpa-la. - Justin... - sussurrei apenas. 

- Oi? Está tudo bem? - indagou. 

- Está tudo normal, apenas tenho saudades. - murmurei calmamente, pois em certa parte não era mentira. Mas de momento eu só me sinto uma pessoa horrível, que acabou de trair o namorado. - Desculpa mas eu tenho de ir Justin. 

- Okay, eu amo-te. - ele disse e eu acabei por desligar a chamada sem lhe dar um resposta à sua declaração. 

Eu vou reunir o máximo de provas que tenho, e depois desaparecer de LA, de uma vez por todas. E voltar para os braços da pessoa que realmente gosto, ele não precisa de saber, pois não? O que acontece em LA fica em LA. Pousei o telemóvel no seu lugar, e peguei na minha toalha de banho, caminhando para a casa de banho. 

OLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!! ACHAM QUE O JUSTIN VAI DESCOBRIR POR SI MESMO O QUE ACONTECEU? COMO É QUE TERÁ FICADO O ZAYN DEPOIS DA RESPOSTA DA CAITLIN? 

Disorder « z.m »Onde histórias criam vida. Descubra agora